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O que pode levar a descidas ou a subidas do prémio de risco

A evolução das obrigações portuguesas nas últimas semanas tem sido positiva. Dada a descida rápida dos juros os analistas, os analistas defendem que pode haver pouca margem para mais descidas.

10 de Maio de 2017 às 06:55
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Positivos

Sinal positivo do "rating"
Os analistas são unânimes em apontar uma melhoria da perspectiva para preparar uma retirada de "lixo" por parte da Moody’s, Fitch ou S&P como uma factor decisivo para levar a mais descidas significativas dos juros, já que alargaria a base de investidores.


Confirmação do crescimento
Após os sinais positivos da economia portuguesa no segundo semestre de 2016, os dados do PIB do primeiro trimestre serão seguidos atentamente pelo mercado. Caso a economia continue a mostrar vigor, isso seria positivo.

Saída dos défices excessivos
Com o défice mais baixo das últimas quatro décadas, Portugal pode sair do Procedimento por Défices Excessivos. Para Jens Peter Sørensen, analista do Danske Bank, isso seria "positivo".


Mais confiança no governo
A solução governativa apoiada pelos partidos mais à esquerda foi, no início, olhada com desconfiança pelo mercado. Mas André Almeida, analista da sala de mercados do Montepio, refere que "há uma nova forma de olhar para o Governo por parte dos investidores internacionais".

Negativos

Elevada dívida pública
É uma constante nas análises das agências de "rating". Defendem que para considerar uma melhoria da classificação seria necessário uma redução significativa da dívida pública em relação ao PIB.

Riscos vindos de Itália
Depois do mercado ter respirado de alívio com o desfecho das presidenciais francesas, o próximo foco de incerteza é Itália. A avaliação das obrigações nacionais tende a estar correlacionada pelos títulos italianos. "Se surgirem preocupações sobre Itália as obrigações portuguesas irão sofrer", refere Jean-Christophe Machado, analista do Natixis.


Retirada dos estímulos do BCE
Portugal já sofreu uma espécie de reacção por antecipação da retirada dos estímulos do BCE. Isto porque desde o segundo semestre do ano passado que o banco central tem reduzido as compras de dívida portuguesa devido aos limites do programa. Apesar do efeito BCE ser bem mais diminuto em Portugal do que em outros títulos de dívida, Jean-Christophe Machado prevê que quando Draghi sinalizar o fim dos estímulos isso não será positivo para a dívida nacional.

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