Notícia
Contração da economia da Zona Euro pressiona ações europeias
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Contração da economia da Zona Euro pressiona ações europeias
As ações europeias terminaram o dia em terreno negativo, com as preocupações com o enfraquecimento da economia a pesar no retalho.
O Stoxx 600, referência para a região, desceu 0,27% para 468,78 pontos, pressionado sobre tudo pela queda de 1% do retalho, num dia em que o Eurostat anunciou que a economia da Zona Euro contraiu 0,1% no terceiro trimetre, face ao trimestre anterior.
Entre os principais movimentos, a Games Workshop Group perdeu 13,68%, depois de ter partilhado um "trading update" que mostrou tendências de abrandamento das receitas no segundo trimestre fiscal.
Nas principais praças europeias, o alemão DAX 30 desvalorizou 0,16%, o francês CAC-40 subtraiu 0,1%, o espanhol Ibex 35 decresceu 1,09%, o italiano FTSE Mib recuou 0,67%, o britânico FTSE 100 desceu 0,02%. Em contrapartida, o AEX, em Amesterdão, valorizou 0,02%.
Juros aliviam após dados que confirmam contração na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram-se, à exceção da Itália, num dia em que foi confirmado que a economia da Zona Euro contraiu no terceiro trimestre.
"No terceiro trimestre de 2023, o PIB corrigido de sazonalidade diminuiu 0,1% na área do euro e manteve-se estável na UE, em comparação com o trimestre anterior, de acordo com uma estimativa publicada pelo Eurostat, o serviço de estatística da União Europeia. No segundo trimestre de 2023,o PIB tinha aumentado 0,1% tanto na área do euro como na UE", referiu o Eurostat.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos retraíram 0,2 pontos base para 2,825%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recuou 0,8 pontos para 2,187%.
Já a rendibilidade da dívida espanhola desceu 0,1 pontos base para 3,189% e a da francesa aliviou 1,1 pontos para 2,725%.
Por sua vez, a dívida italiana foi a única que viu os seus juros agravarem-se: 0,2 pontos base para 3,929%.
Iene avança com os receios que o banco do Japão passe para o lado dos falcões
O iene está a avançar em relação ao euro e ao dólar, com os investidores a considerar a possibilidade de o banco central do Japão acabar com a sua política monetária ultra flexível.
O iene ganha, desta forma, 2,04% para 0,0064 euros e avança 2,19% para 0,0069 dólares.
O catalisador para o reforço do iene na quinta-feira foi o discurso do Governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, no parlamento japonês, que deu a entender que o banco central poderá começar a aumentar as taxas de juro em breve.
"Com os mercados a anteciparem o calendário e a escala dos cortes nas taxas de juro de outros grandes bancos centrais, tal movimento seria incrivelmente arriscado, criando um cenário que poderia fazer subir fortemente o iene japonês face às moedas dos seus principais parceiros comerciais", refere o analista da City Index, David Scutt, numa nota, citado pela Reuters.
Petróleo ganha mas está perto de mínimos de cinco meses
O petróleo recupera, mas mantém-se perto de mínimos de quase cinco meses perante preocupações com um possível excesso de oferta.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 0,50% para 74,67 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate – negociado em Nova Iorque – arrecada 0,62% para 68,81 dólares por barril.
"Com a poeira a assentar após a venda de ontem, o movimento parece excessivo, contribuindo para uma recuperação a curto-prazo", disse Fiona Cincotta, analista financeira na StoneX, numa nota citada pela Bloomberg.
Os investidores estão à espera de elevadas exportações de crude dos EUA e de outros produtores que não são da OPEP, o que fará aumentar o volume de barris de petróleo leve. Esta situação está a anular o efeito da decisão da OPEP+ de cortar a produção em 2024.
Ouro brilha com esperança no emprego norte-americano
O ouro valoriza, com o dólar em queda, antes de se conhecerem dados sobre o emprego nos EUA, que podem dar luzes sobre o rumo da política monetária.
O metal amarelo (spot) ganha 0,15% para 2.028,57 dólares por onça. Com subidas mais expressivas estão o paládio e a platina, a valorizar 3,79% e 2,24%, respetivamente. Já a prata desce 0,63%.
O ouro estabilizou após um início de semana agitado, em que atingiu recordes na segunda-feira, antes de derrapar no seguimento de maiores receios sobre o futuro das taxas de juro.
Os investidores estão atentos às perspetivas da inflação, com dados sobre o mercado de trabalho norte-americano esperados para sexta-feira.
"Vemos o ouro a um preço justo. A sensibilidade às 'yieds' diminuiu e os riscos geopolíticos já foram incorporados", diz uma nota de analistas do Morgan Stanley.
