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Marcelo: Juros da dívida estão num intervalo razoável, mas exigem crescimento maior

O Presidente da República enquadra o custo de financiamento de Portugal no quadro dos juros europeus. E espera que as "yields" se mantenham entre os 4% e os 4,5%.

Enquanto nos bastidores, Domingues, Centeno, Costa e Marcelo mantinham conversas sobre a entrega de declaração no TC, a lei aprovada em Conselho de Ministros a 8 de Junho era analisada em Belém. No dia 21, Marcelo promulga a alteração ao EGP e nove dias depois faz um comunicado a anunciar a decisão e a justificá-la. O comunicado centra-se apenas na excepção para os salários e omite a discussão tida em privado sobre a publicitação do património.
08 de Março de 2017 às 13:03
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O Presidente da República comentou a emissão de dívida pública realizada hoje considerando que os juros estão num intervalo "que tem lógica" e "é razoável" no actual contexto, mas que exige um crescimento económico "muito maior".

Portugal colocou hoje 1.112 milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) a cerca de três e nove anos, a taxas de juro de 1,216% e 3,95%, respectivamente.

No final de uma visita à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), em Lisboa, questionado pelos jornalistas se está preocupado com o valor dos juros, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Não, neste sentido: nós estamos, neste momento, no quadro dos juros europeus, naquilo que era previsível".

"Eu disse sempre que não seria previsível nos próximos tempos juros muito abaixo dos 4% - e tem andado nos 3,8%, 3,9% - nem acima de 4,5%. Portanto, encontra-se naquela faixa que é uma faixa que tem lógica, é razoável neste momento, mas que exige um crescimento muito maior para ir pagando a dívida pública acumulada ao longo dos próximos anos", acrescentou.

Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP na Bloomberg, a três anos e três meses foram colocados 500 milhões de euros em OT, com maturidade em 15 de Junho de 2020, à taxa de juro de 1,216%.

Nas OT a nove anos e quatro meses, com maturidade em 21 de Julho de 2026, o IGCP colocou 612 milhões de euros a uma taxa de juro de 3,950%.
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