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Juros italianos em mínimos de seis meses com derrota de Beppe Grillo

A derrota do Movimento Cinco Estrelas nas eleições municipais está a aliviar os receios dos investidores com a subida dos populistas ao poder no próximo ano.

Reuters
12 de Junho de 2017 às 12:59
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Os juros da dívida italiana estão a descer em todas as maturidades, tendo atingido mínimos de seis meses no prazo a dez anos, depois de o Movimento Cinco Estrelas (M5S) do comediante Beppe Grillo ter sofrido um pesado revés político nas eleições municipais deste domingo.

A ‘yield’ associada às obrigações italianas a dez anos cai 5,9 pontos base para 2,028%, depois de já ter tocado nos 2,007%, o valor mais baixo desde 24 de Janeiro.

Apesar de a queda nos juros se estender à maioria dos países do euro, as descidas são mais pronunciadas em Itália, reflectindo o alívio dos receios dos investidores com a possibilidade de o partido que quer referendar o euro chegar ao poder nas legislativas do próximo ano.

O Movimento Cinco Estrelas, que tem surgido taco a taco com o Partido Democrático (no poder) nas sondagens nacionais – garantindo, cada um, um apoio de cerca de 30% - não conseguiu assegurar a passagem à segunda volta das eleições municipais marcadas para 25 de Junho em Génova, Palermo, Parma e Verona, segundo as projecções citadas pela Bloomberg.

Numas eleições onde a abstenção foi quase de 40%, os partidos do centro recolheram um maior apoio nos cerca de mil municípios que foram às urnas, tornando menos provável a subida dos populistas ao poder em 2018.

Essa chegada ao poder era temida sobretudo em caso de realização de eleições antecipadas no outono, uma possibilidade que se tornou mais remota na semana passada, devido à ausência de um acordo entre os vários partidos para a reforma da lei eleitoral. Outro cenário temido era o chamado "parlamento pendurado" – como aconteceu nas eleições do Reino Unido a 8 de Junho – com nenhum partido a garantir a maioria.

Também em França, os populistas sofreram um revés nas eleições legislativas deste fim-de-semana, com a Frente Nacional a garantir apenas 13,20% dos votos. A primeira volta foi ganha pelo partido A República em Marcha!, do presidente francês Emmanuel Macron, que garantiu 32,32% dos votos, segundo resultados definitivos hoje divulgados.

A seguir ao partido do presidente francês surgiram Os Republicanos (direita), com 21,56% dos votos, a Frente Nacional (extrema-direita), com 13,20%, a França Insubmissa (esquerda), com 13,74%, e o Partido Socialista, com 9,51%.

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