Entusiasmo com IA dá abertura em alta a Wall Street
As bolsas de Nova Iorque arrancaram em alta esta quinta-feira, animadas pelos ganhos na Alphabet e Advanced Micro Devices (AMD) depois da apresentação ontem pela dona do Google do Gemini, o seu novo modelo de Inteligência Artificial (IA).
O Dow Jones valoriza 0,02%, para os 36.061,87 pontos, enquanto o S&P 500 avança 0,46%, até aos 4.570,26 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite sobe 0,78%, para os 14.256,76 pontos.
A Alphabet ganha 5,65%, para 137,37 dólares, enquanto a AMD sobe 5,03%, cotando nos 122,7 dólares.
O entusiasmo com a IA alastrou-se a outras cotadas do setor, nomeadamente a Nvidia e a Amazon, que valorizam 1,07% e 1,14%, respetivamente.
Euribor sobe a três meses, mas desce a seis e a 12 meses com minimo no prazo mais longo
A taxa Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e a 12 meses, voltando este último a recuar ao valor mais baixo desde abril.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável -- e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro -- recuou hoje para 3,727%, menos 0,001 pontos que na quarta-feira e atingido um mínimo desde meados de abril deste ano.
A Euribor a 12 meses subiu em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, recuou hoje, para 3,948%, menos 0,002 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
Em sentido inverso, a Euribor a três meses subiu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,969%, mais 0,019 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
*Lusa
Europa abre no vermelho e muda de "tom" face ao Banco do Japão. Ueda junta-se aos "falcões"?
A Europa começou o dia pintada de vermelho, antes de ser apresentada a leitura final sobre o crescimento da economia do bloco no terceiro trimestre e numa altura em que já se especula de que o Banco do Japão possa passar para o lado dos "falcões".
O "benchmark" europeu Stoxx 600 desvaloriza 0,35% para 468,43 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice de referência do bloco, viagens e imobiliário comandam as perdas. O setor alimentar é o único que negoceia em terreno positivo.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt recua 0,25%, Paris cede 0,12% e Londres cai 0,27%. Amesterdão desvaloriza 0,12%, Milão cede 0,16% e Madrid subtrai 0,57%.
Por cá, a bolsa de Lisboa segue a tendência do resto da Europa e cai 0,97%.
"Nas últimas 24 horas, os mercados registaram um forte inversão no tom, com as ‘yields’ das obrigações a registarem um agravamento significativo e as ações a perder terreno", começou por explicar Jim Reid, analista do Deutsche Bank, em declarações à Bloomberg.
O especialista considera que este movimento foi sobretudo provocado "pelos comentários dos responsáveis do Banco do Japão, que de repente viram os investidores a aumentarem as apostas na probabilidade de que o BoJ coloque um fim às taxas de juro negativas".
No mercado de "swaps" os investidores já apostam para uma probabilidade de 45%, de que o BoJ assuma uma postura "hawkish" na reunião marcada para o próximo dia 19 de dezembro.
O governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, encontrou-se com o primeiro-ministro Fumio Kishida esta quinta-feira. O tema foi o que está a fervilhar no mercado: a política monetária do BoJ.
Em declarações aos jornalistas, Ueda não "levantou o manto" e avançou apenas que o primeiro-ministro não fez nenhum pedido especial.
"Não posso referir os pormenores, mas trocámos opiniões sobre as condições económicas e financeiras", disse Ueda. "Expliquei aquilo que é o meu pensamento sobre a política monetária em linha com o que disse no parlamento", acrescentou.
Por outro lado, no mercado de derivados, os investidores já apontam para cortes dos juros diretores tanto na Zona Euro como nos EUA.
Mercado já vê Banco do Japão a voar ao lado dos "falcões". Juros agravam-se
Os juros agravam-se na Zona Euro, nos EUA e no Reino Unido, numa altura em que o mercado antecipa, por um lado, cortes nos juros diretores pela Fed e pelo BCE, mas por outro, a primeira subida das taxas de juro no Japão, onde o banco central se tem mantido "dovish".
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – soma 1,4 pontos base para 2,209%.
Os juros da dívida portuguesa, que vence em 2033, sobem 1,8 pontos base para 2,845%.
A taxa interna de rendibilidade das obrigações espanholas a 10 anos cresce 2,2 pontos base para 3,211%.
A "yield" da dívida italiana, que vence em 2033, ganha 3,2 pontos base para 3,959%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a 10 anos cresce 5,7 pontos base para 3,994%, enquanto a "yield" das obrigações norte-americanas com a mesma maturidade agravam-se 5,5 pontos base para 4,159%.
Para Jim Reid, analista do Deutsche Bank, considera qe este movimento foi sobretudo provocado "pelos comentários dos responsáveis do Banco do Japão, que de repente viram os investidores a aumentarem as apostas na probabilidade de que o BoJ coloque um fim às taxas de juro negativas".
