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Stoxx 600 apaga ganhos da semana. Luxo centra atenções pela negativa
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Stoxx 600 apaga ganhos da semana. Luxo centra atenções pela negativa
A Europa terminou o dia no vermelho, atenta aos (maus) sinais vindos da época de resultados, em especial face aos alertas espelhados nas contas da Diageo e da Richemont.
O Stoxx 600 – referência para o bloco – desvalorizou 1% para 443,31 pontos, apagando todos os ganhos da semana. Entre os 20 setores que compõem o índice, as empresas alimentares e as ações do segmento de luxo comandaram as perdas, pressionados pelas contas da Diageo e da Richemont.
Os títulos da Diageo afundaram 12,17%, a maior queda de sempre, depois de o "outlook" para este ano não ter agradado os investidores.
Já a Richemont desvalorizou 5,21%, depois de reportar uma queda inesperada nos lucros, à boleia da quebra das vendas de relógios de luxo.
O chamado "jogo de simpatia" levou a congénere LVMH, dona da Louis Vuitton, a derrapar 3,82%.
"Vimos os segmentos de luxo e ‘premium’ a crescer, enquanto o segmento intermédio estava a ser pressionado, agora também vemos o luxo a ser pressionado", alerta Till Dudler, gestor na Accenture, citado pela Bloomberg.
Entre as principais praças europeias, Madrid recuou 0,36%, Paris perdeu 0,99% e Frankfurt desvalorizou 0,77%.
Londres caiu 1,28%, Amesterdão recuou 0,38% e Milão deslizou 0,49%, enquanto Lisboa desvalorizou 0,27%.
Juros agravam-se na Zona Euro após palavras de Lagarde e Powell
Os juros agravaram-se na Zona Euro de forma expressiva, num dia marcado pela continuação da época de resultados e em que os investidores estiveram a digerir as declarações da presidente do BCE, Chrisitine Lagarde, e do seu homólogo norte-americano, Jerome Powell.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – agravou-se 7 pontos base para 2,713%.
Já os juros da dívida portuguesa que vence em 2033 somaram 2,8 pontos base para 3,399%.
A rendibilidade das obrigações espanholas com a mesma maturidade cresceu 7,1 pontos base para 3,761%.
Por seu lado, a "yield" da dívida italiana a 10 anos subiu 6,1 pontos base para 4,566%.
"O nível em que estamos neste momento, se o conseguirmos manter durante tempo suficiente – e podemos debater isso, claro –, conseguiremos contribuir de forma significativa para reduzir a inflação para a meta dos 2%", frisou Lagarde, tendo ainda fechado a porta a cortes de juros, pelo menos para já.
O mercado de dívida na Zona Euro teve ainda oportunidade de reagir às declarações de Powell proferidas esta quinta-feira (à noite em Lisboa). O líder da Fed deixou claro que o banco central não vai hesitar em endurecer ainda mais o ciclo de aperto monetário, se tal for necessário.
Petróleo sobe 1%, mas ainda não evita terceira queda semanal
O petróleo caminha para uma terceira semana de perdas, numa altura em que o temor em torno da procura está a pesar mais no sentimento de mercado do que o risco de conflito alargado no Médio Oriente (para a oferta de crude).
Já durante esta sexta-feira, a tendência contrasta com o acumulado da semana, estando o West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – a subir 1,33% para 76,75 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 1,29% para 81,04 dólares por barril.
O crude acompanha a recuperação do mercado de risco, que foi pressionado pelas declarações "hawkish" do presidente da Fed, Jerome Powell.
Euro na linha de água face ao dólar. Investidores digerem declarações de Lagarde
O euro negoceia na linha de água face ao dólar, após a declarações da presidente do BCE, Christine Lagarde, sobre o futuro da política monetária levada a cabo pelo banco central.
A moeda única está praticamente inalterado (0,04%) em 1,0672 dólares.
"O nível em que estamos neste momento, se o conseguirmos manter durante tempo suficiente – e podemos debater isso, claro – conseguiremos contribuir de forma significativa para reduzir a inflação para a meta dos 2%", defendeu Lagarde, durante um evento organizado pelo Financial Times, fechando a porta a cortes de juros, pelo menos para já.
