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Nova variante do vírus arrasta Europa para maior queda desde 28 de outubro
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Europa regista maior queda em quase dois meses com nova variante do coronavírus
As bolsas europeias encerraram em baixa, penalizadas pela mutação do vírus responsável pela covid-19, que está a levar a um reforço das restrições à mobilidade na Europa. Também a ausência de progressos nas negociações para a relação pós-Brexit entre Londres e Bruxelas esteve a pressionar.
O Stoxx 600 encerrou a ceder 2,33% para 386,69 pontos, naquela que foi a maior descida desde 28 de outubro.
A pressionar a negociação esteve a falta de progressos nas conversações entre o Reino Unido e a União Europeia com vista à relação comercial entre as partes no pós-Brexit, bem como o facto de a nova variante do coronavírus ter levado a que muitos países europeus começassem a apertar as restrições à circulação.
Com grande parte do Reino Unido a fechar portas e muitos países a suspenderem as viagens a partir daquele país, as ações ligadas às viagens, lazer e retalho estiveram entre as que mais caíram na bolsa britânica, como foi o caso do supermercado online Ocado Group.
As companhias aéreas, que se esperava que recebessem um impulso neste período festivo estiveram hoje entre as mais castigadas em bolsa, com o International Airlines Group (IAG) – composto pelas transportadoras British Airways, Iberia e Aer Lingus – a afundar 20% e a Easyjet a cair 18%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perdeu 2,8%, o italiano FTSEMIB resvalou 2,6%, o francês CAC-40 recuou 2,4%, o espanhol IBEX 35 deslizou 3,1% e o britânico FTSE 100 cedeu 1,7%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 2,5%.
Juros fazem "quatro em linha" nas subidas
Os juros da dívida a dez anos de Portugal agravaram 0,4 pontos base para os 0,036%, contando a quarta sessão consecutiva de subidas para estas obrigações. Os juros desta dívida estiveram em terreno negativo pela última vez na última quarta-feira.
Na Alemanha, a referência europeia, a tendência é a inversa. Sendo vistas como um dos ativos mais seguros, as bunds alemãs beneficiam do clima de incerteza que se vive nos mercados acionistas, onde as quebras são fortes face aos receios quanto à nova estirpe de coronavírus. A remuneração destas obrigações alivia 0,9 pontos base para os -0,583%, respeitando a mesma tendência há três sessões.
Ouro recua com valorização do dólar
O metal amarelo está a negociar em baixa, com a propagação de uma nova variante do coronavírus a pressionar os mercados de ações e a levar os investidores a optar pelo dólar.
O ouro a pronto (spot) cede 0,28% para 1.875,32 dólares por onça no mercado londrino
Já no mercado nova-iorquino (Comex) os futuros do ouro recuam 0,39%, para 1.878,40 dólares por onça.
A valorização do dólar está a ser o principal fator de pressão para o metal precioso, uma vez que é denominado na moeda norte-americana e fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.
"Os operadores do mercado aurífero estão, de uma forma geral, de olhos postos nos EUA, à espera de ver aprovado o novo pacote de estímulos à economia", comentou à Reuters um estratega da RJO Futures, Bob Haberkorn.
A ser aprovado mais logo, o novo pacote de estímulos deverá sustentar o metal precioso, cuja atratividade fica reforçada enquanto cobertura contra a provável inflação daí decorrente.
Petróleo cede terreno com nova variante do coronavírus
As cotações do "ouro negro" seguem em baixa nos principais mercados, pressionadas pela rápida propagação de uma nova variante do coronavírus, que já encerrou grande parte do Reino Unido e levou a um aperto das restrições no resto da Europa.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em fevereiro cai 3,60% para 47,33 dólares por barril.
Já o contrato de fevereiro do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 3,56% para 50,40 dólares.
As restrições adicionais na Europa, à conta da nova variante do coronavírus está a intensificar os receios de uma retoma mais lenta na procura por combustível.
"Os relatos sobre uma nova variante do coronavírus pesaram no sentimento de risco e no petróleo. As novas restrições à mobilidade na Europa também não estão a ajudar, uma vez que a procura por este produto irá ser atingida", comentou à Reuters o analista petrolífero Giovanni Staunovo, do UBS.
Libra tem pior dia desde o começo da pandemia
A moeda britânica já não tinha uma quebra tão pronunciada como a desta sessão desde o mês de março, que marca o início da pandemia.
A libra deslizou 2,48% para os 1,3188 dólares, numa altura em que os vizinhos do Reino Unido cortam laços temporariamente com o país de forma a protegerem-se da nova estirpe de coronavírus que está a proliferar neste território. Por ouro lado, as futuras relação com a União Europeia não estão a chegar a bom porto e há mais um prazo para as negociações que fica para trás sem vislumbre de acordo.
