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Crédito malparado atinge novos máximos históricos

O crédito malparado voltou a crescer em Outubro, atingindo um novo recorde quer ao nível das empresas quer de particulares. São mais de 17 mil milhões de euros que os bancos têm nas suas carteiras em cobranças duvidosas.

Paulo Duarte/Negócios
10 de Dezembro de 2013 às 12:57
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O crédito malparado aumentou, em Outubro, para 17,28 mil milhões de euros, o que corresponde a 7,54% do total dos empréstimos concedidos pela banca. Este é o valor mais elevado desde que há dados (Dezembro de 1997) quer em termos absolutos quer em percentagem, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal esta terça-feira, 10 de Dezembro.

 

Entre as empresas, o peso do malparado atingiu os 12,05%, um valor sem precedentes e que corresponde a 12,07 mil milhões de euros.

 

Já as famílias têm dívidas, consideradas incobráveis, no valor de 5,2 mil milhões de euros, ou seja, 4,04% do total dos financiamentos. O que também representa o máximo histórico em termos de percentagem. Já em termos absolutos, o recorde foi atingido em Agosto deste ano.

 

E o aumento do malparado entre as famílias foi verificado em todos os destinos de financiamento. Nos empréstimos para a compra de casa 2,25% do valor total está considerado como cobranças duvidosas. No crédito ao consumo 12,12% está nesta situação e nos destinos para outros fins, onde se inclui educação, energia, saúde e empresários por conta própria, a fatia dos empréstimos nesta situação ascende a 12,93% do total.

 

O crédito malparado tem vindo a aumentar, reflectindo as maiores dificuldades das famílias e das empresas, num período marcado por uma recessão económica, aumento do desemprego e perda de rendimentos.

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