Notícia
Tensões no Médio Oriente pressionam Europa. Stoxx 600 tem pior dia em nove meses
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta terça-feira.
Tensões no Médio Oriente pressionam Europa. Stoxx 600 tem pior dia em nove meses
Os principais índices europeus registaram fortes perdas esta terça-feira, com a sessão a ser marcada por preocupações relativamente a um adensar de tensões no Médio Oriente. O gabinete de guerra israelita está hoje reunido pela terceira vez consecutiva, com os decisores a avaliarem uma resposta ao ataque do Irão na madrugada de domingo.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, caiu 1,58% para 497,92 pontos - a maior queda diária desde julho, com todos os setores no vermelho e quase todos a desvalorizarem mais de 1%. A registar as maiores quedas, acima de 2%, estiveram os setores da banca, o automóvel, o mineiro e os serviços financeiros.
Entre os principais movimentos de mercado, o UBS perdeu 2,74%, após a ministra suíça das Finanças, Karin Keller-Sutter, ter afirmado que o banco enfrenta um aumento dos requisitos de capital que poderá ir dos 15 mil milhões aos 25 mil milhões de dólares.
Em sentido contrário, a Ericsson valorizou 1,75%, depois de ter revelado resultados melhores do que o esperado no primeiro trimestre do ano. O grupo de telecomunicações sueco registou lucros operacionais, que excluem custos de reestruturação, de 4,3 mil milhões de coroas suecas (372 milhões de euros ao câmbio atual), um aumento face ao ano passado. Isto apesar de um declínio de 15% nas vendas.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX-30 cedeu 1,44%, o francês CAC-40 desvalorizou 1,4%, o italiano FTSEMIB recuou 1,65%, o britânico FTSE 100 perdeu 1,82% e o espanhol IBEX 35 caiu 1,5%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 1,06%.
Juros agravam-se na Zona Euro antes de dados da inflação
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta terça-feira, o que significa uma menor procura dos investidores por obrigações, isto no dia em que Christine Lagarde confirmou que, caso a inflação na região continue a caminhar para os 2%, o Banco Central Europeu estará pronto para cortar as taxas de juro em junho.
A presidente do banco central não exclui, no entanto, a hipótese de algum cenário de "choque" afetar o "timing" do primeiro corte, como o escalar do conflito entre Israel e o Irão. Esta quarta-feira serão divulgados os dados finais da inflação relativos a março na Zona Euro, que darão mais pistas sobre a política monetária a seguir.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, subiram 5,2 pontos base para 3,162%, os da dívida espanhola pularam 5,4 pontos para 3,326% e a rendibilidade da dívida italiana aumentou 6,5 pontos para 3,936%.
A "yield" das bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, escalou 4,7 pontos base para 2,484%, enquanto os juros da dívida francesa agravaram 5,3 pontos para 3,005%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica subiu 5,8 pontos base para os 4,297%.
Petróleo segue em alta com incerteza sobre retaliação de Israel contra Irão
Os preços do petróleo continuam a valorizar, após altas patentes do exército de Israel terem prometido uma resposta ao ataque perpetrado pelo Irão, que consistiu no disparo de mais de 300 mísseis e drones contra território israelita. Uma retaliação por parte de Israel tem sido desaconselhada pelos seus principais aliados, como os EUA e a União Europeia, bem como por vários países árabes, mas o mercado continua à procura de pistas sobre como o país vai reagir.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 0,28% para 85,65 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, avança 0,12% para 90,21 dólares por barril.
O Médio Oriente produz cerca de um terço de todo o petróleo comercializado a nível mundial e um conflito ativo entre Israel e Irão pode levar a uma escalada dos preços do crude. "Se Israel optar por não retaliar, o mais provável que aconteça é que a situação acalme. Por outro lado, uma segunda reação por parte do Irão também pode acontecer, o que pode lançar uma espiral de escalada", afirmam Thu Lan Nguyen e Carsten Fritsch, analistas da Commerzbank, numa nota citada pela Bloomberg.
No entanto, o conflito do Médio Oriente não é o único fator a ter em causa na escalada de preços. Para além da decisão da OPEP+ de diminuir a oferta da matéria-prima, uma refinaria sul-coreana vai reduzir a sua atividade durante este mês, devido à recente escalada nos preços do petróleo.
