Notícia
Stoxx 600 com maior série de ganhos semanais desde abril
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Europa termina semana mista. Stoxx 600 com maior série de ganhos semanais desde abril
As bolsas europeias terminaram mistas, num dia em que os investidores digerem as mais recentes declarações de responsáveis dos bancos centrais.
O Stoxx 600 valorizou marginalmente 0,01% para 476,61 pontos, com os setores dos recursos naturais e da tecnologia a liderarem os ganhos (1,26% e 1,08%, respetivamente). Já os do imobiliário e das telecomunicações foram os que mais perderam (-0,97% e -0,91%, respetivamente).
Apesar de ter terminado a sessão praticamente inalterado, o Stoxx 600 fechou a maior série consecutiva de ganhos semanais desde abril deste ano. No total, conta com cinco semanas no verde.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax encerrou inalterado, o francês CAC-40 subiu 0,28%, o italiano FTSE Mib somou 0,05% e o AEX, em Amesterdão, ganhou 0,41%, enquanto o britânico FTSE 100 deslizou 0,95% e o espanhol Ibex 35 caiu 0,75%.
A perspetiva de que um corte das taxas de juro estava para breve deu ânimo às bolsas, sobretudo depois de o mapa que mostra como cada representante da Reserva Federal (Fed) dos EUA estima as mexidas nos juros diretores ter apontado para um corte de 75 pontos base em 2024, em vez dos 50 pontos previstos em setembro. Mas as declarações de John Williams, presidente da Fed de Nova Iorque, esta sexta-feira, colocaram um freio ao entusiasmo.
"Não estamos realmente a falar de corte dos juros neste momento", disse, acrescentando que é "prematuro" pensar em baixar as taxas em março.
Além disso, dados do setor privado mais fracos em França e na Alemanha também contribuíram para um abrandamento dos ganhos.
Juros aliviam com perspetiva de queda das taxas de juros dos bancos centrais
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta sexta-feira, com o interesse em obrigações a subir, numa semana recheada de reuniões de bancos centrais, que alimentaram a perspetiva de um corte nos juros diretores já no próximo ano.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – aliviou 9,3 pontos base para 2,012%.
Os juros da dívida portuguesa que vence em 2033 recuaram 8,4 pontos base para 2,663%.
A rendibilidade das obrigações espanholas com a mesma maturidade cedeu 8,6 pontos base para 3,988%.
Já a "yield" dos títulos italianos com a mesma maturidade subtraiu 6,4 pontos base para 3,717%.
Ouro penalizado por subida do dólar e palavras de Williams
O ouro está a negociar em baixa, penalizado por uma subida do dólar, que está a valorizar depois de o presidente da Fed de Nova Iorque ter afastado para já cortes das taxas de juro de referência e ter referido que o assunto ainda não está em cima da mesa dos decisores da Reserva Federal.
A valorização da "nota verde" penaliza o metal precioso, uma vez que o torna mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira.
O metal amarelo cede 0,08% para 2.034,78 dólares por onça e caminha, ainda assim, para um ganho semanal a rondar os 1,6%.
Comentários do presidente da Fed de Nova Iorque dão ganhos ao dólar
O dólar está a valorizar esta sexta-feira, invertendo a tendência dos últimos dias, depois de o presidente da Fed de Nova Iorque ter afastado um cenário de cortes de juro, referindo que ainda não está em cima da mesa. John Williams considerou prematuro pensar em cortes das taxas de juro de referência.
O dólar sobe 0,68% para 0,9158 euros, estando, ainda assim, a caminho da sua pior performance semanal do mês. Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da divisa norte-americana contra outras moedas rivais – soma 0,38% para 102,343 pontos.
As declarações de Williams "assemelham-se ao tom de Powelll esta semana, mas reforçam o facto de que a Fed ainda é um banco muito dependente de dados e que não está a subscrever o que o mercado está a incorporar", disse à Reuters o analista Bipan Rai da CIBC Capital Markets.
Petróleo regressa às quedas com prudência a imperar
Os preços do "ouro negro"seguem em baixa nos principais mercados internacionais, depois de ontem terem recuperado devido ao tom mais "dovish" da Reserva Federal norte-americana na véspera, quando manteve os juros diretores.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, perde 0,45% para 71,26 dólares por barril.
Já em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a recuar 0,39% para 76,31 dólares por barril.
Os preços têm estado a negociar entre subidas e descidas nesta sessão de sexta-feira, com os operadores a tentarem conciliar sinais para a procura por petróleo no próximo ano.
Um relatório da Fed de Nova Iorque a dar conta de um terceiro mês de quedas nas novas encomendas à indústria deixa recear uma procura mais fraca por crude.
