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Certificados do Tesouro atraem 250 milhões apesar das OTRV
Apesar de em Novembro, o IGCP ter avançado com uma emissão de obrigações para o retalho, os certificados do tesouro continuaram a captar investidores. Os de aforro tiveram saldo negativo.
Os aforradores portugueses continuaram a apostar em certificados do tesouro poupança mais (CTPM) em Novembro. As subscrições líquidas destes produtos atingiram 252 milhões de euros no mês passado, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo IGCP. Apesar dos certificados do tesouro continuarem a ser alvo de investimento, nos certificados de aforro o saldo foi negativo, com resgates líquidos de 15 milhões de euros. Desde Março de 2013, que este tipo de instrumento não era alvo de saída de dinheiro.
O saldo líquido dos dois instrumentos foi de 237 milhões de euros em financiamento para o Estado em Novembro, um valor semelhante ao de Outubro. Isto apesar de o IGCP ter lançado em Novembro uma nova linha das obrigações do tesouro de rendimento variável (OTRV), um instrumento que também é direccionado para o retalho. Nessa operação, o Estado angariou 1.500 milhões de euros.
Certificados atraem mais de 3.000 milhões de euros no ano
Desde o início do ano, os certificados do tesouro e de aforro foram alvo de um investimento de 3.195 milhões de euros. A quase totalidade desse valor foi angariada através de certificados do tesouro, que viram o saldo aumentar cerca de 3.000 mil milhões de euros em 11 meses para 10.968 milhões de euros. A meta indicada pelo IGCP é de 3.500 milhões de euros para o total do ano.
Já o saldo de certificados de aforro foi 153 milhões de euros desde o início do ano (incluindo já o efeito da capitalização dos juros). O montante aplicado neste instrumento era de 12.947 milhões de euros no final de Novembro.
Além dos 3.195 milhões de euros de financiamento obtidos em certificados, o Estado atraiu mais cerca de 3.450 milhões de euros junto dos investidores de retalho através das OTRV.