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Inflação indica saída lenta dos estímulos

Os economistas referem que os dados da inflação na Zona Euro em Julho são mais um indício de que o processo de retirada dos estímulos terá de ser feito de forma muito lenta e gradual.

Peti Kollanyi/Bloomberg
31 de Julho de 2017 às 20:45
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O mercado espera que em Setembro ou Outubro, o BCE explique o plano para a retirada dos estímulos. Mas após os dados da inflação de Julho, os analistas destacam que Mario  Draghi apenas terá margem para fazer uma retirada lenta do programa de compras.

Apesar de os dados da inflação "core" (que exclui preços de energia) terem sido mais altos que o estimado, ainda estão bem abaixo do objectivo do BCE. "A taxa de inflação na Zona Euro permaneceu em 1,3% em Julho e a inflação ‘core’ aumentou para 1,2%, apesar de os analistas esperarem que ambas as taxas descessem", refere o Commerzbank, numa nota a investidores.

O banco alemão refere que isso são "boas notícias" para o BCE. Mas alerta que a tendência é de que a inflação continue sob pressão. Até porque apesar da tendência de descida da taxa de desemprego, não há sinais de subidas nos salários. Assim, referem os economistas do banco, "o BCE irá provavelmente sair da sua política de expansionismo monetário a um ritmo mais lento do que o actualmente esperado pelo mercado".

Também o RBC Capital Markets destaca que, apesar da inflação não ter caído em Julho e da expectativa de dados positivos do PIB que serão divulgados esta terça-feira, o nível dos preços ainda está abaixo da meta do BCE, que é de perto mas abaixo de 2%. E isso leva os economistas do banco a manterem a perspectiva de que "a retirada das medidas de estímulo do BCE acontecerá apenas de forma muito gradual com compras mais reduzidas a estenderem até meados de 2018". 

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