Wall Street em terreno misto em dia de "bruxaria tripla"
Os principais índices em Wall Street abriram ligeiramente em baixa, depois de duas sessões que levaram os "benchmarks" a máximos do ano, sustentados pela decisão da Reserva Federal de manter as taxas de juro inalteradas e os decisores estimarem cortes em 75 pontos base no próximo ano.
O Dow Jones recuou 0,22% nos 37.160,43 pontos, depois de ter atingido máximos históricos esta quinta-feira. O S&P 500 cede 0,17% para os 4.711,33 pontos, descendo de máximos de dezembro de 2021. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,27% para os 14.801,43 pontos, ainda no valor mais elevado desde janeiro de 2022.
Os investidores estão ainda focados nos comentários do presidente da Fed de Nova Iorque, John Williams, que afirmou que era "prematuro" pensar em cortes das taxas de juro de referência e que esse cenário não está atualmente em cima da mesa. Comentários que o analista Art Hogan da B Riley Wealth, em declarações à Reuters, considerou como naturais.
"Não é pouco usual para os responsáveis da Fed tentarem reduzir as reações às reuniões da Fed, quer sejam positivas ou negativas", afirmou.
Os mercados monetários apontam agora uma probabilidade de 64,3% do primeiro cortes das taxas de juro pela Fed acontecer em março. A probabilidade de ser em maio ascende a 91%, segundo a ferramenta da CME, FedWatch, consultada pela Reuters.
O facto de esta sexta-feira, 15 de setembro, se dar um fenómeno conhecido como "triple witching", ou bruxaria tripla, poderá gerar maior volatilidade nos mercados. Este nome é dado ao dia em que se dá o vencimento simultâneo de três contratos - opções sobre ações e sobre índices de ações e futuros sobre ações.
Esta cessação tripla de contratos acontece nas terceiras sextas-feiras de março, junho, setembro e dezembro, pelo que a próxima será a 15 de março.
Taxa Euribor desce a três, a seis e a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter mantido de novo as taxas diretoras.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que baixou para 3,920%, ficou acima das taxa a seis meses (3,912%) e a 12 meses (3,644%).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, recuou hoje para 3,644%, menos 0,075 pontos do que na quinta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, também caiu hoje, para 3,912%, menos 0,026 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,920%, menos 0,012 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, na quinta-feira, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira de 2024, realiza-se em 25 de janeiro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
*Lusa
Otimismo sobre cortes de juros impulsiona Stoxx 600 para máximos de janeiro de 2022
A Europa começou o dia a valorizar com ganhos ligeiros, com as perspetivas sobre os potenciais cortes de juros diretores no próximo ano a pesarem mais que o alerta vermelho vindo dos mais recentes dados macroeconómicos do bloco.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 soma 0,44% para 478,65 pontos, estando a negociar em máximos de janeiro do ano passado e a caminho de uma quinta semana consecutiva de ganhos.
Entre os 20 setores que compõem o índice de referência do bloco, os setores automóvel e "oil & gas" lideram os ganhos , com subidas de mais de 1%, enquanto as ações da empresas de produtos químicos comandam a tabela das perdas.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt sobe 0,64%, Paris arrecada 0,43% e Londres valoriza 0,18%. Milão sobe 0,69% e Amesterdão cresce 0,64%.
Já a bolsa de Madrid negoceia na linha de água (-0,05%). Por cá, Lisboa segue a tendência dominante das principais praças europeias e cresce 0,21%.
Além do otimismo em torno da possibilidade de cortes de juros diretores no próximo ano – depois de o "dot plot" da Fed ter apontado para uma redução em 75 pontos base da taxa dos fundos federais em 2024- o mercado está a ser animado pela notícia de uma injeção de liquidez na economia por parte do Banco Popular da China.
Por outro lado, o índice de gestores de compras da S&P da Zona Euro voltou a recuar pela sétima vez consecutiva, mantendo-se abaixo do limiar "são" dos 50 pontos, fixando-se em concreto em 47 pontos, aumentando o risco de recessão no próximo ano.
Os investidores estão atentos às ações da italiana Campari que cedem 2,86%, na mesma altura em que a empresa chegou a acordo para a aquisição mais cara da sua história: a compra da Courvosier Cognac por pelo menos 1,2 mil milhões de dólares.
A Symrise tomba 8,5%, depois de ter revisto em baixa o "guidance" para este ano.
Juros respiram de alívio depois de semana agitada por bancos centrais
Os juros continuam a aliviar na Zona Euro, ampliando os ganhos desta quinta-feira, "embalados" pela perspetiva de cortes de juros diretores no próximo ano, depois de uma semana recheada por reuniões de bancos centrais.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – alivia 4,7 pontos base para 2,058%.
Os juros da dívida portuguesa, que vence em 2033, recuam 5,6 pontos base para 2,660%, mantendo-se em mínimos de dezembro do ano passado.