O índice de volatilidade desta moeda já não marcava níveis tão altos na época do Natal há mais de uma década. Num cenário preocupante para a economia britânica, as perspetivas de que o banco de Inglaterra possa baixar as taxas de juro como estímulo à economia também seguem a pressionar a libra.
O euro avança 1,36% face à moeda britânica e cota nas 0,9184 libras esterlinas.
A moeda única europeia, contudo, cede perante a "nota verde". O euro recua 0,33% para os 1,2216 dólares.
Wall Street fragilizada por nova estirpe do coronavírus
A bolsa em Nova Iorque desliza, à semelhança daquilo que tem sido regra ao longo da sessão nas praças europeias, com os investidores a mostrarem-se receosos acerca da nova estirpe de coronavírus que surgiu no Reino Unido.
O industrial Dow Jones cai 0,87% para os 29.915,11 pontos, o tecnológico Nasdaq desce 0,80% para os 12.654,59 pontos e o generalista S&P500 quebra 1,06% para os 3.670,25 pontos.
"A mutação do vírus no Reino Unido está a levantar a preocupação de que a assunção central para as previsões do próximo ano possa acabar por não se verificar", afirmam analistas do Commerzbank. Até ao momento, os investidores estavam otimistas de que a vacina viesse afastar as maleitas económicas ditadas pela pandemia.
Neste cenário, empresas dependentes do turismo como a American Airlines e a Norwegian Cruise Line, ambas cotadas em Nova Iorque, derrapam, respetivamente, 3,88% para os 15,86 dólares e 4,17% para os 24,10 dólares.
Paralelamente, a Tesla, no primeiro dia de negociação no índice S&P500, está a resvalar 4,89% para os 661,12 dólares, afastando-se dos máximos históricos atingidos na última sessão.
Nova estirpe do vírus provoca colapso de mais de 4% nas bolsas. Petróleo afunda 6%
As bolsas europeias estão a acentuar os ganhos do início da sessão, abaladas pela nova estirpe do vírus descoberta no Reino Unido, que está a levar os países europeus a isolarem o Reino Unido de forma a travar a disseminação.
Os principais índices da Europa já perdem mais de 4% arrastados sobretudo pelas empresas do setor da energia e das viagens. O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 3,33% para 382,70 pontos, a maior queda desde o final de outubro.
Vários países incluindo Itália, Holanda, Bélgica e França já proibiram as ligações aéreas, marítimas e ferroviárias com o Reino Unido, e os líderes da UE vão reunir-se esta manhã para preparar uma ação conjunta com o objetivo de impedir a propagação da nova estirpe pelo continente.
Nesta altura, Londres cai 2,5%, Madrid 4%, Frankfurt 3,5% e Atenas quase 7%. O português PSI-20 desliza 4,18%.
A par das bolsas também o petróleo segue em forte queda nos mercados internacionais. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) desce 5,76% para 46,27 dólares, enquanto em Londres o Brent cede 5,55% para 49,35 dólares.
Bolsas europeias em queda acentuada com deterioração da pandemia no Reino Unido
A descoberta de uma nova variante da covid-19 no Reino Unido com potencial de maior contágio está a fazer regressar o medo aos mercados bolsistas internacionais, refletindo-se desde já na queda acentuada das principais praças europeias.
São já vários os países europeus que decidiram encerrar as respetivas fronteiras a cidadãos britânicos, com Itália, França, Bélgica e Países Baixos à cabeça. Por outro lado, é já superior a 16 milhões o número de britânicos em confinamento domiciliário, depois de identificado um novo surto do coronavírus.
Também a causar receios no mercado acionista do velho continente está o facto de ter passado mais uma data limite sem acordo sobre a relação política e comercial entre a União Europeia e o Reino Unido depois de findo o período de transição, que termina a 31 de dezembro.
O índice de referência europeu Stoxx600 desvaloriza ,97% para 388,09 pontos, recuando assim de máximos de fevereiro na segunda descida consecutiva. As quedas mais pronunciadas são observadas nos setores europeus das viagens, energia, banca e automóvel.
O lisboeta PSI-20 não escapa à tendência de descidas, estando a recuar 2,76% para 4.631,74 pontos. Com todas as cotadas do principal índice nacional no vermelho, a queda da Galp Energia é a que mais pressiona, com a petrolífera a afundar 7,22% para 8,150 euros, o que coloca a cotada em mínimos de 10 de novembro.
Juros aliviam com aposta em ativos mais seguros
Os juros das dívidas públicas da área da moeda única estão a aliviar esta segunda-feira, efeito decorrente da procura de ativos considerados mais seguros numa altura em que aumenta a preocupação quanto à crise pandémica, isto depois de, no Reino Unido, ter sido encontrada uma nova variante da covid-19.
