O comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, disse esta sexta-feira que um aumento para 2% do PIB nos Estados-membros das despesas com a defesa se pode traduzir em mais 65 mil milhões de euros anualmente para este setor.
Notícia
Bolsas europeias têm primeiro ganho semanal desde início da guerra. Biden retira à Rússia estatuto de nação mais favorecida
Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.
Moedas assegura que Lisboa tem capacidade para acolher refugiados ucranianos
O presidente da Câmara de Lisboa assegurou hoje que o município vai continuar a acolher todos os refugiados ucranianos que cheguem à capital portuguesa, rejeitando a ideia de falta de capacidade para responder após o acolhimento de emergência.
"Que não haja dúvida nenhuma sobre a capacidade de acolher da Câmara Municipal, vamos continuar a acolher todos e bem", afirmou o presidente da autarquia de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), após ser questionado sobre a mensagem da vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Laurinda Alves (independente eleita pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), em que indica que "a Câmara Municipal de Lisboa não tem capacidade para se responsabilizar pelo acompanhamento destas famílias, mas apenas para o acolhimento de emergência".
Falando à margem da assinatura do acordo de consórcio para o desenvolvimento do projeto do Hub do Mar, na Doca de Pedrouços, em Lisboa, Carlos Moedas disse que "a câmara liderou desde o primeiro momento" no apoio ao povo ucraniano, recordando a noite de 24 de fevereiro - dia em que a Rússia começou a ofensiva militar na Ucrânia -, em que se iluminou o edifício dos Paços do Concelho e, com a embaixadora da Ucrânia em Portugal, se começou "a ajudar, logo nesse dia, muitas pessoas".
"Conseguimos ter um centro de acolhimento que hoje, por um lado, já recebemos mais de 3.000 contactos para esse centro de acolhimento, já ajudámos quase 300 pessoas, e estamos a conseguir fazer algo extraordinário, que é juntar pessoas que querem ajudar com aquelas que necessitam ajuda, sejam empresas que querem ajudar com ofertas de emprego, sejam pessoas que querem ajudar com sítios para as pessoas poderem instalar-se, com casas, com apartamentos", expôs o presidente da Câmara de Lisboa.
Sobre o acolhimento de refugiados ucranianos em Lisboa, os vereadores do PS questionaram hoje a posição da autarquia neste âmbito, após terem tomado conhecimento de uma nota enviada pela vereadora Laurinda Alves a indicar que "a Câmara Municipal de Lisboa não se responsabiliza, não paga, não dá sequência a mais nada após o acolhimento de emergência".
"O Partido Socialista aguarda que Carlos Moedas clarifique, de vez, a posição da autarquia e que Laurinda Alves dê cumprimento ao programa municipal de emergência aprovado, com o seu próprio voto, em reunião de câmara", lê-se na nota dos vereadores do PS, em que se referem ao programa "VSI TUT -- TODOS AQUI", para integração de refugiados do conflito militar na Ucrânia, através de soluções de habitação, trabalho, educação, saúde, mobilidade e cultura, aprovado por unanimidade na quarta-feira.
Em resposta, Carlos Moedas garantiu: "Lisboa vai conseguir, e tem conseguido até agora, todos os dias dar resposta a todos, vamos continuar a dar resposta a todos, vamos fazê-lo com a liderança que temos feito até agora, essas pessoas têm sido acolhidas de uma maneira realmente extraordinária, desde consultas médicas que conseguimos arranjar imediatamente, até imediatamente localizar um hotel que os possa receber, até soluções de longo prazo".
O presidente da Câmara de Lisboa realçou ainda a importância de liderar com outras cidades, "não só cidades em Portugal, mas cidades também na Europa", com o objetivo de "uma rede internacional de cidades" para responder ao acolhimento de refugiados ucranianos, em que "o Governo tem também as suas responsabilidades".
"Nós estamos aqui para acolher e estamos para acolher todos, para receber bem todos", reforçou o autarca do PSD, referindo que "Lisboa é uma cidade aberta", disposta a acolher e a integrar os refugiados ucranianos, inclusive porque podem contribuir "para a inovação, para a tecnologia, para tudo aquilo que é o futuro de Lisboa que passa por essa diversidade".
