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Juros da dívida em queda após tom mais suave da Fed

As taxas das obrigações portuguesas, espanholas e italiana baixam cerca de seis pontos base depois de a Fed ter mostrado uma maior cautela em relação à subida dos juros.

Bloomberg
17 de Março de 2016 às 08:39
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As taxas das obrigações portuguesas descem esta quinta-feira para o valor mais baixo desde final de Janeiro. A "yield" baixa seis pontos base para 2,902%, depois de a Reserva Federal dos EUA ter mostrado uma maior cautela em relação à subida das taxas de juro do que o antecipado pelo mercado.

As perspectivas de que a política monetária nos EUA não será, para já, tão restritiva como o previsto está a beneficiar as obrigações soberanas. A taxa espanhola a dez anos também cai seis pontos base para 1,445%. Já a "yield" italiana baixa 6,2 pontos base para 1,273%. E a própria dívida alemã está a sair beneficiada, com a taxa a cair 6,9 pontos base para 0,242%.

Ao analisar o impacto do discurso de Janet Yellen, os analistas do RBC Capital Markets referiram, numa nota a investidores, que "será mais difícil que as "yields" na Europa subam". Isto porque o tom mais suave da Fed ocorreu uma semana depois do BCE anunciar um novo conjunto de medidas de estímulo, incluindo um reforço das compras mensais de activos de 60 mil milhões para 80 mil milhões de euros.

Apesar da posição do BCE, as expectativas de um endurecimento da política monetária nos EUA estavam a servir como um travão à descida das taxas, considera o RBC. E conclui que as indicações dadas pela entidade liderada por Janet Yellen deverão ser favoráveis para a dívida soberana e de empresas. "Uma política monetária nos EUA que seja favorável por mais tempo apoia a economia o que, por sua vez, é positivo" para a dívida de empresas e para os títulos de maior risco, conclui o banco. 

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