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DBRS ameaça cortar “rating” do Montepio
A agência de notação financeira canadiana manteve o “rating” do Montepio, mas cortou a perspectiva para “negativa”, o que significa que poderá cortar a notação, que já se encontra num patamar considerado de “lixo”.
A DBRS manteve o "rating" do Montepio em "BB", o que corresponde a um grau de investimento especulativo, ou seja, é o que é denominado de "lixo".
Contudo reviu em baixa a perspectiva para o "rating" de "estável" para "negativo", segundo uma nota emitida esta quarta-feira, 27 de Setembro. O mesmo é dizer que a agência de notação financeira poderá vir a cortar o "rating" da instituição.
E porquê? Porque a DBRS está "preocupada com o enfraquecimento do perfil de financiamento do banco", isto depois de no primeiro trimestre do ano se ter verificado "alguma" saída de depósitos da instituição. Além disto, o banco está a braços com um plano "desafiante" de melhoria da qualidade de activos, realça a agência.
Mas nem tudo são nuvens negras. A DBRS decidiu "confirmar o rating" porque teve "em consideração o facto de o Montepio ter feito alguns progressos em relação à rentabilidade e ao capital no primeiro semestre de 2017, com o banco a reportar um lucro pequeno e a receber uma injecção de capital de 250 milhões de euros dos seus maiores accionistas", o Montepio Geral Associação Mutualista.
"Apesar de improvável no curto prazo", o "rating" do Montepio poderá ser elevado se houver "um fortalecimento significativo dos níveis de capital, uma redução do perfil de risco do banco e uma melhoria material da qualidade de activos." Além disso, também será preciso que haja "uma melhoria consistente da rentabilidade".
Por outro lado, poderá haver um corte se a marca Montepio enfraquecer, "como prova de falhanço no reforço da sua base de depósitos no retalho", adianta a mesma fonte. O "rating" poderá também ser afectado se for "incapaz de melhorar a qualidade dos activos e reforçar a sua rentabilidade e posição de capital."