Carlos Moedas deixou ainda uma mensagem a todos aqueles que estão a chegar da Ucrânia: "Têm aqui um presidente da câmara que também é presidente da câmara de todos eles, porque eles também são lisboetas, vão ser lisboetas e nós vamos acolher".
Para todos os ucranianos que precisam de ajuda e para todos os que querem ajudar, o município disponibilizou a linha telefónica 800 910 111 e o endereço de email sosucrania@cm-lisboa.pt, estando a decorrer no edifício dos Paços do Concelho a recolha de bens essenciais, num esforço conjunto da Câmara de Lisboa e das 24 juntas de freguesia da cidade.
Lusa
Portugal concedeu mais de 6.000 pedidos de proteção temporária
Portugal concedeu até hoje mais de 6.000 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra, revelou à Lusa o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Segundo a última atualização, o SEF aceitou desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, 6.178 pedidos de proteção temporária.
O Governo português concede proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra.
Aos requerentes de proteção temporária é atribuída, de forma automática, autorização de residência por um ano, que pode ser prorrogada duas vezes por um período de seis meses.
Estes pedidos podem ser apresentados nos centros nacionais de Apoio à Integração de Migrantes e nas delegações regionais do SEF.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras disponibiliza em todo o país 24 balcões de atendimento dedicados exclusivamente a cidadãos ucranianos.
O SEF tem também no Aeroporto de Lisboa uma estrutura para registar pedidos de proteção temporária para os cidadãos ucranianos que cheguem a Portugal por via aérea.
Biden anuncia exclusão da Rússia de regime de reciprocidade comercial
Os Estados Unidos e os aliados decidiram excluir a Rússia do regime recíproco normal que rege o comércio mundial, abrindo caminho à imposição de tarifas sancionatórias, anunciou hoje o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
"Também estamos a tomar medidas adicionais para banir setores-chave da economia russa, incluindo frutos do mar, vodka e diamantes", acrescentou Biden, referindo-se às novas medidas de sanção económica, por causa da invasão russa da Ucrânia, que retira Moscovo do chamado estatuto de "nação mais favorecida".
Os Estados Unidos e os aliados decidiram excluir a Rússia do regime recíproco normal que rege o comércio mundial, abrindo caminho à imposição de tarifas sancionatórias, anunciou hoje o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
"Também estamos a tomar medidas adicionais para banir setores-chave da economia russa, incluindo frutos do mar, vodka e diamantes", acrescentou Biden, referindo-se às novas medidas de sanção económica, por causa da invasão russa da Ucrânia, que retira Moscovo do chamado estatuto de "nação mais favorecida".
A cláusula da "nação mais favorecida" - conhecida nos Estados Unidos como "relação comercial permanente normal" - é a pedra angular do livre comércio internacional e refere-se a um princípio de reciprocidade e não discriminação que rege atualmente a maioria das relações comerciais entre os estados.
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Bolsas europeias têm primeiro ganho semanal desde início da guerra na Ucrânia
As bolsas europeias ganharam terreno esta sexta-feira e registaram o seu primeiro ganho semanal desde o início da ofensiva da Rússia na Ucrânia, com as perspetivas de crescimento económico e as conversações entre Moscovo e Kiev em foco.
O Stoxx 600 fechou a somar 0,95%, para se estabelecer nos 431,18 pontos, depois de ter chegado a estar a subir 2,7% – após o presidente russo, Vladimir Putin, ter dito que tinha havido "alguns desenvolvimentos positivos" nas conversações com a Ucrânia.
As cotadas dos serviços financeiros e das viagens lideraram os ganhos, ao passo que os títulos da energia e "utilities" (água, gás e luz) tiveram um desempenho negativo – apesar de os preços do petróleo seguirem agora em alta.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,4%, o francês CAC-40 valorizou 0,9%, o italiano FTSEMIB avançou 0,7%, o britânico FTSE 100 subiu 0,8% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,9%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,4%.
Petróleo volta a subir com insegurança em torno da guerra na Ucrânia
Os preços do "ouro negro" seguem a ganhar terreno, numa altura de grande volatilidade, com os os investidores a avaliarem ao minuto os desenvolvimentos da ofensiva russa na Ucrânia.
