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Boas contas trimestrais ofuscam receios com delta e dão ganhos à Europa. Petróleo dispara mais de 4%
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Boas contas trimestrais ofuscam receios com delta e dão ganhos à Europa
As bolsas europeias encerraram em alta, pela segunda sessão consecutiva, com os resultados trimestrais acima do esperado de cotadas de peso a acalmarem o nervosismo em torno da variante delta da covid-19 que desencadeou um movimento de selloff no arranque da semana.
O Stoxx 600 fechou a somar 1,65%, para 453,97 pontos, naquela que foi a maior subida desde inícios de maio.
Isto depois de pelo menos 14 membros do índice de referência terem reportado contas superiores às estimativas dos analistas.
As cotadas dos setores cíclicos, como as viagens & lazer e a energia, lideram os ganhos do Stoxx 600.
A SML Holding dispatou 3,1% depois de anunciar que as encomendas de máquinas para o fabrico de semicondutores de ponta aumentaram para um nível recorde.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o destaque vai para o espanhol IBEX 35, que teve o melhor desempenho ao pular 2,5%, animado sobretudo pelas cotadas da banca e pela Inditex (dona da Zara).
Já o alemão Dax somou 1,4%, o francês CAC-40 valorizou 1,9%, o italiano FTSEMIB avançou 2,4% e o britânico FTSE 100 subiu 1,7%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 1,6%.
Ouro em queda com apetite pelo risco de volta. Euro subiu
O ouro perdeu terreno na sessão desta quarta-feira, pelo segundo dia seguido, numa altura em que os investidores deram preferência aos ativos de maior risco como as ações.
O metal precioso, considerado um ativo de refúgio que tende a ganhar força com a queda no mercado de ações, tombou hoje 0,36% para os 1.803,76 dólares por onça.
Já o euro ganhou terreno frente ao dólar norte-americano (+0,14%), depois de quatro dias consecutivos a perder terreno. A libra voltou também aos ganhos (0,42%), ofuscando a subida de casos de covid-19, por agora, no Reino Unido.
Petróleo dispara mais de 4% com maior apetite pelo risco
Os preços do crude seguem em terreno positivo, animados pelo aumento do apetite pelo risco, apesar da subida dos stocks nos EUA.
Os inventários norte-americanos de crude aumentaram em 2,11 milhões de barris na semana passada, depois de oito semanas consecutivas em queda.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em agosto sobe 4,78% para 70,41 dólares por barril.
Já o contrato de setembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 4,14% para 72,22 dólares.
O petróleo está a ser "favorecido pelo aumento do apetite pelo risco. Este apoio surge na sequência das quedas acentuadas registadas nas últimas sessões de negociação, desencadeadas pela apreensão sobre o impacto que a variante Delta poderá ter na velocidade de recuperação económica, bem como do acordo entre os países OPEP + para aumentar a produção", sublinha Ricardo Evangelista, analista sénior da ActivTrades, na sua análise diária.
Wall Street anima com resultados trimestrais acima das expectativas
Os principais índices de Wall Street estão a negociar em terreno positivo, num dia em que o calendário de resultados trimestrais de gigantes como a a Verizon ou a Coca-Cola estão a desviar o foco dos investidores dos receios ligados à covid-19.
Por esta altura, os três principais índices dos Estados Unidos estão a valorizar. O Dow Jones avança 0,73% para 34.765,08 pontos, o tecnológico Nasdaq valoriza 0,26% para 14.536,99 pontos e o S&P 500 aprecia 0,33% para 4.337,26 pontos.
A subida do S&P 500 está a ser impulsionada pelas ações do setor financeiro e industrial. As gigantes Verizon e Coca-Cola revelaram esta quarta-feira resultados financeiros acima das expectativas dos analistas. No caso da Coca-Cola, que aponta que as vendas estão a recuperar, a empresa atualizou as previsões para o resto do ano, antecipando que as receitas cresçam entre 12 a 14%, em vez da anterior previsão de crescimento das receitas a um dígito único "elevado".
