Notícia
Euro a caminho dos 1,20 dólares e ouro regressa aos 2.000 dólares em sessão negativa para as bolsas
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Europa cai aos pés das tensões comerciais entre EUA e China
As principais praças europeias terminaram a sessão de hoje em queda, com o novo agudizar de tensões entre os Estados Unidos e a China a fazer recuar os investidores dos ativos de maior risco, como é o caso do mercado de ações.
Sendo assim, o Stoxx 600 - índice que reúne as 600 maiores cotadas da região - perdeu 0,70% para os 366,67 pontos, num dia em que já chegou a ganhar cerca de 0,5%.
O setor do "Oil & Gas" perdeu 1,1%, antes da reunião de amanhã dos membros da OPEP+ (Organização de Países Exportadores de Petróleo e os aliados), de onde podem surgir novidades quanto ao ritmo atual da produção de petróleo. Entre as maiores quedas estão também os setore de imobiliário (1,3%) e da banca (-1%).
Todos os 19 setores do "velho continente" registaram quedas e apenas 138 cotadas do Stoxx 600 registaram ganhos, com 452 a recuarem. Entre os melhores desempenhos estiveram as francesas Persimmon (+8%) e Clariant (+4,8%). Na ponta oposta estiveram a Pandora (-1,5%) e a Loomis (-6%).
A pesar no sentimento está o agudizar da tensão comercial entre os Estados Unidos e a China, depois de o Departamento do Comércio norte-americano ter imposto novas restrições às importações de bens americanos por parte da tecnológica chinesa Huawei, agora impedida de adquirir os chips de que necessita para produzir os seus equipamentos.
Juros da dívida descem pela terceira sessão
Os obrigações soberanas da Zona Euro valorizaram pela terceira sessão, embora com variações ligeiras. A taxa dos títulos a 10 anos de Portugal recuaram 0,3 pontos base para 0,335%, em linha com as obrigações espanholas, que também negoceiam com uma taxa a 10 anos ligeiramente acima de 0,3%. Nas bunds o alívio foi mais intenso, com uma queda de 1 ponto base para -0,465%, pelo que o spread da dívida portuguesa alargou para 80 pontos base.
Ouro retoma patamar dos 2.000 dólares
O preço do ouro subia ligeiramente esta terça-feira, colocando o metal amarelo novamente acima da fasquia dos dois mil dólares por onça.
Os contratos a pronto (spot) em Londres avançavam 0,75%, para os 2.000,23 dólares.
O metal precioso já quase anulou a perda do passado dia 11, quando registou a maior queda diária em quase nove anos.
Petróleo cede à pressão do avanço da pandemia
Os preços do petróleo seguiam em queda hoje, pressionados pelos receios de que o ressurgimento de surtos da pandemia da covid-19 em vários países possa desacelerar a retoma económica e, consequentemente, a procura do "ouro negro".
No Nymex, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em setembro caía 0,75%, para os 42,57 dólares, aliviando dos máximos de cinco meses.
Já no mercado londrino, os contratos de outubro do Brent do Mar do Norte, que serve de referência para Portugal, recuava 0,20%, para cotar nos 45,28 dólares por barril.
Euro atinge máximo de 2018 a caminho dos 1,20 dólares
O euro está a ganhar terreno ao dólar pela sexta sessão consecutiva, tendo já atingido esta tarde um novo máximo desde maio de 2018. A moeda europeia está sobretudo a aproveitar a debilidade da divisa norte-americana, com o índice do dólar a descer pela quinta sessão seguida e a fixar um mínimo de mais de dois anos.
O euro avança 0,51% para 1,1921 dólares e alcançou uma valorização máxima de 0,81% para 1,966 dólares. Em 2020 a moeda europeia já valoriza mais de 6% face ao dólar, sendo que desde os mínimos de março a subida é superior a 10%.
A moeda norte-americana tem negociado em queda nas últimas sessões devido sobretudo aos dados económicos que apontam para uma recuperação lenta da economia e também ao impasse que persiste no congresso sobre uma nova ronda de estímulos à economia norte-americana.
Já o euro encetou uma trajetória de ganhos desde abril, com a tendência a ser reforçada no mês passado depois dos líderes europeus terem aprovado um fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros para apoiar a retoma da economia europeia. Além disso a moeda europeia tem beneficiado com os indicadores que apontam para uma recuperação económica mais célere na Zona Euro, bem como níveis de propagação mais baixos de covid-19 em relação aos Estados Unidos.
S&P500 já atingiu máximo histórico
O S&P 500 já atingiu o valor "intraday" mais elevado de sempre. Pouco depois da abertura da sessão em Wall Street o índice transaciona acima dos 3.393,52 pontos, superando assim o anterior recorde histórico fixado a 19 de fevereiro, antes de a pandemia se ter feito sentir nos mercados bolsistas em todo o mundo.
O índice composto pelas 500 maiores empresas norte-americanas acumula já uma valorização superior a 50% desde os mínimos do ano fixados em a 23 de março, apoiado sobretudo pelos ganhos das gigantes do setor tecnológico como a Apple, a Amazon, a Microsoft e a Alphabet, dona da Google.
Para além do S&P 500, o índice de referência em Wall Street, também o tecnológico Nasdaq Composite voltou a renovar máximos de sempre nos minutos iniciais desta sessão, negociando pela primeira vez acima dos 11.200 pontos.