A invasão da Ucrânia pela Rússia e as sucessivas sanções económicas contra Moscovo continuam a deixar os investidores nervosos, numa altura em que se tenta analisar as implicações económicas também no resto do mundo.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 2,37% para 111,92 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 2,45% para 108,62 dólares por barril.
Ouro corrige das escaladas recentes
Por esta altura, o ouro mantém a tendência de desvalorização que tem acompanhado este metal precioso desde manhã. Pelas 16:30 estava a cair 0,65%, nos 1.984,06 dólares por onça.
A invasão na Ucrânia provocou uma autêntica corrida a este ativo, levando-o a atingir os 2.000 dólares por onça, contudo a indicação - por Vladimir Putin - de que as negociações estavam a ter avanços "positivos", pode ter refreado os ânimos dos investidores.
"Muitos fatores fundamentais, como a inflação e as dificuldades nas cadei+as de abastecimento, ainda permanecem, mas no curto prazo o mercado pode já ter absorvido grande parte desse impacto", indicou David Meger, diretor de negociação de metais da High Ridge Futures, citado pela Reuters, e acrescentando que os movimentos desta sexta-feira são uma correção dos picos recentes.
Dólar continua a valorizar-se face às divisas rivais
Com a invasão militar da Ucrânia a entrar na terceira semana, o dólar continua a mostrar-se um ativo forte, estando esta tarde a valorizar-se em relação às principais moedas.
A nota verde avança 0,28% face ao euro, 0,11% contra a libra esterlina, 0,38% em relação ao franco suíço e 0,83% em comparação com o iene japonês.
No total, perante um capaz composto por divisas riviais, o dólar avança 0,256%.
Progressos nas conversações animam Wall Street
As bolsas do outro lado do Atlântico abriram em alta, animadas pelo facto de o presidente russo, Vladimir Putin, ter dito hoje que houve alguns progressos nas conversações entre Moscovo e Kiev.
O índice industrial Dow Jones segue a somar 0,90% para 33.472,75 pontos e o Standard & Poor’s 500 avança 0,70% para 4.289,15 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite regista uma subida de 0,64% para 13.213,46 pontos.
Presidente ucraniano diz que a Ucrânia atingiu um "ponto estratégico de viragem"
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, dirigiu-se esta sexta-feira aos ucranianos, referindo que o país atingiu um "ponto estratégico de viragem" na guerra com a Rússia.
Num publicação disponível no site da presidência da Ucrânia, Zelensky nota que, ao 16.º dia de conflito, esse período de tempo "é quatro vezes maior" do que era antecipado pela Rússia.
"É impossível dizer quantos mais dias é que devemos ter de passar para libertar terra ucraniana. Mas é possível dizer que vamos consegui, porque estamos a lutar por isso. Já atingimos um pouco estratégico de viragem", continuam as declarações do político ucraniano.
E, nas mesma declarações, o presidente da Ucrânia destacou que a "União Europeia deve fazer mais".
Vladimir Putin vê avanços "positivos" nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia
O presidente russo indicou esta sexta-feira a existência de avanços "positivos" nas negociações de paz entre as delegações da Rússia e da Ucrânia. Citado pela agência de notícias Interfax, Vladimir Putin - à entrada para uma reunião com o chefe de Estado da Bielorrússia, - explicou que as conversações aconteciam "praticamente numa base diária".
"Houve alguns movimentos positivos aqui, disseram-me os nossos negociadores", adiantou Putin, sem dar pormenores, mas com a imprensa internacional a especular que se possa estar a referir à hipótese avançada esta semana pelo presidente ucraniano de que a Ucrânia possa aceitar ser um estado neutro, deixando cair a intenção da adesão à NATO.
Ainda assim, Volodymyr Zelensky assegurou que a Ucrânia não está disposta a ceder nenhuma parte do seu território, nem a abdicar da aquisão do estatuto de membro de União Europeia. Precisaria também de um cessar-fogo imediato, com garantias de segurança dadas pelos parceiros internacionais.
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Reconhecimento mais rápido de qualificações de ucranianos promulgado por Marcelo
O Presidente da República já promulgou o diploma que pretende simplificar o reconhecimento de qualificações aos refugiados, a troca de títulos de condução e a certificação profissional de motoristas. O documento tinha sido aprovado esta quinta-feira pelo Governo.
