Notícia
Espanha vai deixar de pagar às grandes agências de rating
A dívida espanhola é “tão relevante” que “não precisa de pagar a agências”. Foi assim que o ministro das Finanças, Luis de Guindos, explicou o facto de Espanha ter anunciado que vai rescindir contrato com a última grande agência de “rating”.
Espanha decidiu rescindir com a última grande agência de "rating" que ainda emitia notas no âmbito de um contrato com o Tesouro espanhol. Este ano terminará o contrato que Espanha tem com a Standard & Poor’s. No ano passado terminou o contrato com a Fitch e, em 2016, com a Moody’s. Espanha manterá o contrato com a DBRS.
Apesar de Madrid deixar de pagar para ter a avaliação destas agências não será por isso que deixará se ser alvo de análise. Por exemplo, Portugal rescindiu o contrato com a S&P em 2014, mas continua a ser avaliado por esta agência.
"O tema do ‘rating’ é normal. Acredito que estamos a entrar numa fase de normalização das relações do Tesouro espanhol com os investidores internacionais", explicou o ministro das Finanças de Espanha, Luis de Guindos, em Bruxelas, após a reunião de ministros das Finanças da União Europeia (UE), citado pela agência Efe.
O responsável adiantou ainda que "todas as agências de ‘rating’ vão avaliar a dívida espanhola". Guindos sublinhou que "não se trata de poupança de custos". A decisão foi tomada porque "a dívida espanhola é tão relevante que logicamente não precisa de pagar a nenhuma agência de ‘rating’".
"Vejam o que se passa em países à nossa volta, na Alemanha e em França, e a verdade é que não há contratos do Tesouro com as agências de ‘rating’", acrescentou.
Esta decisão surge depois de na passada sexta-feira a Fitch ter elevado o "rating" de Espanha de "BBB+" para "A-".