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Famílias reforçam aposta nos certificados do Tesouro em Dezembro

Os pequenos investidores aplicaram um total de 3.528 milhões de euros em títulos de dívida pública vendidos no retalho em 2015. O valor é mais baixo do que o registado em 2014, ficando aquém da meta revista pelo Estado.

Miguel Baltazar/Negócios
21 de Janeiro de 2016 às 12:16
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Os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) captaram mais dinheiro no último mês do ano. Com muitos portugueses a procurarem rendimento para os subsídios, o valor investido nestes títulos acelerou para máximos de Janeiro. Os certificados de aforro também atraíram alguns aforradores, ajudando a elevar o saldo no ano para 3.528 milhões de euros, um valor aquém da meta do Estado.


Entraram 225 milhões de euros em CTPM em Dezembro, de acordo com o Boletim Estatístico do Banco de Portugal. Um valor que compara com os 154 milhões registados em Novembro, sendo o mais elevado desde a "corrida" a estes títulos verificada em Janeiro antes do anunciado corte nas taxas de juro. A taxa média dos CTPM caiu de 4,25% para 2,25%, um juro ainda assim atractivo num contexto de taxas baixas nas aplicações a prazo.


Para este valor terá contribuído essa procura por rentabilidade por parte das famílias no mês em que estas receberam o subsídio de Natal. Esse mesmo efeito terá contribuído para que o saldo dos certificados de aforro tenha também sido positivo, mas em apenas 18 milhões de euros (considerando o efeito de capitalização). Ainda assim, triplicou os seis milhões registados em Novembro.


Aquém da meta


O aumento de 40% na subscrição de títulos de dívida pública destinados para investidores de retalho permitiu acelerar o valor captado no acumulado do ano passado para 3.528 milhões de euros. Este montante superou a meta inicialmente definida pelo Executivo, de 3.000 milhões de euros, mas ficou aquém do patamar que foi posteriormente fixado de 3.800 milhões de euros.


As poupanças das famílias foram uma das maiores apostas para tentar compensar a ausência da receita com a venda do Novo Banco. O Estado esperava mais 800 milhões dos particulares em certificados. Conseguiu mais 528 milhões, isto porque também não houve o lançamento das obrigações do tesouro rendimento variável (OTRV). Em 2014, o Estado tinha obtido 5.000 milhões no retalho.

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