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Europa recua com "a angústia do investidor à espera da inflação"
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
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Europa recua com "a angústia do investidor à espera da inflação"
A maioria das principais praças europeias fecharam no vermelho, com os investidores a fazerem um compasso de espera devido aos dados da inflação na Zona Euro, que serão conhecidos na quinta-feira.
A evolução dos preços poderá dar pistas sobre o sentido da política a seguir pelo Banco Central Europeu (BCE) na reunião de dezembro.
O Stoxx600 encerrou a ceder 0,3%, com os setores do retalho e cuidados de saúde a serem os mais penalizados. A biotecnológica Argenx chegou a afundar 17% após ter revelado que um estudo sugere que o seu único fármaco falhou num ensaio clínico para uma doença sanguínea rara.
Os bens de luxo também foram castigadas após os analistas do HSBC terem indicado que o setor pode "dizer adeus" ao "crescimento estratosférico" nos anos pós-pandemia.
Apesar de esta ser a segunda sessão consecutiva no vermelho, as bolsas do Velho Continente continuam na senda de alcançar o melhor desempenho mensal desde janeiro.
Além de Lisboa, que escalou 1,13% para máximos de mais de nove anos, apenas o espanhol Ibex 35, o alemão DAX 30 e o italiano FTSEMib fecharam no verde. No país vizinho, o principal índice avançou 0,68% e superou a fasquia dos 10 mil pontos, enquanto em Frankfurt o DAX subiu 0,16%. Em Milão, o índice valorizou 0,12%.
O parisiense Cac-40 cedeu 0,21%, enquanto o londrino FTSE100 cedeu 0,07% e em Amesterdão o AEX caiu 0,37%.
Juros da dívida portuguesa em mínimo de quatro meses
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta terça-feira, num dia em que os investidores estiveram a optar mais pelas obrigações, com as bolsas europeias maioritariamente no vermelho.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 3,9 pontos base para 3,137%, o valor mais baixo em menos de quatro meses. A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, aliviou 5,2 pontos base para 2,493%.
A rendibilidade da dívida espanhola reduziu-se em 3,9 pontos base para 3,494%, os juros da dívida italiana recuaram 3,1 pontos base para 4,247% e os juros da dívida francesa desceram 4,5 pontos base para 3,058%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica recuaram 3,8 pontos base para 4,167%.
Petróleo sobe mais de 2% com reunião da OPEP+ à vista
Os preços do petróleo estão a valorizar mais de 2%, sustentando os ganhos na possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) possam estender ou mesmo aumentar os cortes no fornecimento de crude.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – soma 2,48% para 76,72 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – avança 2,4% em 81,9 dólares por barril.
Ainda a impactar a negociação está um dólar mais fraco, uma esperada queda dos inventários de crude nos Estados Unidos e uma quebra na produção de petróleo pelo Cazaquistão. Os maiores campos petrolíferos do país cortaram a produção diária em 56% devido a uma tempestade severa.
Os países membros da OPEP+ preparam-se para uma reunião ministerial "online" esta quinta-feira para discutir as quotas de produção para 2024. A conversações têm sido difíceis e é mais provável uma extensão dos anteriores cortes da Arábia Saudita e da Rússia do que o anúncio de novas reduções, indicaram fontes conhecedoras do assunto à Reuters.
Euro ascende a 1,10 dólares pela primeira vez desde agosto
O euro está a valorizar 0,44% para 1,1002 dólares, um máximo de agosto.
O movimento ocorre momentos depois de o governador do Bundesbank e membro do conselho do BCE, Joachim Nagel, ter considerado que ainda é cedo para o Banco Central Europeu começar a pensar cortar as taxas de juro diretoras, segundo a Bloomberg
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – recua 0,45% para 102,7350 pontos, estando ainda assim a negociar em mínimos de agosto a registar o pior mês desde novembro do ano passado.
Os investidores já perspetivam um corte dos juros diretores nos Estados Unidos no próximo ano, o que está a pressionar a "nota verde", genericamente favorecida pela política monetária restritiva da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Ouro a cerca de 50 dólares do pico histórico
O ouro valoriza 0,62%, para 2.026,09 dólares por onça, estando a 20 dólares do pico histórico alcançado durante a pandemia (2.075,47 dólares por onça).
Este movimento ocorre numa altura em que os investidores aguardam as intervenções públicas de vários membros da Fed e os dados sobre a economia dos EUA, que poderão dar pistas sobre o futuro da taxa dos fundos federais.
Os investidores já perspetivam uma queda dos juros diretores no próximo ano nos EUA, o que está a pressionar a nota verde, genericamente favorecida pela política monetária restritiva da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Wall Street "descansa" no vermelho antes da caça às pistas da Fed
Wall Street arrancou a sessão em terreno negativo, numa altura em que os investidores aguardam uma série de declarações de vários membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O industrial Dow Jones negoceia na linha de água (0,01%) nos 35.338,80 pontos enquanto o Standard & Poor's 500 (S&P 500) cai 0,15% para 4.543,23 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,21% para 14.213,52 pontos.
