Notícia
Moody’s sobe rating de 12 bancos espanhóis
A agência de notação financeira reviu a classificação de 20 instituições financeiras de Espanha, tendo melhorado o rating dos depósitos de longo prazo de 12 deles e cortado as notas de dois. Os restantes seis viram ficar inalteradas as qualidades dos seus depósitos.
A Moody’s reviu os ratings dos depósitos de longo prazo de 20 bancos espanhóis e melhorou as notações de 12 deles, com destaque para o Banco Popular Español, Bankia, CaixaBank e Banco Santander.
Quanto à dívida sénior não garantida de longo prazo - reavaliada também no âmbito da revisão [iniciada no passado dia 17 de Março] das metodologias de avaliação da qualidade creditícia dos bancos (ou seja, a capacidade para devolverem o dinheiro que pedem emprestado) após a entrada em vigor de nova regulamentação na União Europeia - a Moody's melhorou a notação de oito bancos - nomeadamente do CaixaBank, Santander, BBVA, Bankinter, Banca March e Cecabank - reafirmou dois e baixou outros dois.
No que diz respeito ao ‘outlook’ (perspectiva) para a dívida e para os depósitos destes 20 bancos, a agência considera que 14 deles estão "estáveis".
Já o Banco Santander, Santander Consumer Finance, Catalunya Banc, Abanca Corporacion Bancaria e Caja Rural de Navarra receberam uma perspectiva positiva por parte da agência.
O Ibercaja Banco foi o único dos analisados que teve um ‘outlook’ negativo’.
Tal como a Moody’s, as restantes agências de rating estão a assumir que os credores da banca já não podem continuar à espera que haja ajuda soberana em caso de inviabilidade de alguma instituição financeira, uma vez que essa assistência já não está garantida. E a sustentar esta revisão da metodologia estão duas regulações europeias aprovadas recentemente.
Por um lado, temos a directiva de Resolução e Reestruturação dos Bancos, que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2015 e que estabelece uma série de critérios para aplicar perdas sobre os credores de um banco antes de estes receberem dinheiros públicos (até agora, esses credores estavam protegidos, pois o Estado intervinha antes de os obrigar a perderem parte do investimento que tinham feito).
Por outro lado, temos a norma que regula o Mecanismo Único de Resolução, que criará um "mealheiro comum" com contribuições dos próprios bancos (55.000 milhões de euros) para ser usado em posteriores crises bancárias.
Em Maio passado, a Moody’s alertou para o facto de as instituições financeiras espanholas ainda terem um peso muito grande de imobiliário nos seus balanços. A agência sublinhou, na altura, que desde 2008 o peso dos imóveis nos balanços bancários em Espanha não parou de subir.