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Investimento em certificados acelera em Março
Os portugueses aplicaram mais 344 milhões de euros em títulos de dívida pública vendidos no retalho no último mês. O total do ano já vai quase em mil milhões, numa altura em que o Governo lança as OTRV.
Os certificados estão a conquistar mais dinheiro dos investidores. O valor captado no último mês foi o mais elevado deste ano, com os dois títulos comercializados no retalho a registarem um saldo positivo de 344 milhões de euros. Com este montante, eleva-se para quase mil milhões o total obtido no ano, metade da meta de 2016.
Enquanto os certificados de aforro registaram um saldo entre subscrições e resgates positivo em 21 milhões, segundo o Boletim Estatístico do Banco de Portugal, os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) obtiveram 323 milhões com os investidores a serem atraídos pelas taxas mais altas deste produto. Os juros são crescentes, sendo a taxa média bruta anual, no total dos cinco anos, a ascender a 2,23%.
O valor global captado em Março foi, assim, superior aos 302 milhões registados em Fevereiro e os 250 de Janeiro. No acumulado do ano, o saldo aumenta para 977 milhões de euros, um valor elevado para apenas um trimestre. É que o Governo estimava que no total do ano fossem registadas entradas líquidas de apenas dois mil milhões de euros.
"Este objectivo vai ser aumentado (dívida de curto prazo) com o lançamento das Obrigações do Tesouro se Rendimento Variável (OTRV)", disse Cristina Casalinho, a presidente do IGCP. Neste novo título de dívida pública para retalho, cujas subscrições arrancam a 26 de Abril, o Estado prevê captar 350 milhões de euros.
O montante pode, contudo, ser revisto em alta para 400 a 600 milhões de euros, mediante a procura por títulos que apresentam, nesta primeira operação, uma taxa bruta anual de 2,2%. Tal como os CTPM, o prazo é de cinco anos e o mínimo de investimento é de mil euros, mas nas OTRV há lugar ao pagamento de comissões bancárias. E há risco de perda de capital.