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Tesouro procura até 1.750 milhões com dívida a seis e 12 meses
Uma semana depois de emitir 1.274 milhões de euros em obrigações, o Tesouro pretende colocar dívida de curto prazo. Confirma, assim, a operação que estava já prevista no calendário de financiamento, sendo que estão em causa títulos a seis e 12 meses.
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A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou esta sexta-feira, 15 de Julho, que irá realizar um duplo leilão de bilhetes do Tesouro (BT) a seis e 12 meses. Uma operação que estava já agendada no calendário de financiamento e com a qual o Tesouro pretende angariar até 1.750 milhões de euros.
"O IGCP vai realizar no próximo dia 20 de Junho, pelas 10:30 horas, dois leilões das linhas de BT com maturidades em Janeiro de 2017 e em Julho de 2017", revelou o instituto liderado por Cristina Casalinho (na foto). Uma operação prevista no programa de financiamento para o trimestre, com o Tesouro a confirmar também o "montante indicativo global entre 1.500 milhões e 1.750 milhões".
A última vez que o IGCP emitiu dívida nestas maturidades foi em Maio, tendo então emitido um total de 1.830 milhões de euros. A taxa de juro média dos títulos a seis meses foi de 0,021%, ao passo que a dívida com uma maturidade mais longa registou uma taxa de 0,043%. O Tesouro já realizou seis operações com BT este ano, tendo angariado um total de 8,5 mil milhões.
Esta confirmação surge um dia depois de o instituto liderado por Cristina Casalinho ter revelado que vai avançar com uma nova emissão de OTRV. O mais recente produto de retalho do Estado, que o Tesouro lançou em Maio. Agora, o objectivo é angariar 500 milhões de euros, sendo que o montante poderá ser revisto pelo IGCP.
Ainda esta semana Portugal foi também ao mercado, mas para colocar dívida de médio e longo prazo. Em causa estiveram obrigações a seis e dez anos, com as quais o Tesouro financiou-se num total de 1.274 milhões de euros. Além desta operação, o IGCP realizou também, no início de Julho, uma troca de dívida. Foram comprados 1.011 milhões de euros em obrigações a um, dois e três anos, tendo os investidores recebido títulos com maturidade em 2025 e 2037.
(Notícia actualizada às 17:50, corrigindo no "lead" o montante da emissão de "1.155 milhões" para "1.274 milhões")