Notícia
Europa pinta-se de vermelho à espera da Fed. Juros da dívida portuguesa em mínimos de um ano
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Europa pinta-se de vermelho à espera de decisão da Fed e palavras de Powell
Os principais índices europeus terminaram a sessão maioritariamente no vermelho, depois de terem negociado a maior parte do dia em alta.
Os investidores estão a aguardar uma decisão da política monetária da Reserva Federal norte-americana, após terem sido conhecidos dados económicos, nomeadamente a inflação e os preços no produtor nos Estados Unidos, que evidenciaram que as pressões inflacionistas continuam a abrandar.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, acabou por terminar o dia praticamente inalterado a deslizar 0,05% para 472,26 pontos. A registar as maiores quedas esteve o setor das telecomunicações, que caiu 1,37%, penalizado por uma queda da Telefonica (-3,39%) que foi impactada pela exposição à Argentina, depois de o novo governo ter decidido desvalorizar a moeda do país.
Já o retalho e o automóvel perderam mais de 0,9%.
Já o setor de produtos químicos subiu 1,2%, depois das recomendações do UBS para as ações da BASF e Arkena terem sido revistas em alta.
Os investidores viram-se agora para os Estados Unidos, com as expectativas do mercado a preverem que a Reserva Federal mantenha as taxas de juro diretoras inalteradas pela terceira reunião consecutiva.
Os investidores deverão ainda atentar no "dot plot" - mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores, à procura de pistas sobre quando poderão acontecer os primeiros cortes de juros.
"O mercado pode ter avançado rápido demais em termos de expectativas para a Fed", disse à Bloomberg Frederique Carrier, analista da RBC wealth Management.
"Achamos que a Fed vai tentar acalmar algum deste otimismo. Apesar de começar a existir algum abrandamento no mercado laboral, tal não é suficiente para a Fed dar um passo atrás em termos de taxas de juro", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 0,15%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,16%, o italiano FTSEMIB recuou 0,15% e o espanhol IBEX 35 desceu 0,22%.
Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,11% e o britânico FTSE 100 avançou 0,08%.
Petróleo avança mais de 1,5% com queda dos stocks nos Estados Unidos
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, a recuperarem dos mínimos de mais de cinco meses estabelecidos na sessão de ontem, sustentados pela diminuição dos inventários de crude nos EUA.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 1,50% para 69,64 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,53% para 74,36 dólares.
Isto depois de ontem terem caído para mínimos de 27 de junho, à conta dos receios de uma menor procura.
No entanto, a Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) revelou hoje que na semana passada as reservas de crude recuaram 4,59 milhões de barris, contra os 2,3 milhões de barris estimados ontem pela associação comercial norte-americana American Petroleum Institute (API).
Na semana homóloga do ano passado, os stocks de crude aumentaram em 10,2 milhões de barris.
Esta queda é sinal de que as empresas de energia continuam com uma boa procura por crude, o que animou o sentimento dos investidores.
Juros da dívida portuguesa em mínimos de um ano
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro terminaram a sessão desta quarta-feira a aliviar, num dia em que os investidores estiveram a antecipar uma decisão da política monetária da Reserva Federal norte-americana esta quarta-feira.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 6,4 pontos base para 2,810%, o valor mais baixo desde 7 de dezembro de 2022. A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, cedeu 5,4 pontos base para 2,169%.
A rendibilidade da dívida espanhola desceu 6,9 pontos base para 3,167%, enquanto os juros da dívida italiana aliviaram 7,6 pontos base para 3,921% e os da dívida francesa recuaram 6 pontos base para 2,709%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviaram 13,5 pontos base para 3,825%.
Ouro recua e dólar avança antes da Fed
O ouro está a negociar ligeiramente em baixa, numa altura em que os investidores aguardam o resultado de uma decisão de política monetária da Reserva Federal que será conhecida esta quarta-feira.
O ouro cede 0,03% para 1.978,86 dólares por onça.
O metal precioso está a ser penalizado por uma ligeira subida do dólar, o que torna o metal mais dispendioso para compradores com moeda estrangeira.
A nota verde avança 0,05% para 0,9269 dólares, enquanto o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da divisa norte-americana contra outras moedas rivais – soma 0,04% para 103,909 pontos.
O foco vira-se agora para as palavras do presidente da Fed, Jerome Powell, com o mercado a tentar perceber quando poderão acontecer os primeiros cortes de juros. De acordo com a ferramenta CME FedWatch, consultada pela Reuters, os "traders" apostam em 49% para a possibilidade de um corte em março e 79% em maio.
Preços no produtor dão ganhos a Wall Street. Fed centra atenções
Os principais índices em Wall Street abriram em alta esta quinta-feira, numa altura em que os investidores avaliam os preços no produtor de novembro nos Estados Unidos, em antecipação de uma decisão de política monetária da Reserva Federal norte-americana que será conhecida esta quarta-feira.
