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Europa perde com investidores à espera de dados económicos
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Europa perde com investidores à espera de dados económicos
As bolsas europeias encerraram maioritariamente no vermelho, num dia em que os investidores mostraram menor apetite pelo risco.
O Stoxx 600, referência para a região, deslizou 0,37% para 495,43 pontos, afastando-se dos máximos históricos alcançados na semana passada. Dos 20 setores que compõem o índice, o dos recursos minerais e das "utilities" (água, luz e gás) foram os que mais desvalorizaram, com quedas de 2,02% e 1,29%, respetivamente.
Entre as principais movimentações, a HelloFresh tombou 11,82% para 11,12 euros, depois de o UBS ter descido o preço-alvo das ações ao longo dos próximos 12 meses.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 subiu 0,02%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,46%, o italiano FTSE Mib caiu 0,44%, o espanhol Ibex 35 ganhou 0,08%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,29% e o AEX, em Amesterdão, deslizou 0,25%.
O mercado mostra maior cautela numa altura em que aguardam por novos dados económicos, que permitam tirar conclusões sobre o curso da política monetária. Esta segunda-feira, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, voltou a reforçar a necessidade de uma maior confiança na trajetória de descida da inflação e destacou que os salários serão "um importante motor".
Entre os indicadores que serão divulgados esta semana, o índice de despesas de consumo (PCE), nos Estados Unidos - que é visto como o indicador favorito do banco central norte-americano para medir a evolução dos preços - e a inflação de fevereiro na Zona Euro serão os que mais atenção vão merecer.
Menor aposta em obrigações dita agravamento dos juros na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas agravaram-se esta segunda-feira, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores em obrigações. A menor procura por dívida dos países observa-se num dia em que aguardam a divulgação de dados económicos, que permitam obter pistas sobre a evolução da política monetária na região.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos subiu 7,5 pontos base para 3,15% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agravou-se 7,7 pontos para 2,437%.
A rendibilidade da dívida italiana aumentou 9,1 pontos base para 3,886%, a da dívida francesa subiu 8,3 pontos para 2,907% e a da dívida espanhola agravou-se 8,1 pontos para 3,327%.
Fora da Zona Euro, a "yield" das Gilts britânicas, também a dez anos, avançou 5,4 pontos para 4,157%.
Yannis Stournaras, membro do Banco Central Europeu (BCE), disse hoje que o "timing" ideal para o primeiro corte dos juros deverá ser no final do primeiro semestre, ou seja, junho. Isto se a inflação continuar a abrandar e se os dados relativos aos salários continuaram a mostrar-se positivos.
Petróleo ganha com expectativas de oferta condicionada
O petróleo valoriza, com o mercado à espera de novas pistas sobre o futuro do equilíbrio entre a procura e a oferta.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, ganha 0,54% para 76,90 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,33% para 81,89 dólares por barril.
Amanhã arranca a Semana Internacional da Energia, em Londres, onde deverão ser traçadas as perspetivas globais para o petróleo. Esta semana esperam-se ainda os dados da inflação nos Estados Unidos, que ajudam a clarificar o rumo a seguir pela Reserva Federal norte-americana (Fed) em termos de política monetária.
O petróleo tem oscilado pouco nas duas últimas semanas, com os conflitos no Médio Oriente e os cortes de oferta da OPEP a contrabalançarem o impacto do aumento da produção fora do grupo.
"Os preços do petróleo devem manter-se estáveis a curto prazo", num contexto de "crescimento substancial da oferta não OPEP+ nos próximos anos", diz Francisco Blanch, analista do Bank of America, citado pela Bloomberg.
A OPEP e aliados, incluindo a Rússia, devem manter os cortes de produção no próximo trimestre.
"Esperamos que a OPEP+ prolongue os cortes no segundo trimestre de 2024, e só os comece a diminuir gradualmente e parcialmente no terceiro trimestre", defende o analista do Goldman Sachs Daan Struyven.
Euro valoriza face ao dólar
O euro está a subir face ao dólar, num dia em que o foco dos investidores volta a recair sobre a robustez da economia, tanto na região como nos Estados Unidos. Depois de uma "earnings season" agitada, o mercado procura dados que ajudem a definir perspetivas para o curso da política monetária.
A moeda única valoriza 0,26% para 1,0849 dólares.
Yannis Stournaras, membro do Banco Central Europeu (BCE), disse hoje que o "timing" ideal para o primeiro corte dos juros deverá ser no final do primeiro semestre, ou seja, junho. Isto se a inflação continuar a abrandar e se os dados relativos aos salários continuaram a mostrar-se positivos.
O dólar perde também 0,09% face à libra e 0,05% perante o franco suíço. Já face ao iene japonês sobe 0,15%.
Ouro acumula perdas com dólar mais forte
O ouro inicia mais uma semana a acumular perdas, pressionado por um dólar mais forte, depois de, na sexta-feira, registar o maior ganho semanal (1,1%) em dois meses.
