Notícia
Juros da dívida portuguesa abaixo dos 1% pela primeira vez
Os juros portugueses a dez anos estão a negociar abaixo dos 1% pela primeira vez.
Os juros portugueses atingiram esta quinta-feira, 23 de maio, às 9h30, o nível mais baixo de sempre. No prazo a dez anos, o juro negociado no mercado secundário ficou abaixo dos 1% pela primeira vez: 0,995% com uma queda de 2,7 pontos base.
Segundo a série histórica da Bloomberg (ver gráfico), que começa em fevereiro de 1997, os juros portugueses nunca tinham estado abaixo dos 1%. A taxa é assim a mais baixa de sempre, pois em 1997 a moeda portuguesa ainda era o escudo e nessa altura os custos de financiamento do Estado eram bem mais elevados.
A dívida soberana europeia tem sido um dos ativos de eleição para os investidores procurarem abrigo da turbulência nos mercados, o que beneficia as obrigações portuguesas.
Esta quinta-feira, 23 de maio, os investidores receberam mais uma notícia pouca animadora sobre a evolução da economia da Zona Euro: o PMI de maio sinaliza para um crescimento em cadeia de 0,2% no segundo trimestre, o que representa uma desaceleração face ao início do ano.
Os investidores ficarão ainda hoje a conhecer os relatos relativos à ultima reunião da autoridade monetária europeia, realizada em abril, que deverão reforçar os sinais que o Banco Central Europeu vai manter uma política monetária acomodatícia, o que beneficia a dívida pública. O BCE volta a reunir-se a 6 de junho.
Portugal tem também sido beneficiado pelas sucessivas melhorias do rating da República nos últimos dois anos fruto de vários fatores, nomeadamente a melhoria das contas públicas. Esta sexta-feira é a vez da Fitch pronunciar-se sobre a notação financeira da dívida portuguesa a qual mantém em BBB com perspetiva estável.
Fundamental tem sido também o programa de compras do BCE que, apesar de ter terminado no final do ano passado, continua a reinvestir os montantes de obrigações portuguesa que tinha adquirido.
Todos estes fatores levaram a reduções graduais dos juros da dívida nacional negociada em mercado secundário, assim como nas emissões no mercado primário realizadas pelo IGCP, a entidade que gere a dívida pública.
Os juros abandonaram o patamar dos 3% em julho de 2017 e o patamar dos 2% em outubro do ano passado. Em fevereiro deste ano, tal como o Negócios escreveu, os juros baixaram pela primeira vez dos 1,5%. Desde então que o alívio dos juros manteve-se, negociando cada vez mais perto dos 1%. Hoje, dia 23 de maio, pela primeira vez, os juros ficaram abaixo desse patamar.
(Notícia atualizada com mais informação)
Segundo a série histórica da Bloomberg (ver gráfico), que começa em fevereiro de 1997, os juros portugueses nunca tinham estado abaixo dos 1%. A taxa é assim a mais baixa de sempre, pois em 1997 a moeda portuguesa ainda era o escudo e nessa altura os custos de financiamento do Estado eram bem mais elevados.
Esta quinta-feira, 23 de maio, os investidores receberam mais uma notícia pouca animadora sobre a evolução da economia da Zona Euro: o PMI de maio sinaliza para um crescimento em cadeia de 0,2% no segundo trimestre, o que representa uma desaceleração face ao início do ano.
Os investidores ficarão ainda hoje a conhecer os relatos relativos à ultima reunião da autoridade monetária europeia, realizada em abril, que deverão reforçar os sinais que o Banco Central Europeu vai manter uma política monetária acomodatícia, o que beneficia a dívida pública. O BCE volta a reunir-se a 6 de junho.
Portugal tem também sido beneficiado pelas sucessivas melhorias do rating da República nos últimos dois anos fruto de vários fatores, nomeadamente a melhoria das contas públicas. Esta sexta-feira é a vez da Fitch pronunciar-se sobre a notação financeira da dívida portuguesa a qual mantém em BBB com perspetiva estável.
Fundamental tem sido também o programa de compras do BCE que, apesar de ter terminado no final do ano passado, continua a reinvestir os montantes de obrigações portuguesa que tinha adquirido.
Todos estes fatores levaram a reduções graduais dos juros da dívida nacional negociada em mercado secundário, assim como nas emissões no mercado primário realizadas pelo IGCP, a entidade que gere a dívida pública.
Os juros abandonaram o patamar dos 3% em julho de 2017 e o patamar dos 2% em outubro do ano passado. Em fevereiro deste ano, tal como o Negócios escreveu, os juros baixaram pela primeira vez dos 1,5%. Desde então que o alívio dos juros manteve-se, negociando cada vez mais perto dos 1%. Hoje, dia 23 de maio, pela primeira vez, os juros ficaram abaixo desse patamar.
(Notícia atualizada com mais informação)