No mercado de "swaps", os investidores miram uma probabilidade de 45% de que tal aconteça.
Volatilidade do euro e dólar em máximos de mais de seis meses antes da reunião do BCE
O mercado cambial já se prepara a "enchente" das reuniões de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Banco de Inglaterra (BoE) e do Banco Central Europeu (BCE).
O euro ganha 0,11% para 1,0778 dólares. A volatilidade do par cifra-se em 9,53%, estando em máximos de 4 de maio, antes de esta quinta-feira a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde dar conta do futuro dos juros diretores na Zona Euro.
No mercado já surgem apostas de que o banco central comece a cortas nos juros diretores a partir do próximo ano.
Um dia depois é tempo do Banco de Inglaterra se pronunciar sobre os moldes futuros da sua política monetária. A libra avança ligeiramente (0,08%) para 1,2570 dólares.
Antes destas duas instituições, será a Fed a decidir, no fim de um encontro de dois dias, o que acontecerá ao futuro dos juros diretores nos EUA.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – cede 0,27% para 103,869, numa altura em que o mercado aponta para uma probabilidade de 50% de que o banco central comece a cortar nos juros diretores a partir de março do próximo ano.
Depois desta "enchente", no próximo dia 19 de dezembro será o Banco do Japão (BoJ) a dar conta sobre o futuro da política monetária no arquipélago.
Dados do trabalho nos EUA continuam a tirar o brilho ao ouro
O ouro valoriza, dando continuidade aos ganhos desta quinta-feira, depois de os mais recentes dados do mercado de trabalho darem sustentação à expectativa de alívios de juros diretores nos EUA.
O metal amarelo ganha 0,21% para 2.029,15 dólares por onça. Paládio e platina seguem esta tendência positiva, enquanto a prata negoceia em terreno negativo.
Os mais recentes números apontam para que o mercado de trabalho esteja a perder força.
No mercado de "swaps" – derivados sobre taxas de juro – os investidores apontam para uma probabilidade de 50% de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana comece a cortar nos juros diretores já em março de 2024.
Petróleo levanta-se depois de cair para mínimos de junho. OPEP+ tenta conter o "trambolhão"
O petróleo corrige depois de ter caído para mínimos de junho no mercado internacional, numa altura em que, apesar dos países exportadores de crude manterem a garantia de que vão ter mão na produção, a preocupação sobre o excesso de oferta mantém-se.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 0,58% para 63% para 74,77 dólares por barril, após ter contabilizado o maior ciclo de perdas desde fevereiro.
Já o West Texas Intermediate – negociado em Nova Iorque – arrecada 0,63% para 74,77 dólares por barril.
O "stocks" de crude nos EUA voltaram a aumentar na última semana, segundo os mais recentes dados oficiais. Além disso, também a produção de petróleo esteve perto de um recorde, apesar do recuo ligeiro na procura por gasolina.
No mercado do ouro negro, os intervalos de tempo entre os contratos de crude (que contam com datas de entrega diferentes) apontam para mais oferta a curto prazo.
A queda dos preços do crude ajudou mesmo o índice de matérias-primas da Bloomberg a cair para mínimos de 2021, apesar de vários países da OPEP+: Arábia Saudita, Rússia, Argélia e Kuwait, que as restrições na produção podem continuar no próximo ano.
Petróleo e preocupação com dívida chinesa abalam a Ásia. Europa aponta para o vermelho
O sentimento negativo vivido no fecho de Wall Street chegou à Ásia que terminou também a sessão desta quinta-feira, 7 de dezembro, no vermelho. Os preços do crude e os alertas da Moody’s foram os principais para esta queda.
Na China, Xangai desvalorizou 0,09% e Hong Kong cedeu 0,91%. As ações das energéticas foram fortemente pressionadas pela queda do preço do petróleo para mínimos de junho, devido à preocupação em torno do potencial excesso de oferta face à procura.
Em termos de fatores específicos que influenciaram o sentimento das praças chinesas destaca-se sobretudo pela preocupação relativamente à carga da dívida do país, depois de a agência de notação financeira norte-americana ter cortado na avaliação de várias empresas.
Esta nota pessimista foi suficiente para ofuscar os números da balança comercial do país, já que as exportações aumentaram 0,5% em novembro face ao mês anterior, o primeiro crescimento desde abril, e acima do que era esperado.
No Japão o Topix derrapou 1,14% e o "benchmark" do país, o Nikkei, deslizou 1,76%. No mercado da dívida, a "yield" das obrigações japonesas a 10 anos saltaram até 10 pontos base para 0,75%, interrompendo um ciclo de alívio de três dias, após a fraca procura por um leilão de dívida nipónica a longo prazo (30 anos).
Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,13%.
Na Europa os contratos de futuros sobre o Euro Stoxx 50 caem 0,6%.