O Dow Jones desliza 0,03%, para os 36.567,83 pontos, enquanto o S&P 500 avança 0,13% para os 4.649,87 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,44% para os 14.597,19 pontos.
Os números do Departamento do Trabalho norte-americano mostraram que o índice de preços no produtor subiu 0,9% em termos homólogos no mês de novembro. Um valor que fica abaixo da subida de 1% estimada pelos economistas ouvidos pela Reuters.
Em termos de variação mensal os preços no produtor mantiverem-se inalteradas, face a expectativas de um aumento de 0,1%.
Os últimos dados económicos, que incluem a inflação divulgada na terça-feira e os preços no produtor conhecida na quarta-feira, cimentam as expectativas do mercado de que as taxas diretoras, definidas pela Reserva Federal, já atingiram o pico. Os cortes deverão, por isso, começar no primeiro trimestre do próximo ano, estimam os "traders".
As atenções viram-se agora para a última reunião de política monetária do ano da Fed. O mercado espera que o banco central dos EUA mantenha os juros inalterados e irá procurar, no discurso do presidente Jerome Powell, pistas sobre quando poderão acontecer os primeiros cortes de juros.
O Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) vai também divulgar o "dot plot", mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores, que deverá também centrar atenções.
Entre os movimentos de mercado a Tesla recua 0,38%, após ter anunciado que vai chamar à oficina dois milhões de veículos da marca por defeitos no sistema de piloto automático.
Taxa Euribor desce a três e a seis meses e sobe a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a terça-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,925%, ficou abaixo da de seis meses (3,945%) e acima da de 12 meses (3,758%).
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, avançou hoje para 3,758%, mais 0,004 pontos do que na terça-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do BdP referentes a outubro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,8% do "stock" de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,9% e 23,6%, respetivamente.
Em sentido contrário, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, caiu hoje, para 3,945%, menos 0,015 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
A Euribor a três meses também baixou hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,925%, menos 0,003 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.
A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se na quinta-feira.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Ganhos ligeiros marcam compasso de espera na Europa antes da Fed. Entain escala 4% com demissão de CEO
Depois de alcançar máximos de fevereiro do ano passado, no início desta semana, o arranque da sessão desta quarta-feira foi marcado por um tempo de calma e um compasso de espera, refletido em ganhos ligeiros, antes da última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 ganha 0,15% para 473,42 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice de referência do bloco, as ações das empresas de produtos químicos comandam a tabela dos ganhos, enquanto as "telecom" e o setor energético lidera as perdas, num dia em que o petróleo perde tanto em Londres como em Nova Iorque.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt soma 0,10%, Londres ganha 0,21% e Paris arrecada 0,38%.
Madrid sobe 0,15%, Milão valoriza 0,15%e Amesterdão acumula 0,28%. Por cá, a bolsa de Lisboa segue a tendência as principais bolsas do bloco e arrecada 0,22%.
Os investidores estão à espera das conclusões da reunião Fed e do discurso posterior do presidente da autoridade monetária Jerome Powell, por volta das 19 horas (em Lisboa). Desde julho que a taxa dos fundos federais se tem mantido inalterada, e a crença do mercado é que após este encontro não será exceção.
No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma probabilidade de cerca de 98% de que a Fed volte a não mexer na taxa dos fundos federais, que se situa atualmente num intervalo entre 5,25% e 5,5%.
A reunião da Fed ocorre um dia depois de terem sido divulgados os dados sobre a evolução do índice de preços no consumidor nos EUA em novembro.
A taxa homóloga da inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços no consumidor, abrandou para 3,1% em termos homólogos em novembro, o que compara com os 3,2% registados em outubro, de acordo com os dados oficiais publicados esta terça-feira.
No entanto, em termos mensais foi registada uma subida inesperada, de 0,1%.
Os investidores estão atentos às ações da Entain, que escalam 4,44%, depois de a CEO da empresa se ter demitido na sequência do pagamento de uma indemnização de 615 milhões de libras, o equivalente a 713,65 milhões de euros à taxa de câmbio atual, para fechar uma investigação sobre alegados crimes de suborno.
O gigante do luxo LVMH sobe 0,82%, apesar dos cortes na recomendação, realizados pelos analistas do BNP Paribas e pelo JPMorgan Chase.
Juros aliviam na Zona Euro e nos EUA
Os juros aliviam na Zona Euro e nos Estados Unidos, com os olhos postos no outro lado do oceano, onde a Reserva Federal (Fed) termina a última reunião de política monetária do ano.
Além da decisão sobre o que acontecerá à taxa dos fundos federais após este encontro, há mais uma pergunta a longo prazo no ar: a esperança incorporada no preço de vários contratos no mercado de derivados sobre corte de juros já a partir do próximo ano é justificada?