O "diploma que estabelece medidas excecionais no âmbito da concessão de proteção temporária a pessoas deslocadas a Ucrânia" foi promulgado esta sexta-feira por Marcelo Rebelo de Sousa, segundo informação publicada no site da Presidência da República.
Bruxelas propõe aos líderes mais 500 milhões em armas para exército ucraniano
UE pode ter mais 65 a 70 mil milhões de euros por ano para gastar na defesa
Em entrevista à rádio francesa Franceinfo, o comissário disse que caso os países europeus aumentassem o seu investimento na Defesa para o valor aconselhado pela NATO, cerca de 2% do PIB, a União Europeia teria disponíveis entre 65 a 70 mil milhões de euros a mais por ano para comprar armamento.
Apesar de investir mais na defesa do que a Rússia, o comissário europeu indicou que "tem de haver mais coordenação" entre os 27 de forma a "aumentar a eficácia" das forças europeias. Breton considerou que a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro, acelerou "esta tomada de consciência" por parte dos parceiros europeus.
Estas declarações ocorreram à margem do Conselho Europeu, que termina hoje em Versalhes, França, onde está prevista uma declaração que visa "aumentar substancialmente as despesas de defesa", relembrando o compromisso de defesa mútua dos 27. Este será um apelo importante especialmente para a Finlândia e a Suécia, dois Estados-membros que não pertencem à NATO e que recentemente foram alvo de ameaças por parte de Moscovo.
Mais de 2,5 milhões fugiram da Ucrânia
Cerca de 2,5 milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia, a grande maioria das quais para a Polónia, segundo informou esta sexta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU). Pelo menos metade da população da capital ucraniana fugiram da guerra desde que começaram os ataques por parte da Rússia.
"O número de refugiados da Ucrânia - tragicamente - chegou hoje aos 2,5 milhões", afirmou o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
De acordo com a ONU, destes 2,5 milhões de refugiados da Ucrânia que fugiram para países vizinhos, 116 mil são cidadãos de países terceiros. Além destes, outros dois milhões de pessoas fugiram das suas casas na Ucrânia, mas mantêm-se dentro do país.
The number of refugees from Ukraine — tragically — has reached today 2.5 million.
— Filippo Grandi (@FilippoGrandi) March 11, 2022
We also estimate that about two million people are displaced inside Ukraine.
Millions forced to leave their homes by this senseless war.
Petróleo em alta e a reduzir perdas semanais
Prestes a concluir uma semana agitada, marcada por subidas significativas e quedas acentuadas, o petróleo está a negociar com ganhos esta manhã.
As variações do petróleo têm estado sobretudo ligadas aos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e também aos comentários da OPEP+, onde a Rússia é um dos principais membros.
Esta sexta-feira, tanto o West Texas Intermediate (WTI) como o Brent do Mar do Norte estão a negociar com ganhos. O WTI, negociado em Nova Iorque, está a valorizar 1,59%, com o barril a cotar nos 109,24 dólares.
Por sua vez, o Brent, que serve de referência ao mercado português, está a avançar 3,04% para 112,50 dólares por barril.
Ao longo deste semana, o barril de Brent já negociou num intervalo extenso de preços: chegou a cotar nos 139 dólares por barril e, do lado dos valores mínimos, nos 105 dólares.
"Tempos de incerteza significam que os preços deverão provavelmente continuar a comportar-se de uma maneira volátil, particularmente tendo em conta a rigidez do mercado", diz Warren Patterson, estratega de commodities do ING Groep NV, em Singapura, citado pela Bloomberg.
Bolsa de Londres sem condições de reabrir a negociação de níquel
A negociação de níquel continua vedada esta sexta-feira na bolsa de Londres (LSE, na sigla em inglês), que anunciou que não estão reunidos os critérios para reabrir as transações. A suspensão foi anunciada a 8 de março depois dos preços terem duplicado e ultrapassado os 100 mil dólares, num valor nunca visto.
Na terça-feira, o metal -- que é utilizado no aço inoxidável e também nas baterias para carros elétricos -- chegou tocar no máximo histórico de 101.365 dólares por tonelada. Em apenas dois dias os ganhos aproximaram-se dos 250%.
