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Yellen alerta para "catástrofe económica e financeira" se o Congresso dos EUA não levantar tecto da dívida

O presidente dos Estados Unidos reúne-se esta esta terça-feira com os líderes do Congresso para tentar encontrar uma solução para o impasse. A secretária de Estado do Tesouro considera que há apenas uma opção.

A secretária do Tesouro dos EUA deu uma entrevista ao programa da ABC “Good Morning America”.
Lusa/EPA
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A secretária de Estado do Tesouro dos EUA Janet Yellen alerta que "simplesmente não há nenhuma boa alternativa" ao levantamento dos limites da dívida norte-americana pelo Congresso. O país atingiu, logo em janeiro, este tecto, estando a funcionar com medidas extraordinárias. A situação só poderá ser desbloqueada pelos congressistas.

"Não podemos chegar a um ponto em que tenhamos de considerar se o Presidente pode emitir dívida", disse Janet Yellen, numa entrevista ao programa "This Week" da ABC. "Seria uma crise constitucional", avisou a ex-presidente da Reserva Federal dos EUA.

Académicos e economistas têm-se dividido sobre a ideia de a administração de Joe Biden continuar a emitir dívida dado que a Constituição norte-americana refere que a validade da dívida pública não deve ser colocada em questão. Yellen não quis tomar uma posição, insistindo que a única opção é o levantamento do limite.

"É o trabalho do Congresso fazê-lo", disse a secretária de Estado do Tesouro. Se o falharem, teremos uma catástrofe económica e financeira gerada por nós próprios e não há nada que o Presidente Biden e o Tesouro dos EUA possa fazer para prevenir essa catástrofe", alertou à ABC.

Joe Biden tem uma reunião marcada para esta esta terça-feira com os líderes do Congresso norte-americano com vista a discutir o tecto do endividamento norte-americano e tentar encontrar uma solução para o impasse.

O atual limite máximo da dívida dos Estados Unidos é de 31,4 biliões de dólares e foi atingido em 19 de janeiro. Nesse mesmo dia, o Tesouro acionou medidas extraordinárias para fazer face às responsabilidades correntes, mas tem vindo a alertar que estes instrumentos financeiros se estendem apenas até ao início de junho.

O “fantasma” de não haver acordo tem deixado inquietos os investidores, tendo o custo de garantir a exposição à dívida soberana dos EUA disparou para o nível mais alto desde 2011, catapultado pelo risco de que o governo federal possa ficar sem dinheiro para pagar aos serviços públicos e seja forçado a entrar em “shutdown”.

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