Até agora, 85% das cotadas do S&P têm apresentado resultados financeiros acima das expectativas dos analistas, apontam os dados compilados pela Bloomberg.
Europa pintada de verde, com turismo e retalho a brilhar
As principais praças da Europa estão a valorizar na manhã desta quarta-feira, com os principais índices a registar ganhos superiores a 1%, encaminhando-se para a segunda sessão positiva desta semana.
O Stoxx 600, o índice de referência que agrupa as 600 maiores cotadas do velho continente, avança por esta altura 1,23%. Na Europa, a manhã está a ser marcada pela valorização dos principais setores.
Em destaque está o setor do turismo e lazer, que valoriza nesta altura 4,23%. Também o setor do retalho está em destaque, com ganhos de 2,29%.
Nas principais praças europeias, só o índice alemão foge por esta altura à tendência de ganhos acima de 1%: o alemão DAX valoriza 0,56%. Já o espanhol IBEX 35 está a valorizar 1,8%. O francês CAC 40 ganha 1,43%, o inglês FTSE 100 valoriza 1,66% e o PSI-20 avança 1,34%.
Juros agravam-se em vários países da Europa
Esta manhã os juros da dívida de vários países europeus estão a agravar-se. A yield da Alemanha a dez anos sobe 0,5 pontos base (p.b) para -0,408%. Já os juros da dívida de Itália, com a mesma maturidade, agravam-se 1,1 p.b para 0,696%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida de Portugal a dez anos sobem 0,9 p.b para 0,239%. Em Espanha, os juros da dívida com a mesma maturidade agravam-se 0,8 p.b para 0,267%.
Petróleo recupera. Brent aproxima-se dos 70 dólares por barril
O petróleo está a recuperar na sessão desta quarta-feira, depois de os preços do ouro negro terem afundado no arranque da semana, após os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) terem chegado a acordo relativamente aos volumes de produção a partir de agosto. Os preços do petróleo chegaram a cair cerca de 7% na segunda-feira.
Por esta altura, na manhã desta quarta-feira, o WTI está a avançar 0,33%, com o barril a negociar nos 67,42 dólares.
Já o brent, que serve de referência a Portugal, regista ganhos de 0,39%, com o barril nos 69,62 dólares.
Apesar de os preços do petróleo estarem a recuperar, continuam a existir preocupações de que a variante delta possa vir a abrandar a procura por petróleo em várias economias.
Euro perde força perante a nota verde
O euro, a moeda única, está a perder terreno perante o dólar. Por esta altura, o euro cai 0,20% face ao dólar, para 1,1757 dólares.
Já a libra esterlina está a ceder 0,21% face ao rival norte-americano, nos 1,3599 dólares.
Do outro lado do Atlântico, o dólar está a avançar 0,23% esta manhã, de acordo com o índice que mede o desempenho desta divisa perante um cabaz composto por outras moedas rivais.
Ouro cede, mas continua acima dos 1.800 dólares por onça
O ouro está a ceder 0,16%, a negociar nos 1.807,41 dólares a onça, com este metal precioso a estabilizar acima da fasquia dos 1.800 dólares por onça.
Os analistas ouvidos pela Bloomberg apontam que, com os investidores atentos aos desenvolvimentos ligados à covid-19 e ao aumento de casos, o metal precioso continuará estável.
Na sessão desta terça-feira, o ouro terminou o dia a cair 0,13%, nos 1.810,36 dólares por onça.
Investidores atentos a novas variantes. Bolsas asiáticas recuperam
Os futuros apontam para mais um dia em que os investidores vão continuar de olhos postos nas novas variantes da covid-19 e nas consequências que o aumento de casos poderá ter na recuperação económica.
Nas bolsas asiáticas, os principais índices fecharam a sessão em alta ligeira, após os tombos verificados nas sessões anteriores. O japonês Nikkei terminou a sessão com ganhos de 0,58% e o Topix avançou 0,82%.