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TAP aumenta oferta de obrigações para 200 milhões de euros
A companhia aérea decidiu elevar em quatro vezes o valor da oferta de obrigações. Pretende agora emitir 200 milhões de euros.
A TAP decidiu elevar o valor da oferta pública de subscrição de obrigações de 50 milhões de euros para 200 milhões de euros, um sinal de que estará a receber uma forte procura por parte dos investidores de retalho.
Em vez de 50 mil títulos, a companhia aérea vai emitir 200 mil obrigações no retalho, refere uma adenda ao prospeto da emissão que foi publicado na CMVM.
Assim, a TAP atualizou também o valor líquido que pretende captar com esta operação, que ascende a 194,8 milhões de euros. Aos bancos responsáveis pela colocação dos títulos a TAP pagará um máximo de 4,74 milhões de euros. Os custos com consultores, auditores e publicidade são de 330 mil euros e os custos com a CMVM, a Interbolsa e a Euronext são estimados em 98.700 euros.
Esta oferta destinada aos investidores de retalho arrancou a 3 de junho, sendo que terá sido a procura elevada manifestada pelos investidores nestes dias que levou a companhia aérea a elevar em quatro vezes o montante que pretende colocar.
O período de subscrição desta que é a primeira emissão da TAP no retalho termina a 18 de junho e as obrigações serão admitidas na bolsa portuguesa a 24 de junho.
As obrigações, com um prazo de quatro anos, pagam uma taxa de juro bruta de 4,375%, sendo que no prospeto a TAP calcula que a taxa de rendibilidade ilíquida de impostos é de 4,42232% (pressupõe a capitalização dos juros recebidos) e a taxa líquida de impostos é de 3,17453%.
Cada título a emitir tem um preço de mil euros e paga juros semestrais ao longo dos quatro anos da emissão. As datas de pagamento estão previstas para 24 de junho e 24 de dezembro de cada ano, "exceto o último pagamento de juros, que está previsto ocorrer na data de reembolso das Obrigações TAP 2019-2023, ou seja, em 23 de junho de 2023".
O Haitong Bank é o banco organizador e coordenador global da emissão. O ActivoBank, o Banco Best, o Banco L.J. Carregosa, o Banco Montepio, o Bankinter, o CaixaBI, a CCCAM, a CGD, o Haitong Bank, o Millennium bcp e o Novo Banco atuam como bancos colocadores.
A oferta da TAP chega ao mercado após um período de ausência de emissões de dívida para o retalho. À exceção das SAD dos clubes de futebol – o Benfica foi o último a emitir dívida, com uma taxa de 3,75% a três anos – e da Mota-Engil, que colocou 110 milhões de euros em títulos a quatro anos, em novembro de 2018, há vários anos que as empresas não procuravam esta via de financiamento nos mercados.
Já depois da emissão da TAP ter chegado ao mercado, a SIC anunciou uma emissão de 30 milhões de euros cujo período de subscrição arranca na próxima semana.