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Há menos depósitos e de mais curto prazo. Pagam é menos

O Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho revela que a oferta de aplicações a prazo encolheu no ano passado. Os prazos de investimento também são mais curtos, assim como as taxas oferecidas.

Correio da Manhã
22 de Julho de 2014 às 16:33
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Os bancos a operar no mercado nacional têm vindo a reduzir o número de aplicações a prazo oferecidas aos seus clientes. O número de depósitos a prazo encolheu em quase 15%, sendo que na sua maioria são investimentos com um prazo até um ano: oito em cada 10. E as taxas estão a afundar. Não havia no final de 2013, diz o Banco de Portugal, nenhuma instituição a pagar um juro bruto anual acima de 4%.

 

"No final de 2013, as instituições de crédito disponibilizavam 349 depósitos a prazo simples a taxa de juro fixa dirigidos ao público em geral, que incluíam 24 depósitos destinados a novos clientes ou novos recursos na instituição de crédito. O número de depósitos comercializados tem vindo a diminuir", refere o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2013, revelado esta terça-feira.

 

"Em Dezembro de 2013, a redução é de 14,7% face ao mês homólogo de 2012, mas nesse ano esta diminuição tinha sido já de 7,9% face a Dezembro de 2011", nota o regulado do sector financeiro neste relatório onde fica explícito também que há uma maior concentração da oferta de aplicações com prazos de investimento mais curtos, ou seja, até um ano.

 

"Os prazos mais frequentes nos depósitos simples a taxa de juro fixa em comercialização no final de 2013 eram os seis meses e um ano, cada um correspondendo a cerca de um quarto do total de depósitos", nota o Banco de Portugal. De acordo com os dados disponibilizados pelo regulador, cerca de oito em cada 10 aplicações tem um prazo até um ano (83,3%).

 

"O peso dos depósitos com prazos mais longos, acima de um ano, tem vindo a diminuir, ainda que essa alteração tivesse sido mais marcante entre Dezembro de 2011 e Dezembro de 2012, quando o peso destes depósitos passou de 21% para 17%", diz o relatório. No final de 2013, o peso destas aplicações encolheu para 16,7% do total. Os depósitos a cinco anos são apenas 2,9% da oferta da banca a operar em Portugal.

 

Taxas cada vez menores

 

Ao mesmo tempo a oferta encolhe, os prazos ficam menores, também as taxas de juro praticadas pelas instituições financeiras estão mais baixas. "As taxas de juro médias dos depósitos simples a taxa de juro fixa registaram uma trajectória de descida desde 2011. A diferença entre as taxas de juro médias em Dezembro de 2011 e Dezembro de 2013 é superior a um ponto percentual para todos os prazos", refere o Banco de Portugal.

 

"Em todos os prazos, a redução das taxas de juro médias entre Dezembro de 2012 e de 2013 foi acompanhada de um decréscimo dos diferenciais dessas taxas face às taxas de referência do mercado interbancário, num contexto de ligeira recuperação destas últimas", acrescenta o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho.

 

O Banco de Portugal diz mesmo que no final de 2013, "não há qualquer depósito, independentemente do prazo, a pagar uma taxa de juro superior a 4%, quando em Dezembro do ano anterior havia 34 depósitos nestas condições. Apenas 7% dos depósitos paga uma taxa de juro acima dos três por cento em Dezembro de 2013, quando no mês homólogo do ano anterior eram 25% dos depósitos", conclui.

 

 

Está mais fácil ter um depósito a prazo

No Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho, o Banco de Portugal revela que está mais fácil subscrever um depósito a prazo. "Em Dezembro de 2013, cerca de 14% dos depósitos a prazo a taxa de juro fixa podiam ser constituídos com um montante mínimo até 150 euros", nota. "A proporção de depósitos com montantes mínimos de constituição menos exigentes, até 150 euros, tem vindo a aumentar desde 2011 (9,2% em Dezembro de 2011, 11,5% no final de 2012 e 14,3% em Dezembro de 2013)", remata. "Com 500 euros era possível aceder a cerca de 42% dos depósitos disponibilizados pelas instituições de crédito", remata. "Em contrapartida, 24% dos depósitos exigia montantes mínimos de constituição acima dos 25 mil euros, depósitos estes que têm maioritariamente prazos até um ano (inclusive).

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