Assim, a taxa de juro associada aos títulos soberanos de Portugal com maturidade a 10 anos recua 2,5 pontos base para 0,005%, uma queda que se segue a três sessões seguidas de agravamentos.
Também as "yields" correspondentes aos títulos soberanos a 10 anos da Espanha e da Itália seguem a cair respetivamente 1,8 e 1,1 pontos base para 0,021% e 0,552%.
A maior descida diz respeito à dívida considerada de referência para a Zona Euro. A "yield" referente às obrigações alemãs com o mesmo prazo recua 3,2 pontos base para -0,609 na terceira descida seguida.
Crude afasta-se de máximos com confinamentos a ameaçarem procura
O preço do petróleo segue em forte queda nos mercados internacionais no arranque desta segunda-feira.
O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e usado como valor de referência para as importações nacionais, desvaloriza 3,69% para 50,33 dólares por barril, afastando-se do máximo de março registado na passada sexta-feira.
Também o West Texas Intermediate (WTI) segue em queda, estando a perder 3,38% para 47,44 dólares e também mais distante do máximo de fevereiro alcançado na sexta-feira. Tanto o Brent como o WTI interrompem assim um ciclo de cinco sessões consecutivas em alta.
Depois de sete semanas seguidas a acumular valor, o crude recua agora face ao receio quanto à nova estirpe do coronavírus descoberta nos Estados Unidos, o que não só poderá acelerar o ritmo de contágios como retomar uma toada de confinamentos.
Ora, estes confinamentos e medidas restritivas tenderão a voltar a desacelerar a atividade económica e, consequentemente, a refletir-se na diminuição da procura pela matéria-prima, o que acaba por pressionar o valor do chamado ouro negro.
Metais preciosos valorizam com incerteza sobre nova variante da covid-19
O receio quanto a um desfecho do processo do Brexit sem acordo e, sobretudo, o medo causado pela identificação de uma nova variante da covid-19 estão a refletir-se na busca de ativos mais seguros por parte dos investidores, o que se repercute na subida do valor de metais precisos como o ouro e a prata.
O metal dourado sobe 0,84% para 1.897,08 dólares por onça, estando assim a negociar em máximos de 9 de novembro. Já a prata aprecia 3,85% para 26,8050 dólares, pelo que transaciona em máximos de 16 de setembro.
Dólar ganha valor com receio de nova estirpe do coronavírus
O dólar segue a valorizar nos mercados cambiais pelo segundo dia seguido, estando a valorizar em torno de 0,5% face a um cabaz composto pelas principais moedas mundiais.
Já o euro cai 0,32% para 1,2218 dólares, na segunda queda consecutiva contra a divisa norte-americana, enquanto a libra está a perder 1,31% face ao euro.
A subida do dólar acontece numa altura em que os investidores aguçaram o apetite por ativos considerados mais seguros devido à incerteza crescente nos mercados. É que apesar de o Congresso dos Estados Unidos ter chegado a acordo para um pacote de cerca de 900 mil milhões de euros de resposta à crise pandémica, no Reino Unido foi detetada uma nova estirpe do coronavírus, o que leva os investidores a procurar ativos considerados de refúgio.
Por outro lado, Bruxelas e Londres chegaram ao fim deste fim de semana sem um acordo quanto à relação futura entre a União Europeia e o Reino Unido, agravando o receio quanto a um cenário de não acordo entre os dois blocos.
Futuros recuam com nova estirpe do coronavírus a preocupar
Os futuros acionistas do europeu Stoxx50 recuam 1,2%, enquanto os futuros do S&P 500 seguem praticamente inalterados depois da desvalorização observada na sexta-feira.
Já na Ásia predominou o pessimismo, com o japonês Topix a cair 0,2% e o índice Hang Seng de Hong Kong a perder 0,3%.
Nos mercados cambiais, o dólar valoriza e o euro desvaloriza. Nos Estados Unidos, e após longas semanas de impasse, o Congresso chegou a acordo quanto ao novo pacote de apoios à economia, num valor em torno de 900 mil milhões de dólares, para contrariar os efeitos recessivos causados pela crise pandémica. A votação ao projeto de lei poderá acontecer já esta segunda-feira.
Na Europa, este domingo passou mais uma data limite sem que a União Europeia e o Reino Unido chegassem a acordo quanto à relação futura. Além do euro, também a libra deprecia face à pressão crescente de um cenário de não acordo e ao surgimento de uma nova variante da covid-19, que terá deixado a pandemia sem controlo no Reino Unido.
É o surgimento de uma nova estirpe do coronavírus que mais está a pesar no sentimento dos investidores neste arranque de semana, levando-os a centrar investimentos em ativos considerados mais seguros, como é o caso do dólar.