A rendibilidade das obrigações espanholas com a mesma maturidade cede 5,6 pontos base para 3,018%.
A "yield" dos títulos italianos com a mesma maturidade subtrai 6 pontos base para 3,721%.
Iene a caminho de fechar maior subida semanal desde julho
Nos "money markets" o foco está no iene, já que depois das reuniões dos bancos centrais dos EUA, Zona Euro e Reino Unido, os investidores preparam-se agora para o encontro dos membros do Banco do Japão, agendado para a próxima terça-feira, 19 de dezembro.
A divisa japonesa soma 0,45%, sendo necessário pagar 141,6605 ienes por dólares, depois de esta quinta-feira ter chegado a subir para 140,97 ienes por dólar, renovando máximos de 31 de julho.
Desde o início da semana, a divisa japonesa escala 2,1% contra o "green cash", sendo para já a maior subida semanal desde meados de julho, numa altura em que os "traders" começam a apostar em que o Banco do Japão pode começar a subir os juros diretores.
O euro cai 0,36% para 1,0956 dólares, depois da subida desta quarta-feira, devido à diferença de "tons" entre Fed e BCE. Na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro de política monetária, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afastou um corte de juros em breve. Ao contrário da Fed, que prevê cortar os juros em 75 pontos base no próximo ano, o banco europeu disse que quer esperar para ver o arranque de 2024, não tendo sido discutidos "cortes de juros" nesta reunião.
Ouro alivia ganhos, mas não trava caminho para fechar semana em alta
O otimismo do mercado sobre o potencial corte dos juros diretores nos EUA no próximo ano, após a reunião da Fed desta quarta-feira, fez cair o dólar, dando força às matérias-primas por si denominadas, como é o caso do ouro.
O metal amarelo avança 0,08% para 2.038,04 dólares por onça, depois de dois dias de ganhos, estando a caminho de fechar uma semana em alta. Platina negoceia na linha de água, enquanto prata e paládio estão em queda.
Além da queda do dólar, o facto de o "dot plot" da Fed apontar para cortes dos juros em 75 pontos base no próximo ano impulsionou o ouro, colocando-o como favorito na "corrida" contra a dívida, já que este não remunera em juros.
Esta sexta-feira, os investidores estarão atentos à divulgação dos números da produção industrial nos EUA, que poderão dar mais pistas sobre a vitalidade da economia e sobre o futuro da política monetária levada a cabo pela Fed.
Petróleo a caminho de interromper jejum de ganhos de sete semanas
O petróleo está prestes a registar a primeira semana de ganhos, em quase dois meses, animado pelo tom "dovish" da Reserva Federal (Fed) norte-americana, no âmbito da última reunião de política monetária, que terminou esta quarta-feira.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – ganha 0,31% para 71,8 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência paras importações europeias – soma 0,33% para 76,86 dólares por barril.
O crude caminha assim para o primeiro ganho semanal desde outubro. Desde então, o petróleo perde há sete semanas consecutivas, abalado pelo aumento as exportações de países que não pertencem à Organização dos Países Exportadores de Petróleo, incluindo os EUA e pela preocupação se todos os membros da OPEP adotarão cortes voluntários, além dos sinais sobre uma potencial quebra da procura.
Por outro lado, esta semana, a queda do dólar – motivada pela miragem de cortes dos juros nos EUA já no próximo ano – impulsionou o crude, já que torna o investimento em petróleo atrativo para quem negoceia com outras moedas.
MSCI Ásia-Pacífico fecha em máximos de agosto e Hong Kong escala mais de 3%
A Ásia terminou a sessão desta sexta-feira de forma mista, enquanto os futuros sobre os principais índices europeus negoceiam de forma morna, depois de uma semana agitada pelas decisões de vários bancos centrais.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50, que vencem este mês, valorizam 0,07%, enquanto os derivados sobre o alemão DAX negoceiam na linha de água (0,01%).
Pela Ásia, Hong Kong chegou a escalar 3,4%, tendo terminado o dia a subir 2,2%. O Banco Popular da China injetou liquidez na economia, através de empréstimos a um ano, tendo sido um montante recorde, de acordo com a Bloomberg.
No Japão, o Topix somou 0,47% e o Nikkei valorizou 0,87%. Na Coreia do Sul, o Kospi arrecadou 0,76%. O "benchmark" da região MSCI Ásia-Pacífico renovou máximos de agosto.
Esta semana, Fed, BCE e Banco de Inglaterra mantiveram os juros inalterados. No caso dos EUA, o "dot plot" do banco central aponta para cortes de juros em 75 pontos base no próximo ano, o que reforçou a expectativa do mercado sobre o alívio da política monetária em 2024.