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Europa fecha no vermelho. Stellantis afunda 8,69%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Europa fecha no vermelho. Stellantis afunda 8,69%
As ações europeias caíram, naquele que foi o dia mais movimentado da época de resultados empresariais, na sequência de relatórios pouco animadores de uma série de empresas, incluindo a Kering, a Stellantis e a Nestlé.
No fecho, o índice Stoxx 600 - de referência para o continente europeu - caiu 0,72% para 508,63 pontos. Já o índice francês CAC-40 afundou 1,15% para 7.427,02 pontos, elevando para cerca de 10% o total de quedas desde o pico de maio.
As principais praças europeias fecharam em terreno vermelho, com o índice britânico a ser o único que registou ganhos. O alemão DAX cedeu 0,48% para 18.298,72 pontos, o italiano FTSEMIB recuou 2,03%, enquanto o espanhol IBEX registou perdas ao desvalorizar 0,58%.
O AEX, em Amesterdão, decresceu 0,54%, enquanto o índice britânico FTSE, único a registar ganhos, somou 0,40% para 8.186,35 pontos.
O setor mais penalizado é o das tecnologias, que derrapou 2,75% para 815,66 pontos. Também o setor automóvel registou perdas significativas ao tombar 1,68% para 609,74 pontos. O setor das telecomunicações apontou ganhos, ao ter somado 0,99%, após o fecho europeu.
A Nestlé caiu 5,07% ao baixar as suas perspetivas de vendas para o ano, enquanto a Stellantis afundou 8,69%, após o declínio dos seus lucros no primeiro semestre do ano.
Juros na Zona Euro agravam-se em toda a linha
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro registaram esta quinta-feira agravamentos em toda a linha, depois de ontem se ter registado um cenário semelhante. Mais uma vez, os investidores mostram-se aversos ao risco mas optam por outros ativos refúgio.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravou-se em 2 pontos base para 3,039%. Também a rendibilidade da dívida pública italiana diminuiu 2,2 pontos para 3,774%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola caiu 2 pontos para 3,236%.
Em relação aos juros da dívida francesa, com prazo a dez anos, agravaram 1,1 pontos base para 3,118%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, e de referência para a região, registou um agravamento de 1,3 pontos para 2,414%.
Por sua vez, rendibilidade da dívida pública britânica caiu 1,3 pontos para 4,128%.
Iene continua "rally" após ter atingido máximos de seis semanas
O iene continua o seu "rally". Ainda assim, após a abertura da Bolsa de Nova Iorque, os ganhos do iene diminuíram, devido a investidores que procuraram maximizar os seus lucros, enquanto o dólar encontrou apoio após um relatório mais forte do que o esperado sobre o crescimento económico dos EUA – segundo um relatório preliminar o crescimento foi de 2,8% anualizados no segundo trimestre.
Face ao iene - que atingiu um máximo de seis semanas - o dólar recua agora 0,03% para 153,850 ienes. A divisa norte-americana está ainda a ser pressionada pela consolidação de expectativas em relação a um alívio na política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O euro encontra-se a valorizar 0,18% para 1,0860 dólares, enquanto a libra recua 0,20% para 1,2881 dólares.
O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da moeda em relação às suas principais rivais – recua 0,129% para 104,262.
Brent cai pressionado por menor procura da China
O petróleo caiu, pressionado por um cenário geral vivido nas restantes "commodities" - que se encontram a negoiar em baixa. Também uma fraca perspetiva em relação à economia chinesa tem influenciado os preços do "ouro negro".
O West Texas Intermediate, que registou o seu valor mais baixo desde o início de junho, segue praticamente inalterado 0,01%, para os 77,58 dólares. Por sua vez, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,24% para 81,51 dólares.
Pequim aliviou ainda mais a política monetária esta quinta-feira, mas há uma preocupação subjacente de que o abrandamento económico da segunda maior economia mundial irá prejudicar a procura de petróleo.
Na China, as importações de crude na primeira metade do ano recuaram 2,3% em relação ao período homólogo. O país asiático é o maior importador mundial desta matéria-prima.
Ouro cai para mínimo de duas semanas
O ouro caiu para um mínimo de duas semanas, depois dos EUA terem indicado um crescimento do produto interno bruto (PIB) melhor do que o esperado, que ajudou a aliviar as expectativas de que a Reserva Federal Norte Americana (Fed) precisa de reduzir as taxas de juro em breve para evitar uma recessão.