O metal amarelo cai 0,29% para 2.029,42 dólares por onça.
As expectativas de flexibilização das taxas de juro foram adiadas pela Reserva Federal (Fed) norte-americana depois da ata da última reunião de política monetária, que consolidou as apostas contra cortes nas taxas antes de junho.
Esta semana os investidores vão estar atentos a novos dados sobre a inflação nos EUA, com novas informações sobre o chamado PCE - a inflação na ótica da despesa do consumidor - a serem divulgadas na quinta-feira.
Segundo os especialistas, este é o indicador mais importante para o banco central para definir o trajeto da política monetária. A solidificação destes valores pode ser uma ameaça para o ouro, com o prolongamento de taxas de juro elevadas.
Além do ouro, também a prata, a platina e o paládio registam quedas.
Wall Street abre sem tendência definida. Atenções viram-se para a inflação e taxas de juro
Os principais índices em Wall Street abriram a negociar em terreno positivo, depois de um final de semana em que o "rally" impulsionado pelo entusiasmo em torno da inteligência artificial levou tanto o S&P 500 como o Dow Jones para máximos históricos de fecho e, no caso do "benchmark" mundial, intradiários, acima dos 5.100 pontos.
Os investidores viram agora atenções para os potenciais cortes de juros pela Reserva Federal, numa semana em que são divulgados dados económicos que permitirão melhor compreender o "timing" dessa decisão.
O S&P 500, referência para a região, avança 0,01% para 5.089,32 pontos. Já o industrial Dow Jones - que integra a partir de hoje a Amazon - soma 0,22% para 39.218,51 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite desliza 0,04% para 15.989,83 pontos.
A Nvidia, à boleia de resultados melhores do que o esperado, viu a sua capitalização bolsista engordar 276,6 mil milhões de dólares e atingiu durante a sessão de sexta-feira o patamar de "two trillion dollar baby" - ou seja, a valer dois biliões em bolsa. A fabricante de semicondutores soma 0,45% para 791,73 dólares.
Entre os restantes movimentos de mercado, a Micron Technology ganha 4,58%, depois de ter anunciado que iniciou a produção de semicondutores que vão ser usados no "chip" de inteligência artificial da Nvidia.
Por sua vez, a Dominos Pizza soma 8,12%, depois de a empresa ter superado as estimativas de Wall Street para os resultados trimestrais, à boleia do seu programa de fidelização e parceria com a Uber Eats.
"A Nvidia tem sido um presente que continua a dar alegrias, com os seus resultados positivos a impulsionarem todo o mercado, particularmente na semana passada. Mas com uma valorização de 20% desde o valor mais baixo em outubro de 2023, era expectável que o mercado parasse para respirar", afirmou à CNBC Stephanie Lang, diretora de investimentos da Homrich Berg.
"Uma leitura do índice PCE [números da inflação, na ótica da despesa dos consumidores, através do índice de preços com gastos no consumo pessoal] nos EUA mais forte do que o esperado pode diminuir o entusiasmo do mercado", acrescentou
Taxa Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses
A Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses face a sexta-feira, mantendo-se abaixo de 4% nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou para 3,952%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,901%) e da taxa a 12 meses (3,732%).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, recuou hoje para 3,732%, menos 0,006 pontos que na sexta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, também baixou hoje, para 3,901%, menos 0,013 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,952%, mais 0,019 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Na mais recente reunião de política monetária, em 25 de janeiro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela terceira reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 7 de março.
Lusa
Europa recua de máximos históricos e aguarda dados
Os principais índices europeus abriram em baixa, depois de na sexta-feira passada o índice de referência europeu, Stoxx 600, ter encerrado nos 497,25 pontos - o valor de fecho mais elevado de sempre.
Esta segunda-feira o "benchmark" recua 0,17% para 496,42 pontos, com a maioria dos setores no vermelho. A registar as maiores perdas está o setor mineiro que perde mais de 1% - pressionado pelos preços do minério de ferro que desceram o valor mais baixo desde outubro, acompanhado pelo setor de petróleo e gás que desvaloriza mais de 0,6%.
As construtoras imobiliárias estão entre as maiores perdas, depois de terem sido divulgadas notícias que dão conta que o regulador dos mercados e da concorrência do Reino Unido está a investigar estas empresas devido à partilha de informação comercial sensível.
Entre os principais movimentos de mercado está a operadora de telecomunicações sueca Tele2 que pula 8,58%, depois de o investidor francês e a sua companhia Iliad terem acordado a compra de uma participação de 19,8% por 13 mil milhões de coroas suecas, o equivalente a 1,16 mil milhões de euros ao câmbio atual.
"De momento não há nenhum sinal de preocupação", lançou à Reuters o analista Andrea Tueni do Saxo Bank, argumentando que não há razões para um recuo dos investidores, que têm sustentado o pulo do Stoxx 600 para máximos históricos.