Os critérios para retomar as negociações incluem "procedimentos operacionais para efetuar uma reabertura segura" e análise da possibilidade de "compensar posições longas e curtas" antes da reabertura, de acordo com um comunicado da LSE.
"Esses critérios ainda não foram cumpridos e, portanto, a negociação de níquel não será retomada", explicou, acrescentando que fará um novo comunicado ao mercado quando o grupo considerar que as condições estão reunidas.
Stoxx 600 a caminho do primeiro ganho semanal desde início da guerra
As bolsas europeias estão a recuperar das quedas da sessão anterior e negoceiam com ganhos, à exceção da bolsa de Amesterdão e de Milão.
Nesta altura, o Stoxx 600 está a valorizar 0,07% para 427,44 pontos e caminha para aquele que poderá ser o primeiro ganho semanal desde que a guerra chegou à Europa.
Nos setores regista-se uma tendência mista. Do lado dos ganhos, destaque para a subida das empresas das viagens, que valorizam 1,8%, e para o petróleo e gás, que sobem 1,38%. Já do lado das quedas destaca-se a banca, que cai 0,85% e o setor químico, a ceder 0,43%.
O PSI-20 está a somar 0,45%, destancado-se a subida da Ibersol em Lisboa, enquanto o espanhol IBEX avança 0,36% e o alemão DAX 0,31%. Nota ainda para o francês CAC 40 a subir 0,18% e para o inglês FTSE a avançar 0,64%, a maior subida nesta altura na Europa. Do lado das quedas, Amesterdão cede 0,29% e Milão 0,24%.
Juros de Itália a subir ligeiramente. Yield portuguesa acima de 1%
Os juros das dívidas soberanas estão a aliviar esta manhã, depois das significativas subidas registadas na sessão anterior, após o anúncio de Christine Lagarde sobre o BCE.
O BCE decidiu esta quinta-feira acelerar o ritmo da retirada progressiva dos estímulos monetários.
Esta manhã, os juros da dívida alemã a dez anos estão a aliviar 1,3 pontos base para 0,253%.
Já em Itália, os juros da dívida com a mesma maturidade estão a agravar 0,1 pontos base para 1,898%.
Na Península Ibérica, os juros de Espanha estão a recuar 0,6 pontos base para 1,258%. Em Portugal, cedem 0,1 pontos base, mantendo-se acima de 1%, mais concretamente nos 1,122%.
Euro cai há duas sessões. Dólar em alta após números da inflação nos EUA
O euro está a cair pela segunda sessão consecutiva, nesta altura a desvalorizar 0,04% face ao dólar norte-americano, para 1,0982 dólares. Na sessão anterior, a moeda única tombou 0,81% perante o rival norte-americano.
O euro recupera, assim, de parte das quedas vividas na sessão anterior, após o anúncio sobre política monetária do BCE.
Por sua vez, o dólar norte-americano está a valorizar 0,21% perante um cabaz composto por divisas rivais. Já na sessão anterior, após serem conhecidos os números da inflação nos EUA, o dólar registou ganhos de 0,55%.
Com o dólar em alta, nota também para o iene japonês, que caiu 0,58% perante o dólar, completando uma semana completa a vermelho. Esta sexta-feira é o dia de maior desvalorização, deixando o iene num mínimo de cinco anos perante o dólar.
Ouro a caminho da segunda semana consecutiva de ganhos
O ouro está a caminho da segunda semana consecutiva de ganhos, uma vez que a situação de guerra na Ucrânia e a incerteza que acarreta está a levar os investidores a procurar este tipo de ativo, visto como um refúgio.
Além da guerra, também a subida da inflação nos EUA está a fazer mexer a procura por este metal precioso.
Embora na semana o resultado esteja a caminho de ganhos, nesta altura o ouro desvaloriza 0,33% e a onça está a negociar nos 1.990,38 dólares. Ao longo da semana, o ouro chegou a ultrapassar confortavelmente o patamar dos 2 mil dólares por onça.
Na quinta-feira, por exemplo, o ouro chegou aos 2.070,44 dólares por onça, ficando a apenas cinco dólares de distância do máximo histórico de agosto de 2020.
Além do ouro, também a prata e a platina estão a desvalorizar, neste caso 0,17% e 0,19%, respetivamente, para valores de 25,83 dólares por onça e 1066,32 dólares por onça.
