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Portugueses já puseram 350 milhões em certificados
O volume de subscrições de certificados de poupança do Estado está a aumentar. Entre CA e CTPC, os portugueses já emprestaram ao Estado cerca de 350 milhões de euros.
Os certificados de poupança do Estado já engordaram em cerca de 350 milhões de euros nos oito primeiros meses do ano, com o montante de subscrições nestes produtos de poupança a duplicar as previsões do governo para o financiamento através de certificados em 2020.
O "stock" de capital investido em certificados do tesouro poupança crescimento (CTPC) era de 17.251 milhões de euros no final de agosto, um montante superior em 111 milhões de euros ao valor acumulado no final de julho, segundo os dados divulgados esta manhã pelo Banco de Portugal. No acumulado do ano, o saldo de subscrições é já positivo em 202 milhões de euros.
Já os certificados de aforro (CA) captaram 17 milhões em agosto, elevando o montante aplicado neste produto para 12.165 milhões de euros. Em 2020, os CA já receberam 145 milhões de euros.
Contas feitas, entre CA e CTPC, as famílias já emprestaram ao Estado 347 milhões de euros, um valor que está bem acima das previsões para este ano. No Orçamento Suplementar para este ano, o governo manteve "a expectativa de um contributo limitado dos instrumentos de aforro (149 milhões de euros), tendo em conta o incremento das amortizações dos CT (Certificados do Tesouro) e CTPM (com maturidade em 2020) e o pressuposto de um perfil de reinvestimento prudente".
No entanto, tendo presentes os valores registados até agora, esta expectativa já foi largamente ultrapassada, com o ambiente de taxas zero nos depósitos a empurrar os portugueses para os certificados, dos poucos produtos de baixo risco onde ainda é possível obter algum retorno.
Enquanto os CTPC apresentam uma taxa bruta de 1,39% a sete anos, a taxa de remuneração bruta dos CA para setembro foi fixada em 0,516%.