Euro valoriza após revisão em alta do crescimento económico para a Zona Euro do FMI
O euro está a valorizar face às principais divisas rivais, num dia em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou as perspetivas económicas europeias em alta.
O euro ganha, desta forma, face à moeda norte-americana 0,17% para 1,0643 dólares. Já em relação à moeda britânica sobe 0,08% para 0,8544 libras e contra a divisa nipónica aumenta 0,39% para 164,4915 ienes.
A influenciar os ganhos pode ter estado a atualização das perspetivas económicas mundiais por parte do FMI. A instituição reviu o Produto Interno Bruto (PIB) dos países da moeda única em alta de 0,4% para 0,8% em 2024, devido a "um consumo das famílias mais forte, diminuição dos efeitos do choque nos preços da energia e o crescimento do rendimento real com o recuo da inflação".
Ouro derrapa enquanto mercado aguarda resposta de Israel
Os preços do ouro estão a ceder, agora mais pressionados pela hipótese de um menor número de cortes nas taxas de juro pela Reserva Federal (Fed) dos EUA ao longo do ano, fator que ofuscou a procura do metal amarelo como ativo-refúgio devido ao conflito no Médio Oriente.
O ouro cai 0,53% para os 2.370,66 dólares por onça.
Há cada vez menos expectativas de que a Fed venha a realizar três cortes nas taxas diretoras, como inicialmente os "traders" previam, sobretudo depois de novos dados revelarem que as vendas de março no retalho dos EUA foram mais robustas do que o esperado.
Apesar destes fatores, o ouro tem brilhado nas últimas semanas, alimentado em grande parte pelas compras dos bancos centrais e pelo seu papel de "porto seguro" face a climas de conflito.
O ataque do Irão a Israel durante fim de semana alavancou o ouro em 1,7% só na última sessão. Agora, os militares israelitas dizem não ter outra opção se não retaliar, mesmo com o ocidente a apelar à cautela. Caso este cenário aconteça, os investidores esperam que o metal precioso avance novamente.
Até que haja alguma decisão, os investidores vão estar atentos ao discurso do presidente da Fed desta terça-feira, assim como aos dados atualizados de pedidos de subsídio de desemprego do outro lado do Atlântico, divulgados esta quinta-feira, que deverão dar mais pistas à Fed sobre que decisão tomar em junho.
Wall Street sem tendência definida entre tensões no Médio Oriente e época de resultados
Os principais índices norte-americanos abriram mistos esta terça-feira, com os investidores a avaliarem os resultados acima do esperado de algumas empresas e os riscos de um adensar de tensões no Médio Oriente.
O gabinete de guerra israelita estará hoje reunido pela terceira vez consecutiva, com os decisores a avaliarem uma resposta ao ataque do Irão na madrugada de domingo.
O S&P 500, referência para a região, cede 0,19% para 5.051,95 pontos, o industrial Dow Jones soma 0,34% para 37.865,12 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,35% para 15.829,84 pontos.
O setor das seguradoras de saúde é um dos que regista os maiores ganhos depois de bons resultados da gigante UnitedHealth que soma 6,33%.
Por sua vez, o Morgan Stanley pula 2,24%, depois de ter lucrado 3,41 mil milhões de dólares no primeiro trimestre, uma subida anual de 14%. As receitas cresceram 4% para 15,14 mil milhões.
Ainda no setor da banca o Bank of America cai 2,94%. O BofA viu os lucros caírem 18% em termos homólogos para 6,67 mil milhões de dólares e as receitas reduziram-se 1,6% para 25,89 mil milhões. No entanto, a margem financeira subiu mais do que o previsto.
Já o BNY Mellon cede 0,22%, mesmo depois de ter superado as expectativas dos analistas em termos resultados dos primeiros três meses do ano.
Pela negativa a Johnson & Johnson perde 2,32%, depois de os resultados da farmacêutica ter ficado aquém das expectativas dos analistas, com as vendas do fármaco para a psoríase a ficarem abaixo do esperado.
A centrar atenções está terça-feira estará ainda um discurso do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, com os investidores à procura de pistas sobre quando o banco central poderá começar a descer juros.
