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BCE faz disparar as compras de activos
A instituição monetária da Zona Euro não comprava tantos activos desde Março, mês em que teve de acelerar, uma vez que a forte injecção de liquidez começou apenas na segunda semana. Foram agora comprados 17.280 milhões de euros, numa tentativa de compensar a quebra registada em Agosto.
As compras de activos do Banco Central Europeu (BCE) dispararam na última semana. A instituição liderada por Mario Draghi (na foto) investiu um total de 17.280 milhões de euros em cinco dias, o valor mais elevado desde Março. Quase um terço a mais do registado em igual período anterior.
O BCE investiu 13.022 milhões de euros na semana terminada a 11 de Setembro, através do programa de compra de activos do sector público (PSPP). Os dados publicados esta segunda-feira, 14 de Setembro, revelam um forte aumento face aos 11.910 milhões registados no período anterior. Este é o valor mais elevado desde Maio, sendo que o programa teve início em Março.
Igualmente significativas foram as compras de "covered bonds", que passaram de 1.099 milhões para 3.892 milhões de euros. O montante mais elevado desde Janeiro, no programa que o BCE iniciou em Outubro passado. Já os instrumentos de dívida titularizados ascenderam a 366 milhões, menos que os 382 milhões da semana anterior.
Somando o investimento realizado através destes três programas de compras de activos, a instituição monetária da Zona Euro aplicou um total de 17.280 milhões de euros. Mais 29% que os 13.391 milhões registados na semana anterior. E este é o valor mais elevado desde Março, mês em que o BCE deu início o PSPP (no dia 9) e teve que acelerar as compras para atingir o objectivo de 60 mil milhões.
As compras do BCE já tinham acelerado na semana anterior, depois de Agosto ter ficado muito aquém do objectivo mensal. Nesse mês, a instituição monetária comprou apenas 51.632 milhões de euros em activos, falhando pela primeira a meta de 60 mil milhões. Agora, o banco central liderado por Mario Draghi estará a compensar o montante investido a menos no mês passado, de modo manter em curso a sua política monetária, que visa uma inflação perto, mas abaixo de 2%.