No que diz respeito ao "quantitative tightening", Lagarde explicou que para já não está em cima da mesa a venda da dívida, mas que a discussão sobre os reinvestimentos dos títulos que acabam por vencer acabará por ser "tida em conta" pelo BCE.
Ouro prestes a fechar segunda semana de perdas
O ouro caminha para uma segunda queda semanal. A procura pelo ativo-refúgio reduziu-se, numa altura em que o mercado acredita que o conflito entre o Hamas e Israel está circunscrito à região.
Durante esta sexta-feira, o metal amarelo desvaloriza 0,66% para 1.945,56 dólares por onça.
No acumulado da semana, o ouro já perde mais de 2%. Depois do ataque-surpresa do Hamas a Israel, o ouro ultrapassou a fasquia dos dois mil dólares por onça, como não era visto desde maio. No entanto, acabou por descer desse patamar.
A pressionar o sentimento está ainda o olhar atento dos investidores para a política monetária. Esta quinta-feira, o presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, garantiu que o banco central não vai hesitar em apertar mais se necessário.
Wall Street recupera após comentários da Fed
As bolsas norte-americanas abriram a valorizar, com os investidores a ignorarem os esforços da Reserva Federal (Fed) para minimizar a aposta "dovish" do mercado, antes da divulgação de dados sobre a confiança dos consumidores.
O S&P 500, referência para a região, avançou 0,48% para 4.367,98 pontos, o industrial Dow Jones valoriza 0,30% para 33.992,68 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite sobe 0,75% para 13.624,10 pontos.
O S&P 500 recuperou, após um deslize desencadeado pelos comentários de Jerome Powell de que a política monetária pode voltar a apertar, caso seja necessário. Ainda que esta seja a mensagem que vários membros da Fed têm deixado nos últimos dias, acabou por motivar um recuo nos mercados.
"Para que o mercado valorize de forma sustentada a partir daqui ainda precisa daquilo que não recebeu: calma no mercado do Tesouro. Quedas curtas e acentuadas não são mais benéficas que subidas curtas e acentuadas", disse Tom Essaye, autor da newsletter The Sevens Report.
A Fed está a tentar determinar se deve continuar a subir as taxas de juro depois de ter decidido mantê-las inalteradas nas suas duas últimas reuniões.
Taxas Euribor sobem em todos os prazos
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa Euribor a 12 meses ficou, pela décima sessão consecutiva, com um valor inferior ao da taxa a seis meses.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,040%, mais 0,012 pontos do que na quinta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também subiu hoje, para 4,074%, mais 0,019 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,992%, mais 0,005 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
"Earnings" abaixo do esperado e palavras de Powell atiram Europa para o vermelho
As bolsas europeias abriram em terreno negativo, com resultados corporativos mais fracos e os comentários do presidente da Fed, Jerome Powell, a reduzirem o apetite pelo risco.
O Stoxx 600, referência para a região, cai 0,69% para 444,73 pontos, com praticamente todos os setores a registarem perdas. O setor de bens alimentares é o que mais desvaloriza, com uma queda de 2,28%, seguido pelo setor dos bens para uso domiciliário (-1,84%).
Já o setor do petróleo & gás é o que mais sobe, com ganhos de 0,37%.
Entre as principais movimentações, a Diageo Plc cai 13,34%, depois de ter alertado para uma perda dos lucros devido a um menor crescimento nas divisões na América Latina.
O grupo de bens de luxo Richemont também está a desvalorizar (-5,86%), após ter reportado uma queda inesperada nas receitas.
Nas principais movimentações, o alemão Dax 30 perde 0,55%, o espanhol Ibex 35 cai 0,18%, o italiano FTSE Mib cede 0,75%, o britânico FTSE Mib recua 0,79%, o francês CAC-40 desliza 0,9% e o AEX, em Amesterdão, perde 0,52%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas estão a agravar-se na Zona Euro, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores nas obrigações.
A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos sobe 5,7 pontos base para 3,427% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agrava-se 6,5 pontos base para 2,709%.