Taxas Euribor sobem a três, a seis e a 12 meses
As taxas Euribor subiram esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira, depois de o Banco Central Europeu ter mantido na quinta-feira os juros pela quinta vez consecutiva no nível mais alto desde 2001.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou para 3,904%, permanece acima da taxa a seis meses (3,842%) e da taxa a 12 meses (3,702%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, subiu hoje para 3,842%, mais 0,022 pontos do que na segunda-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também avançou hoje, para 3,702%, mais 0,009 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu, ao ser fixada em 3,904%, mais 0,016 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Na reunião de política monetária de 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 6 de junho em Frankfurt.
A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Riscos geopolíticos e economia chinesa levam Europa a quedas de mais de 1%
As preocupações com uma possível escalada de tensão no Médio Oriente dominaram o arranque das bolsas europeias e atiraram as ações para perdas.
O Stoxx 600, referência para a região, desliza 1,39% para 498,9 pontos, com os 20 setores que compõem o índice a perderem. Os dos recursos mineiras e o dos serviços financeiros lideram as quedas, com uma descida de 2,47% e 2,26%, respetivamente.
Entre as principais movimentações, o UBS cede 3,73% para 25,27 francos suíços após o ministro das finanças na Suíça, Karin Keller-Sutter, ter dito que o banco enfrenta um aumento nos requisitos de capital que poderá ir dos 15 mil milhões aos 25 mil milhões de dólares.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 desvaloriza 1,46%, o francês CAC-40 cai 1,26%, o espanhol Ibex 35 recua 1,43%, o italiano FTSE Mib perde 1,68%, o britânico FTSE MIB cede 1,41% e o AEX, em Amesterdão, desce 1,17%.
O sentimento dos investidores em torno das ações foi beliscado por novos desenvolvimentos no Médio Oriente, com Israel a prometer retaliação ao ataque perpetrado pelo Irão durante o fim de semana.
Além disso, novos dados económicos na China também penalizaram o apetite pelo risco. Apesar de a segunda maior economia ter registado um crescimento acima do esperado no primeiro trimestre (5,3%), as vendas a retalho e a produção industrial ficou abaixo do estimado, sinalizando a existência de desafios na recuperação pós-covid.
Juros agravam-se na Zona Euro. Só Alemanha vê alívio
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se esta terça-feira, o que sinaliza uma menor procura dos investidores por obrigações.
O agravamento das "yields" observa-se num dia em que uma possível escalada de tensão no Médio Oriente está a centrar as atenções e um dia antes da divulgação dos dados finais da inflação de março na Zona Euro.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos aumenta 0,9 pontos base para 3,119% e a da dívida italiana agrava-se 1 ponto para 3,881%.
Já a rendibilidade da dívida soberana espanhola sobe 0,5 pontos base para 3,278% e a da dívida francesa cresce 0,2 pontos para 2,955%. Só a "yield" da dívida alemã a dez anos, referência apra a região, foge à tendência, com um alívio de 0,2 pontos base para 2,345%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das Gilts britânicas sobem 1,1 pontos base para 4,25%, no dia em que os investidores aguardam pelas declarações de Andrew Bailey, governador do Banco de Inglaterra.
Euro perde face ao dólar
O euro está a desvalorizar face à divisa norte-americana, que ganhou força após a divulgação de novos dados económicos.
A moeda da Zona Euro cede 0,09% para 1,0614 dólares.
A divisa norte-americana ganha ainda 0,07% perante o iene, 0,04% face ao franco suíço e 0,06% frente à libra.
A subida da nota verde está a ser alimentada por um crescimento das vendas a retalho acima do esperado em março. O indicador norte-americano subiu 0,7%, mostrando que o consumo na maior economia mundial continua robusto. E isto está a alimentar a perspetiva de um adiamento do corte dos juros por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Os mercados veem agora uma hipótese de 58% de uma descida dos juros em julho, valor que compara com 65% na passada sexta-feira. Já para junho, a probabilidade atribuída é de 23%.
Além dos dados económicos, a nota verde está também a beneficiar do conflito no Médio Oriente, uma vez que é também um ativo-refúgio.
Ouro perde com dólar mais forte
Os preços do ouro estão a descer, com o apetite pela matéria-prima a ser penalizado por um dólar mais forte. Isto porque, sendo cotado na nota verde, o ouro torna-se menos atrativo para quem negoceia com outras moedas quando o dólar valoriza.