"Temos de esperar pelos próximos dados, se houver uma explosão da inflação ou dados macroeconómicos fracos isso pode ter um impacto no mercado, mas de momento isso não está a acontecer", acrescentou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax desliza 0,04%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,3%, o italiano FTSEMIB cede 0,06% e o britânico FTSE 100 recua 0,11%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,14%.
O espanhol IBEX 35 avança 0,04% e o português PSI perde 0,49%.
Juros aliviam ligeiramente na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão ligeiramente a aliviar esta segunda-feira, o que sinaliza uma maior aposta dos investidores nas obrigações, numa altura em que as bolsas se pintam de vermelho.
Os investidores deverão estar atentos à presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que apresenta no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, o relatório anual de 2023 da instituição.
Os juros da dívida portuguesa e espanhola a dez anos recuam 0,6 pontos base para 3,069% e 3,240%.
Já a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, alivia também 0,6 pontos base para 2,354%.
Os juros da dívida italiana recuam 0,5 pontos base para 3,790% e os da dívida francesa registam uma descida de 0,6 pontos para 2,819%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica alivia em 2,8 pontos base para 4,075%.
Ouro reduz perdas com queda do dólar
O ouro está praticamente inalterado - após ter registado o maior ganho semanal em dois meses - com o mercado à procura de maior clareza relativamente a quando os bancos centrais, nomeadamente a Reserva Federal, poderão começar a cortar as taxas de juro de referência.
O ouro desliza 0,02% para 2.035,05 dólares por onça.
O metal amarelo foi, na madrugada desta segunda-feira, pressionado por um subida do dólar, mas com a inversão da negociação da moeda norte-americana, o ouro está a recuperar.
O dólar recua 0,09% para 0,9233 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da "nota verde" contra 10 divisas rivais - cede 0,03% para 103,901 pontos.
Os investidores viram agora atenções para a divulgação do índice de preços de despesas destinadas ao consumo pessoal (PCE) nos EUA, apontado pelos especialistas como o indicador preferido da Fed para a definição da sua política monetária, que será conhecido na quinta-feira.
Leituras da inflação na Zona Euro, no Japão e Austrália, bem como números da produção industrial na China, deverão também centrar atenções.
Dólar mais forte na sessão asiática penaliza petróleo
Os preços do petróleo estão a recuar ligeiramente nos mercados internacionais, dando continuidade às perdas da semana passada. Os investidores aguardam novos dados sobre a procura global desta matéria-prima, com a conferência International Energy Week em Londres a centrar atenções.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,26% para 76,29 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cede 0,18% para 81,47 dólares.
Os investidores deverão ainda centrar atenções nos números da inflação nos Estados Unidos que deverão ajudar a desenhar expectativas de quando a Reserva Federal poderá proceder a cortes das taxas de juro, o que influencia a procura energética e o dólar, cuja valorização penaliza os investidores em moeda estrangeira.
"O sentimento de 'risk-on' parece estar em retirada depois de um 'rally' na semana passada impulsionado pela Nvidia, numa altura em que as expectativas de taxas de juro elevadas durante mais tempo sustentaram os ganhos do dólar, o que colocou nos preços das matérias-primas", analisou à Reuters a analista independente Tina Teng.
Praças europeias devem abrir em baixa. Japonês Nikkei em máximos históricos
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão ligeiramente em baixa, depois de na sexta-feira o índice de referência europeu, Stoxx 600, ter encerrado nos 497,25 pontos - o valor de fecho mais alto de sempre. Durante a sessão, o "benchmark" estabeleceu mesmo um novo recorde, pela segunda sessão consecutiva, ao atingir os 497,74 pontos.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 recuam 0,2%.
Na Ásia, a sessão foi mista, num dia em que o "rally" das praças japonesas contrabalançou as quedas na Coreia do Sul e na China.
A Toyota esteve entre as maiores subidas, ao passo que a Tencent foi uma das que mais pesou. O Nikkei continuou a sua valorização, depois de ter atingido máximos históricos na semana passada, ao ganhar balanço dos elogios de Warren Buffet às políticas positivas para os acionistas das cotadas japonesas.
As atenções dos investidores voltam a virar-se para a China após, na sexta-feira, a Moody's ter colocado o "rating" 11 empresas do país no "lixo". O mercado etsá agora atento à possibilidade de novos estímulos à economia, depois de o presidente Xi Jinping ter incentivado as agências governamentais a agirem para reforçar a recuperação económica chinesa.
Na península da Coreia, a falta de detalhes de um novo plano do regulador dos mercados para gerar melhorias na gestão e governação corporativa das cotadas, penalizou os principais índices.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, desceu 0,7% e o Shanghai Composite perdeu 0,93%. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,8% e no Japão, o Topix subiu 0,7%, ao passo que o Nikkei somou 0,5%, atingindo novos máximos de fecho nos 39.233,71 pontos.