Wall Street em alta à boleia de resultados empresariais
Os três maiores índices dos Estados Unidos abriram a sessão desta terça-feira em alta, à boleia dos bons resultados de várias empresas do setor das vendas a retalho, dando sinais de que a força do consumo no país está a recuperar.
Por esta altura, o Dow Jones ganha 0,10% para os 27.873,04 pontos e o S&P 500 avança 0,23% para os 3.389,29 pontos, aproximando-se de novos máximos históricos.
O tecnológico Nasdaq Composite segue a tendência dos congéneres e valoriza 0,42% para os 11.176,25 pontos.
As ações da Home Depot, rival da Lower e da Target, sobem mais de 1% depois de ter superado as expectativas no segundo trimestre deste ano em termos de vendas.
No mesmo setor, a gigante Walmart, mostrou uma melhoria das vendas online, mas as ações, que tinham tocado em máximos históricos na sessão anterior, caem 0,6%.
Embora Wall Street tenha virtualmente recuperado todas as perdas causadas pela pandemia, com o S&P 500 a pairar perto de máximos recordes, a economia dos EUA ainda não sentiu na pele essa recuperação.
Crude em queda com potencial quebra na procura
O preço do petróleo a cair nos mercados internacionais numa altura em que os investidores temem que o regresso da tensão EUA-China implique uma quebra nos níveis de procura global pela matéria-prima.
Assim, o Brent, negociado em Londres e usado como referência para as importações nacionais, cede 0,18% para 45,29 dólares por barril, enquanto em Nova Iorque o West Texas Intermediate (WTI) desliza 0,33% para 42,75 dólares.
Juros das dívidas recuam pelo terceiro dia
O custo associado às dívidas soberanas dos países da Zona Euro segue a aliviar pelo terceiro dia consecutivo.
A taxa de juro associada aos títulos soberanos portugueses com maturidade a 10 anos recua 0,5 pontos base para 0,333%.
O mesmo para as "yields" relativas às obrigações a 10 anos da Espanha e da Itália que caem respetivamente 1,4 e 0,8 pontos base para 0,306% e 0,919%.
Também a taxa de juro correspondente à dívida alemã a 10 anos alivia 1,5 pontos base para -0,470%.
Ouro ganha mais de 1% com tensão EUA-China
O metal precioso dourado está a apreciar 1,02% para2.005,47 dólares por onça na segunda sessão seguida a ganhar valor.
O ouro continua a ver reforçado o respetivo valor enquanto ativo de refúgio, desta feita em especial devido ao ressurgir de problemas nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Por outro lado, os investidores aguardam a decisão que será tomada pela Reserva Federal dos EUA na reunião que começa amanhã e que deverá dar pistas sobre o futuro da política monetária americana.
Euro sobe pelo sexto dia, dólar em mínimos de 27 meses
A moeda única europeia está a negociar nos mercados cambiais com um ganho de 0,18% para 1,1891 dólares, na sexta subida consecutiva contra o dólar que coloca a divisa comunitária em máximos de 6 de agosto relativamente à moeda norte-americana.
Por seu turno, o dólar está a perder terreno pelo quinto dia seguido face a um cabaz composto pelas principais divisas mundiais para transacionar em mínimos de maio de 2018.
O ressurgir de tensão na relação bilateral EUA-China está novamente a penalizar o sentimento dos investidores que teme repercussões negativas para o comércio global, ainda para mais no contexto de uma pandemia ainda por controlar.
Bolsas recuam com nova tensão Washington-Pequim
As principais bolas europeias negoceiam no vermelho e com perdas compreendidas entre 0,5% e 1% no início da sessão bolsista desta terça-feira.
O índice de referência europeu Stoxx600 cai 0,70% para 366,68 pontos penalizado pelo recuo de todos os setores que o integram, mas em especial com as quedas superiores a 1% dos setores das matérias-primas e dos media.
O lisboeta PSI-20 acompanha a tendência ainda que com perdas mais ligeiras, seguindo nesta altura a resvalar 0,16% para 4.428,06 pontos, sobretudo pressionado pelo BCP.
O ressurgimento da tensão comercial entre os Estados Unidos e a China está a condicionar o sentimento dos investidores, que temem nova escalada protecionista.
Esta segunda-feira, o Departamento do Comércio norte-americano impôs novas restrições às importações de bens americanos por parte da tecnológica chinesa Huawei, agora impedida de adquirir os chips de que necessita para produzir os seus equipamentos.
Esta tensão levou ao cancelamento da reunião entre os dois países que estava prevista para o passado fim de semana a propósito da passagem de seis meses desde a chegada a acordo sobre a primeira fase do compromisso comercial bilateral alcançado.
Futuros descem na Europa
Os futuros das ações europeias estão em queda esta terça-feira, apontando para um arranque de sessão negativo no velho continente, numa altura em que se agudizam as tensões entre os Estados Unidos e a China.
Ontem, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou novas restrições sobre a Huawei, com o objetivo de cortar o acesso da empresa a chips de que se necessita para os seus produtos.
Além disso, ainda não há nova data marcada para a reunião entre negociadores dos dois países, que se devia ter realizado no fim de semana, para avaliar os progressos alcançados no acordo comercial de fase um.
A penalizar o sentimento dos investidores está ainda o impasse no Congresso dos Estados Unidos em torno do novo pacote de estímulos, visto como essencial para relançar a economia norte-americana.
Na Ásia, as ações registaram variações ligeiras no Japão, China e Hong Kong e desceram mais de 2% na Coreia do Sul, numa altura em que estão a aumentar os novos casos de covid-19.