O metal precioso cede 0,5% para 2.371,5 dólares por onça.
Apesar da desvalorização registada a esta hora, o ouro mantém-perto dos máximos históricos alcançados na semana passada. A subida do metal amarelo tem sido sustentada pelo conflito no Médio Oriente, que subiu de tom durante o fim de semana, após o ataque do Irão a Israel.
O desempenho do metal amarelo desde o início deste ano levou uma série de bancos de investimento a rever em alta as perspetivas para a matéria-prima. Foi o caso do Citigroup, que prevê agora que o ouro atinja os 3 mil dólares por onça ao longo dos próximos seis a 18 meses.
Também o Goldman Sachs e o UBS antecipam agora um melhor desempenho, apontando para que o metal precioso negoceie nos 2.700 dólares por onça e nos 2.500 no final do ano.
Além das tensões geopolíticas, as perspetivas são também justificadas por um alívio da política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana este ano.
Petróleo valoriza com promessa de retaliação de Israel
Os preços do petróleo estão a subir, beneficiados pela promessa de retaliação de Israel ao ataque do Irão.
Os receios de uma resposta por parte de Telavive acentuaram-se ao final do dia de ontem, após altos militares terem dito que haverá retaliação ao ataque levado a cabo durante o fim de semana, que consistiu no dísparo de mais de 300 mísseis e drones contra Israel. Isto apesar de a União Europeia e dos Estados Unidos terem apelado à contenção, de forma a evitar uma maior escalada das tensões na região do Médio Oriente, onde desde outubro Israel e o grupo Hamas voltaram a entrar em guerra.
Estas novas declarações de Israel estão a alimentar os preços do petróleo, com os receios de uma perturbação no abastecimento de crude a sustentarem a subida. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 0,33% para 85,69 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, soma 0,28% para 90,35 dólares por barril.
É precisamente do Médio Oriente que provém um terço do fornecimento de crude a nível mundial. Por isso, o foco dos investidores está agora na dimensão e no "timing" do próximo passo de Israel.
"A possibilidade de uma resposta direta de Israel significa que esta incerteza e tensão vai continuar durante mais algum tempo. Quanto mais escalada de tensões virmos, maior a probabilidade de vermos impacto no fornecimento de petróleo na região", afirmou Warren Patterson, responsável pela estratégia para as "commodities" na ING Groep, em declarações à Bloomberg.
Tensões no Médio Oriente e novos dados ditam arranque vermelho na Europa e perdas na Ásia
As bolsas europeias apontam para um início de negociação em terreno negativo, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a cederem 1,1%. A penalizar o sentimento estão as tensões no Médio Oriente, aliadas a sinais de que a economia na China está a perder fulgor.
Na Ásia, o cenário também foi de perdas. Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, cedeu 1,86% e o Shanghai Composite recuou 0,83%. Apesar de o produto interno bruto na China ter superado as estimativas ao crescer 5,3% no primeiro trimestre, os números das vendas a retalho e da produção industrial em março ficaram abaixo do previsto.
"Os dados na China aparentam ser fortes à cabeça, mas os detalhes são fracos. Isto indica que a economia precisa de mais apoio e que os mercados vão continuar a posicionar-se para um 'yuan' fraco", afirmou Charu Chanana, analista na Saxo Markets.
No Japão, o Nikkei recuou 1,94% e o Topix deslizou 2,04%. Na Coreia do Sul, o Kospi cedeu 2,15%.
As ações a nível mundial estão a ser penalizadas por receios de uma escalada de tensão no Médio Oriente, que se acentuaram novamente ao final do dia de ontem, após o chefe das forças armadas de Israel, Herzi Halevi, ter garantido que Telavive vai retaliar ao ataque levado a cabo este fim de semana pelo Irão. Isto apesar de as maiores economias, entre as quais os Estados Unidos, terem apelado à contenção, de modo a evitar um alastramento da guerra a outras zonas da região.
Além do cenário geopolítico, também novos dados nos Estados Unidos contribuíram para um maior pessimismo. As vendas a retalho em março naquela país superaram as estimativas, mostrando que o consumo continua robusto na maior economia mundial. E esta robustez, temem os investidores, poderá levar a Reserva Federal (Fed) norte-americana a manter os juros em níveis elevados durante mais tempo.