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IGCP faz troca de dívida para adiar reembolso por sete anos

O IGCP propõe-se a comprar obrigações que vencem em abril do próximo ano e em outubro de 2022, oferecendo em troca obrigações que só chegarão à maturidade em outubro de 2028 e junho de 2029.

O instituto liderado por Cristina Casalinho vai enfrentar custos de financiamento mais elevados.
Bruno Simão
01 de Dezembro de 2020 às 14:03
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O IGCP vai avançar com uma oferta de troca de dívida esta quarta-feira, 2 de dezembro, de forma a aproveitar os juros em mínimos para adiar o reembolso de obrigações aos investidores que detêm dívida soberana portuguesa.

 

Num comunicado divulgado esta terça-feira, a agência que gere a dívida pública nacional revela que o objetivo desta oferta é adiar reembolsos por sete anos. O IGCP propõe-se a comprar obrigações que vencem em abril do próximo ano e em outubro de 2022, oferecendo em troca obrigações que só chegarão à maturidade em outubro de 2028 e junho de 2029.

 

O Tesouro paga uma taxa de cupão de 3,85% e 2,2% pelas obrigações que pretende comprar e de 2,125% e 1,95% pelas que pretende vender.

 

IGCP, E.P.E.,  compra:
» ISIN: PTOTEYOE0007– OT 3,85% 15abr2021
» ISIN: PTOTESOE0013– OT 2,2% 17out2022

IGCP, E.P.E., vende:
» ISIN: PTOTEVOE0018– OT 2,125% 17out2028
» ISIN: PTOTEXOE0024– OT 1,95% 15jun2029

 

O objetivo da agência que gere a dívida pública portuguesa é alisar o perfil de reembolsos da dívida e alargar a maturidade média das obrigações. Esta é também uma forma de aproveitar mais o ambiente de taxas de juro baixas, diminuindo o custo de financiamento da República.

 

Os juros da dívida portuguesa têm batido mínimos consecutivos na generalidade dos prazos e desceram a território negativo na maturidade a dez anos pela primeira vez no passado dia 26 de novembro.

Para 2021 o IGCP tem prevista a amortização de cerca de 23 mil milhões de euros em dívida, enquanto que para 2029 está nesta altura prevista a amortização de pouco mais de 13 mil milhões de euros.  

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