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Finlândia já não tem "rating" máximo em nenhuma agência
A dívida pública da Finlândia deverá atingir 67% do PIB em 2018, duplicando face ao registado em 2007, de acordo com as previsões da Moody’s, a última das três principais agências a cortar o rating do país.
Primeiro foi a Standard & Poor’s em 2014, depois a Fitch em Março deste ano e agora a Moody’s. Todas as principais agências de notação financeira deixaram de atribuir à dívida soberana da Finlândia o "rating" máximo de "triple A".
Numa nota publicada na sexta-feira à noite, a Moody’s justifica o corte com os "desafios económicos significativos" que enfrenta a economia do Norte da Europa, que está agora mais "vulnerável a futuros choques".
A Moody’s reduziu a notação financeira de "Aaa" para "Aa1", tendo colocando o "outlook" estável. A S&P e a Fitch atribuem ambas um "rating" de "AA+", sendo que antes de 2014 a Filândia integrava o cada vez mais restrito lote de países da Zona Euro com classificação máxima por parte das três principais agências.
Como lembra o Financial Times, a Finlândia passou de um rácio de dívida pública de 34% em 2007 para 60% no ano passado e as estimativas da Moody´s apontam para um agravamento até 67% em 2018.
A Moody’s assinala que a economia do país do Norte da Europa sofreu com "o declínio das indústrias de electrónica e produção de papel e uma abrangente redução da competitividade nos custos, que em conjunto contribuíram para uma queda na quota de mercado das exportações do país".
As previsões reveladas esta semana pela OCDE colocam a Finlândia com o estatuto de país da Zona Euro que menos vai crescer em 2017, com o PIB a registar um crescimento em redor de 1%.