O metal amarelo cai 1,38%, para os 2.364,650 dólares por onça. Esta queda surge após o ouro ter registado máximos históricos, durante a semana passada, impulsionados pela expectativa de que um corte nas taxas de juro poderá estar para mais cedo do que o esperado.
A economia dos EUA cresceu 2,8% no segundo trimestre, o dobro do que tinha crescido nos primeiros três meses do ano, de acordo com uma estimativa preliminar do Governo dos EUA.
Apesar disso, "os dados económicos não são bons para o ouro", disse à Bloomberg, Bart Melek, responsável global pela estratégia de mercadorias na TD Securities. Isto porque a venda de ações no meio de volumes de transações mais elevados empurrou o ouro para baixo.
O metal amarelo subiu cerca de 15% este ano, em parte devido à compra pelos bancos centrais, mas também pela sua utilização como ativo de refúgio durante as atuais tensões geopolíticas e a tumultuosa campanha presidencial nos EUA.
Wall Street abre mista, após EUA registarem crescimento económico
Os principais índices norte-americanos abriram mistos esta quinta-feira, com os investidores confortáveis com os dados de crescimento económico dos EUA mais fortes do que o esperado - isto, um dia depois de as ações das empresas com maior capitalização bolsista terem conduzido à maior queda em Wall Street desde o final de 2022.
O principal índice norte-americano abre a cair 0,05% para 5.424,48 pontos, enquanto o Nasdaq Composite regista uma maior descida, ao recuar 0,39% para os 17.262,46 pontos.
Já o Dow Jones é o único índice a reportar ganhos na abertura da bolsa, ao subir 0,22% para 39.942,07 pontos.
Num dia em que empresas como a Ford e a IBM irão estar debaixo de lupa, após terem apresentado os seus resultados trimestrais, algumas das maiores tecnológicas continuam a cair, depois de ontem terem registado perdas expressivas.
A Ford, que registou perdas de 35% no seu relatório trimestral, cai 12,66% na abertura de Wall Street. Já a IBM, que também apresentou resultados, sobe 4,51%, isto depois de os seus resultados terem sido melhores do que os analistas esperavam.
A Nvidia perde 2,25%, a Apple regista um recuo de 0,58%, a Alphabet, empresa-mãe da Google, cai 1,60%, enquanto a Meta regista perdas de 1,88%.
A Tesla, que ontem tombou mais de 12% após o fecho da bolsa, regista hoje uma subida de 2,71%.
Estes valores chegam após um crescimento económico sólido por parte dos EUA, na primeira metade do ano, com a economia a crescer 2,8% no segundo trimestre, de acordo com os novos números do Departamento do Comércio dos EUA divulgados durante o dia de hoje.
"Sangria" na Europa com resultados desapontantes e "sell-off" das tecnológicas a pressionar
As bolsas europeias estão a ser bastante pressionadas por resultados trimestrais despontantes de várias empresas, numa altura em que os investidores estão a abandonar as ações tecnológicas.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recua 1,41% para 505,08 pontos. Quase todos os setores que compõe este índice estão no vermelho, com o dos media a liderar as perdas (-4,36%), seguido do das tecnologias (-2,59%). Só o setor dos bens domésticos está a negociar em terreno positivo, ao avançar 0,03%.
O setor dos media está a ser pressionado pelas quedas do Universal Music Group, que derrapa 26,43% para 20,88 euros e alcança o primeiro lugar no pódio das desvalorizações. No segundo trimestre do ano, a empresa registou uma desaceleração no crescimento dos seus segmentos de "streaming" e de subscrições.
O segundo lugar do pódio é ocupado pela Jerónimo Martins que afunda 17,60% para 16,10 euros, depois de ter apresentado uma queda nos lucros do primeiro semestre do ano de 29%.
O setor tecnológico europeu está a ser pressionado por um "sell-off" das ações tecnológicas nos EUA, depois do Nasdaq Composite ter perdido quase 4% na sessão de quarta-feira – a maior queda diária desde finais de 2022.
"O ‘sell-off’ das ações tecnológicas que se registou nos EUA está a contagiar as bolsas globais, mas isto é apenas uma coisa do presente. No longo prazo, os lucros vão acabar por ser muito mais importantes", afirma Ben Laidler, estratega da Bradesco BBI, à Reuters.
Entre as principais praças europeias, todas registaram perdas. O alemão DAX recua 1,21%, o italiano FTSEMIB cede 2,32%, enquanto o espanhol IBEX cai 1,52%. Já o AEX, em Amesterdão, decresce 1,38%, enquanto o francês CAC-40 desvaloriza 1,89% e o britânico FTSE desliza 0,93%. A bolsa de Lisboa é a que mais desvaloriza entre as congéneres europeias, ao cair 3,14%.
