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Banco de Inglaterra mantém taxas de juro em 5,25%
O Banco de Inglaterra voltou a optar por manter as taxas de juro inalteradas na reunião de política monetária do início de novembro, pela segunda vez consecutiva.
O Banco de Inglaterra (BoE) manteve as taxas de juro de referência inalteradas em 5,25% na reunião de política monetária de novembro pela segunda vez consecutiva. Dos nove membros do Comité de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês), seis escolheram manter e três escolheram subir em 25 pontos base até aos 5,5%.
O banco central considera que, com a manutenção da política monetária no mesmo nível, está no caminho para atingir a meta de 2% para a inflação, ao passo que fomenta o crescimento e a atividade laboral.
Isto porque "desde a decisão anterior do MPC, houve poucas novidades nos principais indicadores da persistência da inflação no Reino Unido. Continuaram a existir sinais de algum impacto da política monetária mais restritiva no mercado de trabalho e no dinamismo da economia real em geral", refere o banco central.
A taxa de inflação no Reino Unido permaneceu estável em 6,7% em setembro, mantendo-se em mínimos de 18 meses alcançados em agosto.
No entanto, o banco prevê que o caminho não vai ser fácil. As últimas projeções do MPC indicam que é provável que a política monetária tenha de ser restritiva durante um período de tempo prolongado, se houver evidência de pressões inflacionistas mais persistentes, refere.
O painel reconhece também que haverá ocasiões em que a inflação se afastará do objetivo como resultado de choques e perturbações. "A política monetária garantirá que a inflação medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC) regresse ao objetivo de 2% de forma sustentável no médio prazo", reitera o banco.
Os maiores riscos, por agora, estão relacionados com o conflito no Médio Oriente. "Existem riscos de uma subida da inflação a partir dos preços da energia, tendo em conta os acontecimentos no Médio Oriente. Dada esta assimetria, a projeção média para a inflação medida pelo IPC é de 2,2% e 1,9% nos horizontes de dois e três anos, respetivamente", aponta.
(Notícia atualizada às 12h42)