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EDP financia-se em 600 milhões com juro abaixo de 2% (act.)

A procura na emissão foi de cerca de 2,2 mil milhões de euros. A taxa da operação foi de 1,931%

António Mexia, presidente da EDP, é o 15.º Mais Poderoso de 2016.
24 de Janeiro de 2017 às 12:16
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A EDP financiou-se em 600 milhões de euros, através de títulos com maturidade em Setembro de 2023, numa emissão que atraiu cerca de 2,2 mil milhões de euros de procura, segundo dados da Bloomberg. A taxa da emissão foi de 1,931% e a taxa de cupão desta nova obrigações foi fixada em 1,875%.

 

O prémio face à taxa "mid swap", que serve como referência para estas emissões desceu dos iniciais 175 pontos base para cerca de 160 pontos base no final  da operação. A gerir a operação estiveram o CaixaBank, o Citi, o ING, o Mediobanca, o Millennium BCP, o Mizuho, o NatWest Markets, o Santander e o Unicredit, de acordo com as informações recolhidas pela agência financeira.

A eléctrica já comunicou à CMVM a operação, referindo que "esta emissão destina-se a financiar as necessidades decorrentes da actividade normal da empresa, permitindo alongar o seu prazo de maturidade e reforçar a flexibilidade financeira"

 

A EDP é uma das três emitentes portuguesas que tem sido beneficiada com o programa de compra de activos do sector empresarial iniciado pelo BCE, iniciado em Junho do ano passado. As outras são a REN e a Brisa Concessão Rodoviária Contrariamente ao que acontece no programa de compras de dívida pública, no caso das obrigações empresariais o BCE pode comprar em mercado primário, isto é, directamente à empresa no momento da emissão das obrigações.

 

Em Agosto do ano passado, a EDP tinha feito uma operação de financiamento a oito anos, numa emissão que contou com a participação do BCE. Na altura foram emitidos mil milhões de euros. A taxa de cupão da operação foi de 1,125% e a taxa de rentabilidade obtida pelos investidores situou-se em 1,18%. Actualmente esta linha de obrigações da EDP transacciona, em mercado secundário, com uma taxa de 1,943%.

 

Na altura, a EDP referiu que, apesar de ter as necessidades de refinanciamento asseguradas até 2018, a emissão aproveitar as condições de mercado para diminuir o custo médio da dívida e alongar maturidades.

 

Nos resultados até Setembro do ano passado, a eléctrica reportou que os juros financeiros pagos baixaram 13% face ao mesmo período de 2015. Situaram-se em 584 milhões de euros. A EDP tinha, nessa altura, uma dívida líquida de 15.963 milhões de euros, menos 8% que no período homólogo. 

(Notícia actualizada às 17:10 com comunicado da EDP à CMVM)

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