Wall Street no vermelho leva ouro a ceder mais de 1%
Os preços do ouro prolongam as quedas dos últimos dias e estão a recuar mais de 1% para o valor mais baixo das últimas duas semanas. A pressão para o metal amarelo surge com o facto de os investidores estarem a obter lucros com a queda das ações - o que fez os três principais índices bolsistas dos EUA encerrarem a sessão de ontem no vermelho, na maior queda registada desde 2022.
A queda das ações, dizem os analistas, pode pode ter pesado na procura de todos os ativos, mesmo aqueles considerados seguros, como o ouro.
O metal amarelo cai 1,09% para 2.371,65 dólares por onça. Ainda assim, o ouro continua a subir cerca de 15% este ano e atingiu um novo recorde este mês, em parte alimentado por uma onda crescente nas apostas de uma política monetária mais flexível por parte da Reserva Federal.
Os investidores estarão atentos aos dados divulgados esta sexta-feira sobre as despesas de consumo pessoal - ou PCE, na sigla inglesa, a medida de inflação preferida do banco central para avaliar a evolução da inflação nos EUA. O mercado prevê umabrandamento das pressões sobre os preços, o que poderá levar os investidores a aumentarem as apostas numa redução das taxas de juro.
Iene atinge máximos de seis semanas. Dólar perde com aumento das expetativas de um corte nos juros
O iene continua o seu "rally" em relação ao dólar e atinge máximos de seis semanas, numa altura em que as pressões sobre o banco central japonês continuam a aumentar.
O dólar recua assim 0,90% para 152,51 ienes. A divisa norte-americana está ainda a ser pressionada pela consolidação de expectativas em relação a um alívio na política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Na quarta-feira, o antigo presidente da Fed de Nova Iorque, Bill Dudley, disse à Bloomberg que o banco central norte-americano devia começar a cortas nas taxas de juro já na próxima reunião.
O índice do dólar – que mede a força da moeda em relação às suas principais concorrentes – recua 0,13%. O euro encontra-se a valorizar 0,07% para 1,0848 dólares, enquanto a libra recua 0,16% para 1,2886 dólares.
Desacelaração económica na China pressiona preços do petróleo
Os preços do petróleo estão a negociar em baixa e a acompanhar o cenário geral vivido nas restantes "commodities", numa altura em que as perspetivas económicas na China estão cada vez mais desanimadoras para os investidores – mesmo com o banco central chinês a aliviar a sua política monetária.
O West Texas Intermediate (WTI) desliza 0,92 % para 76,88 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,84% para 81,02 dólares.
Apesar destas perdas, a procura por crude nos EUA continua robusta. O Departamento de Energia norte-americano divulgou, na quarta-feira, que os stocks de petróleo no país diminuíram pela quarta semana consecutiva, desta vez em 3,74 milhões de barris.
Já na China, as importações de crude na primeira metade do ano recuaram 2,3% em relação ao período homólogo, o que está a criar uma grande pressão sobre os preços. A China é a maior importadora desta matéria-prima do mundo.
Inteligência artificial empurra Ásia e Europa para terreno negativo
A euforia com a inteligência artificial esmoreceu e está a pressionar as bolsas mundiais. Depois de Wall Street ter fechado com a maior queda desde 2022, também as bolsas asiáticas encerraram no vermelho e a negociação de futuros do continente europeu aponta para uma abertura em terreno negativo.
O MSCI Asia Pacific Index, o índice de referência para a região, registou a maior queda diária em três meses, ao recuar 1,65%. O índice foi, principalmente, pressionado pelas perdas no Japão, que viu o Nikkei 225 e o Topix a desvalorizarem 3% e 2,8%, respetivamente.
Nas restantes bolsas asiáticas, o cenário foi idêntico, embora com perdas mais modestas. Pela China, o Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 1,7%, enquanto o Shanghai Composite deslizou 0,6%.
Já na Coreia do Sul, o Kospi recuou 1,75%, pressionado pelas perdas da fabricante de chips, SK Hynix. A tecnológica encerrou a sessão a desvalorizar quase 9%, apesar de ter apresentado contas trimestrais acima das expectativas de mercado.
Pela Europa, as perdas não se avizinham tão pesadas, com a negociação de futuros do Euro Stoxx 50 a cair 0,6%.