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BCP emite 400 milhões em dívida perpétua com juro de 8,125%

O único banco cotado na bolsa de Lisboa emitiu, esta quinta-feira, títulos de dívida no valor de 400 milhões de euros sem data de vencimento, mas com possibilidade de reembolso antecipado a partir do quinto ano.

Lusa / Arquivo
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O BCP emitiu nova dívida perpétua, numa operação em que a forte procura acabou por levar a uma diminuição na taxa de juro. O banco liderado por Miguel Maya foi ao mercado esta quinta-feira para a colocação 400 milhões de euros em obrigações subordinadas sem prazo, mas que podem ser reembolsas antecipadamente ao fim de cinco anos.

A taxa de juro das obrigações (a pagar trimestralmente) fixou-se em 8,125%, o que representa um prémio de 578 pontos base face à taxa "midswap" do euro a cinco anos, que negociava em torno de 2,35%.

Segundo dados enviados pelo BCP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), caso não haja um reembolso antecipado das obrigações, a taxa "será refixada a partir dessa data de 5 em 5 anos, com referência à taxa mid-swaps de 5 anos então prevalecente acrescida de um "spread' de 5,78%".

A "yield" final acabou por ficar abaixo dos 8,625% inicialmente avançados pela Bloomberg na abertura dos livros de ordens. A revisão em baixa deve-se à forte procura.

"A operação, que gerou um forte interesse do mercado, seguiu-se a um conjunto de reuniões ontem realizadas envolvendo mais de 60 investidores. A procura, nos termos finais da emissão, atingiu um montante superior a 3.000 milhões de euros (mais de 7 vezes o montante emitido), com ordens provenientes de mais de 250 investidores institucionais", explicou o banco.

Esta emissão de títulos de dívida foi classificada com um "rating" de B+ pela Fitch. A Bloomberg acrescenta que os operadores de mercados da emissão são o Barclays Bank, o BNP Paribas, o BofA Securities, o Deutsche Bank e o Millennium BCP.

Ontem, o banco confirmou, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que mandatou este sindicato bancário para organizar "um conjunto de reuniões com investidores qualificados" para decidir uma "emissão de de títulos representativos de fundos próprios adicionais de nível 1 (Additional Tier 1)", ou seja, obrigações que atuam como amortecedor caso os rácios de capital de uma instituição financeira caiam abaixo de um determinado nível, podendo ser convertidas ou liquidadas.

No arranque deste ano, a instituição financeira liderada por Miguel Maya decidiu optar pelo reembolso antecipado de 400 milhões de euros em dívida desta natureza que tinha emitida em 2019 e cujas condições previam já esta possibilidade. Ao longo dos primeiros cinco anos, a taxa de juro foi fixada em 9,25% ao ano.

(Notícia atualizada às 20:15)
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