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Governo salienta aspectos positivos da argumentação da S&P para manter "rating"

O Governo, através do Ministério das Finanças, salientou os aspectos positivos da argumentação da Standard & Poor's para justificar a decisão, hoje conhecida, de manter o 'rating' de Portugal, reiterando a perspectiva estável.

18 de Março de 2016 às 20:06
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"É importante salientar que esta decisão foi sustentada na convicção, por parte desta agência de notação financeira, de que o governo português está empenhado no compromisso de consolidação orçamental", começou o Ministério por destacar, na nota que enviou à Agência Lusa.

 

A esta ideia foram acrescentadas outras justificações, "como a resiliência do sector exportador português, a melhoria muito significativa do perfil de maturidades da dívida pública, e a criação de condições para a manutenção dos custos da dívida a níveis sustentáveis".

 

Por junto, o Ministério liderado por Mário Centeno considerou que "estes argumentos vão de encontro às posições que têm sido manifestadas pelo governo português, que está assim confiante de que a evolução da economia portuguesa e a execução do Orçamento do Estado criarão os fundamentos para uma evolução positiva do 'rating' atribuído a Portugal num futuro próximo".

 

A Standard & Poor's manteve hoje o 'rating' de Portugal em BB+, fora do grau de investimento, e considerou que o Governo continuará comprometido com a consolidação orçamental.

 

No comunicado em que deu conta da manutenção da nota atribuída à dívida de longo prazo de Portugal, a agência de 'rating' previu para a economia um "crescimento moderado" este ano e considerou que o Governo "irá continuar comprometido com as políticas que apoiam uma consolidação orçamental adicional".

 

A nota de BB+ atribuída a Portugal é a primeira do nível de não investimento ou investimento especulativo ('lixo').

 

A S&P manteve ainda a perspectiva do 'rating' de Portugal em estável.

 

Em termos críticos, a nota da S&P permanece constrangida pelo alto endividamento dos sectores público e privado, pela fragilidade do sector bancário e a fraca transmissão de política monetária, o que põe em causa o potencial de crescimento de Portugal.

 

No início de Março, a Fitch baixou a perspectiva da dívida pública portuguesa de positiva para estável, mantendo o 'rating' em BB+.

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