A rendibilidade da dívida pública italiana é a que mais aumenta, com um agravamento de 7,7 pontos base para 4,582%. Já os juros da dívida francesa e os da dívida espanhola sobem 7 pontos base para 3,298% e 3,760%, respetivamente.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aumentam 5,9 pontos base para 4,326%.
Euro valoriza face ao dólar
O euro valoriza face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a somar 0,07% para 1,0675 dólares.
A moeda da Zona Euro está a beneficiar de um dólar ligeiramente mais fraco, após as declarações do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell.
O responsável pelo banco central dos EUA alertou que a autorida monetária pode inverter o caminho e voltar a apertar ainda mais a política monetária caso seja necessário. As declarações levaram a um reposicionamento dos investidores, que nas últimos dias davam praticamente como certo que o ciclo de subidas tinha atingido o pico.
Ouro cai e caminha para segunda semana consecutiva de perdas
O ouro está a desvalorizar, numa altura em que amenizam os receios quanto a um alastramento do conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas ao resto do Médio Oriente - o que está a reduzir a procura pelo ativo-refúgio. Além disso, a incerteza sobre a evolução das taxas de juro também está a penalizar o sentimento em torno da "commodity".
O metal amarelo desvaloriza 0,12% para 1.956,18 dólares por onça. Noutros metais, a platina perde 0,41% para 859,02 dólares e o paládio cede 1,98% para 974,24 dólares.
No acumulado da semana, o ouro caminha para fechar no vermelho. A esta hora o metal precioso perde 1,85%, tratando-se da segunda queda semanal consecutiva.
Apesar do menor receio em torno do alastramento do conflito no Médio Oriente, Grant Sporre e Emmanuel Munjeri, analistas da Bloomberg Intelligence, acreditam que os riscos geopolíticos ainda podem favorecer o ouro, uma vez que impulsionaram os bancos centrais a comprarem o metal precioso a nível recorde. E isso é algo que pode continuar, acreditam.
Petróleo valoriza mas caminha para semana vermelha
Os preços do petróleo estão a valorizar esta sexta-feira, impulsionados pelas declarações do ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, que, segundo a Bloomberg, disse que a procura de crude se mantém saudável.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, valoriza 0,33% para 75,99 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, soma 0,42% para 80,35 dólares por barril.
Ainda assim, o "ouro negro" caminha para fechar o acumulado da semana com perdas de mais de 5%. A matéria-prima tem sido penalizada pelos receios de uma queda na procura a nível global.
Logo após o início da guerra entre Israel e o grupo Hamas, a 7 de outubro, os preços do petróleo valorizaram à boleia da expectativa de que um alastramento do conflito a outras regiões do Médio Oriente poderia afetar as exportações.
Essa perspetiva levou o petróleo a negociar muito perto dos 100 dólares por barril, mas essa possibilidade está agora mais distante, com a procura e os juros elevados a terem maior peso.
Europa aponta para o vermelho e Ásia perde após tom "hawkish" de Powell
As bolsas europeias apontam para um arranque com perdas, num dia em que os investidores digerem as palavras do presidente da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos, Jerome Powell.
O responsável pelo banco central alertou ontem, 9 de novembro, que a Fed pode inverter o caminho e voltar a apertar ainda mais a política monetária caso seja necessário.
O tom mais "hawkish" penalizou o apetite dos investidores pelo risco. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 cedem 0,6%.
Os investidores conhecem hoje uma série de dados económicos na Europa, que poderão contribuir para o sentimento na região.
Na Ásia, a negociação terminou maioritariamente no vermelho. Só o Japão escapou às perdas, mas, ainda assim, rematou a sessão praticamente inalterado.
Na China, Hong Kong perdeu 1,48%, tendo sido dos índices que mais desvalorizou na região. Isto num dia em que a fabricante de semicondutores SMIC e o operador de casino Wynn Macau apresentaram contas abaixo do esperado. Já Xangai deslizou 0,47%.
No Japão, o Topix valorizou 0,07% e o Nikkei recuou 0,24%. Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,72%.