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – referência para o mercado europeu – alivia 2,3 pontos base para 2,2%.
Os juros da dívida portuguesa, que vence em 2033, subtrai 2,2 pontos base para 2,853%, enquanto a rendibilidade das obrigações espanholas com a mesma maturidade cede 2 pontos base para 3,216%.
A "yield" dos títulos italianos a 10 anos cai 1,6 pontos base para 3,980%, estando o "spread" face ao "benchmark" alemão em 177,7 pontos base, quase a metade daquela que é vista como a "linha vermelha" do BCE (250 pontos base).
Fora da Zona Euro, nos EUA, os juros das "treasuries" com a mesma maturidade aliviam 1,3 pontos base para 4,187%.
Dólar dá passos ligeiros de olhos postos em Powell. Moeda da Nova Zelândia em queda
O dólar avança ligeiramente (0,07%) para 1,0786 dólares. Numa perspetiva mais ampla, também o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – sobe 0,07% para 103,935 pontos.
O movimento ocorre antes de serem conhecidas as conclusões da reunião de política monetária da Fed, que termina esta quarta-feira. No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma probabilidade de cerca de 98% de que a Fed volte a não mexer na taxa dos fundos federais, que se situa atualmente num intervalo entre 5,25% e 5,5%.
Os investidores vão querer ainda saber, se sempre se pode contar com cortes de juros diretores nos EUA a partir do próximo ano, como já está a ser incorporados nos preços de alguns derivados sobre taxas de juro.
O dólar da Nova Zelândia cede 0,83% para 0,6086 dólares, depois de um conjunto de dados macroeconómicos referentes a novembro, ter levado vários economistas, citados pela Bloomberg, a cortar nas estimativas sobre a inflação.
Ouro brilha antes da reunião da Fed
O ouro soma ganhos, horas antes de ser conhecido o futuro dos juros diretores nos EUA, depois da última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana deste ano, que termina esta quarta-feira.
O metal amarelo valoriza 0,11% para 1.981,69 dólares por onça.
No mercado de "swaps", os investidores apontam para uma probabilidade de cerca de 98% de que a Fed volte a não mexer na taxa dos fundos federais, que se situa atualmente num intervalo entre 5,25% e 5,5%.
A reunião da Fed ocorre um dia depois de terem sido divulgados os dados sobre a evolução do índice de preços no consumidor nos EUA em novembro.
A taxa homóloga da inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços no consumidor, abrandou para 3,1% em termos homólogos em novembro, o que compara com os 3,2% registados em outubro, de acordo com os dados oficiais publicados esta terça-feira.
No entanto, em termos mensais foi registada uma subida inesperada, de 0,1%.
Petróleo cede à boleia de aumento de exportações russas e produção dos EUA
O petróleo desvaloriza tanto em Londres como em Nova Iorque, ampliando as perdas da última sessão, à medida que o aumento das exportações russas e da produção norte-americana de crude intensificam a preocupação sobre a possibilidade de excesso de oferta.
O West Texas Intermediate – negociado em Nova Iorque – cai 0,63% para 68,18 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cede 0,61% para 72,79 dólares por barril.
A média semanal de exportações de petróleo russo, por via marítima, subiu para máximos de julho. Paralelamente, os EUA reviram em alta as estimativas de produção para esse ano.
Atualmente os "timespreads" referentes à curva dos contratos de futuros mantêm-se numa situação de "contango", ou seja, quando os contratos de futuros têm preços superiores aos de entrega imediata ou de mais curto prazo.
Investidores desapontados com conferência de líderes chineses. Hong Kong e Xangai perdem 1%
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50, que vencem no final deste mês, negoceiam de forma praticamente inalterada (0,00%), depois de terem chegado a subir 0,31%.
Também os contratos deste tipo de derivado sobre o alemão DAX negoceiam na linha de água (0,03%), numa altura que os investidores aguardam as conclusões da reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana, que termina esta quarta-feira. Por volta das 19 horas em Lisboa, o mercado ficará a saber o futuro dos juros diretores nos EUA.
Na Ásia, as ações chinesas comandaram as perdas, depois de a Conferência da Economia do Trabalho do Partido Comunista – em que estiveram presentes vários líderes chineses, a começar pelo Presidente Xi Jinping- ter dececionado os investidores.
O mercado esperava ouvir conclusões que apontassem para um estímulo mais forte da economia, mas a cúpula de líderes ficou-se por definir a política industrial como uma prioridade. Assim, Xangai deslizou 1,1% e Hong Kong perdeu 1,3%.
No Japão, o Nikkei valorizou 0,25% e o Topix avançou ligeiramente (0,07%). Na Coreia do Sul, o Kospi derrapou 0,97%.