OMS pede à Ucrânia que destrua agentes patogénicos em laboratórios
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselhou a Ucrânia a destruir quaisquer agentes patogénicos que estejam nos laboratórios de saúde pública do país para diminuir o risco de propagação de doenças contagiosas no seguimento dos ataques russos, segundo noticia a Reuters.
"Como parte das suas funções, a OMS recomendou fortemente ao Ministério da Saúde da Ucrânia e a outros organismos responsáveis que destruam agentes patogénicos de alto risco para evitar quaisquer potenciais fugas", explicou a organização à agência.
Os principais receios prendem-se com a possibilidade de laboratórios de saúde pública em que decorra investigação a vírus e bactérias possa espoletar disseminações intencionais ou acidentais de agentes patogénicos junto da população ucraniana.
Presidente lituano anuncia início oficial do processo de integração da Ucrânia na UE
"Noite histórica em Versalhes". Foi assim que o presidente da República da Lituânia Gitanas Nauseda anunciou, na rede social Twitter, que foi dado início oficial ao processo de adesão da Ucrânia à União Europeia.
"Após cinco horas de acaloradas conversações, os líderes da UE disseram sim à integração europeia da Ucrânia. O processo começou. Agora, cabe-nos a nós e aos ucranianos alcançá-la rapidamente. A heróica nação ucraniana merece saber que é bem-vinda na UE", acrescentou Nauseda.
A historic night at Versailles. After five hours of heated discussions EU leaders said yes to Ukrainian eurointegration. The process started. Now it is up to us and Ukrainians to accomplish it fast. Heroic Ukrainian nation deserves to know that they are welcome in EU.
— Gitanas Nauseda (@GitanasNauseda) March 11, 2022
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou a 28 de fevereiro o pedido formal para a entrada do país na UE. "Estamos a dirigir-nos à UE sobre a integração imediata da Ucrânia através de um novo procedimento especial. Tenho a certeza que é possível", declarou na altura numa mensagem vídeo.
O procedimento especial que a Ucrânia pede não existe como tal e a integração na UE é um processo a longo prazo para aproximar a legislação do país candidato ao direito europeu. Exige negociações complexas sobre muitas questões e critérios difíceis de cumprir por um país em guerra, como a estabilidade política e uma economia de mercado funcional, necessitando também da aprovação unânime dos 27 países membros.
Futuros da Europa antecipam abertura em terreno positivo
Na Ásia, a sessão desta sexta-feira, já concluída, fica marcada pelas quedas dos índices japoneses e do índice Hang Seng, em Hong Kong, que tombou devido às tecnológicas. Nos mercados asiáticos as ligações à Rússia, nomeadamente de países como a China, pesaram, assim como a reação à subida da inflação dos EUA.
A inflação na maior economia do mundo atingiu os 7,9%, renovando um máximo com 40 anos.
Na Europa, os futuros apontam para um cenário diferente, já que os futuros do Stoxx 50 estão a valorizar 1,099%. A tendência positiva é também visível nos futuros da praças como Londres (1,075%) ou de Paris (0,903%).
Mais uma vez, o foco dos investidores estará nos desenvolvimentos ligados à guerra na Ucrânia. Ao longo dos últimos dias, sinais como reuniões entre as duas partes têm dado algum otimismo aos investidores.
Durante a sessão na Ásia esta sexta-feira, os índices japoneses Topix e Nikkei fecharam no vermelho, com quedas de 1,67% e 2,05%, respetivamente. Em Xangai, o índice avançou 0,41%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng recuou 1,36%.
Pelo menos um morto em bombardeamentos esta madrugada
Os ataques das tropas russas à Ucrânia continua a avançar, com o relato de bombardeamentos nas cidades de Lutsk e Dnipro durante a madrugada. A base aérea de Lutsk terá ficado destruída, de acordo com o The Guardian. Em Dnipro, os alvos mais afetados terão sido um jardim de infância, um prédio de habitação e uma fábrica de sapatos. Pelo menos, um civil morreu esta noite.
Russian strikes also hit Dnipro in central Ukraine pic.twitter.com/6Gn7WymkoJ
— Michael A. Horowitz (@michaelh992) March 11, 2022