Esta quarta-feira, o mercado vai escutar a intervenção pública da presidente da Fed de Cleveland, Loreta Mester, para depois serem ouvidos na sexta-feira o líder do banco central em Chicago, Austan Goolsbee, para culminar com o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell.
Entretanto na quinta-feira são conhecidos os números do índice de despesas no consumidor – visto pelos especialistas como o indicador favorito da inflação da Fed- assim como os pedidos de subsídios de desemprego na semana passada, o que a par dos discursos dos membros da autoridade monetária, poderá dar pistas aos investidores sobre o futuro dos juros diretores nos EUA.
O tempo "está a correr antes do período de silêncio que antecipa a reunião" de política monetária da Fed agendada para os próximos dias 12 e 13 de dezembro, como observa Will Compernolle, estratega macro da FHN Financial, em declarações à Bloomberg.
O especialista acrescenta ainda que "desde a última reunião de novembro, a comunicação da Fed não esteve sequer perto de sugerir mais um aumento dos juros", pelo que o foco estará em saber se "a Fed atingiu o pico [da taxa dos fundos federais] e se os cortes dos juros está previstos para o primeiro semestre do próximo ano".
Durante a sessão desta terça-feira, os investidores vão ainda estar a digerir os preços das casas nos EUA que voltaram a bater máximos históricos.
Europa começa dia no vermelho. Argnex tomba 23%
A Europa negoceia em terreno negativo, à exceção de Madrid, numa altura em que os investidores aguardam a divulgação dos dados da inflação agendados para o final desta semana.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 recua 0,69% para 455,24 pontos, com as ações do consumo e retalho a comandarem as perdas.
Apesar desta queda, a Europa mantém-se a caminho do melhor mês de janeiro, numa altura que reina a expectativa de que os juros diretores já tenham alcançado o pico.
Entre as principais praças europeias, Londres perde 0,75%, Frankfurt cede 0,29% e Paris cai 0,56%.
Amesterdão desvaloriza 0,55%, Milão desliza 0,41%. Já Madrid contraria a tendência e avança muito ligeiramente (0,06%). Por cá, a praça lisboeta negoceia na linha de água (-0,02%).
Os investidores estão atentos às ações da Argnex, que afundam 23,06%, depois de a empresa de biotecnologia ter anunciado que o estudo sobre o seu medicamento não cumpriu os objetivos.
Os investidores aguardam a divulgação dos dados da inflação na Zona Euro, agendada para esta quinta-feira. O Eurostat dá conta da estimativa rápida para o índice de preços no consumidor da região em novembro.
Em outubro, a inflação da Zona Euro recuou para 2,9% em outubro.
Juros aliviam na Zona Euro em contraciclo com o "benchmark"
Os juros agravam-se na Zona Euro, à exceção da "yield" alemã, momentos antes de serem conhecidos os números relativos à confiança do consumidor em dezembro na Alemanha e a de novembro em França, as duas maiores economias europeias.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o mercado europeu – alivia 0,3 pontos base para 3,106%.
Já a taxa de rendibilidade interna das obrigações portuguesas, que vencem em 2033, soma 0,2 pontos base para 3,181%.
Os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade arrecadam 1 ponto base para 3,543%.
A "yield" dos títulos italianos a 10 anos agrava-se 3,5 pontos base para 4,314%.
Euro cede face ao dólar. Nota verde a caminho de pior mês em um ano
O euro recua ligeiramente (-0,09%) para 1,0948 euros, momentos antes de serem conhecidos os números relativos à confiança do consumidor em dezembro na Alemanha e a de novembro em França, as duas maiores economias europeias.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – avança 0,07% para 103,27, estando ainda assim a negociar em mínimos de agosto a registar o pior mês desde novembro do ano passado.
Os investidores já perspetivam uma queda dos juros diretores no próximo ano nos EUA, o que está a pressionar a nota verde, genericamente favorecida pela política monetária restritiva da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Ouro na linha de água e perto de máximos de seis meses
O ouro negoceia perto de máximos de seis meses, à medida que aumenta a especulação nos mercados de corte nos juros diretores nos EUA já no próximo ano.
O metal amarelo negoceia na linha de água (-0,03%) em 2.013,58 dólares por onça.
Esta segunda-feira, as "yields" das obrigações norte-americanas mantiveram a tendência de alívio, com os investidores cada vez mais convictos de que o tempo de cortar a taxa de fundos federais está a chegar, depois de um ciclo de aperto monetário levado a cabo pela Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Os juros mais baixos tendem a ser positivos para o ouro que não contempla este tipo de remuneração (mas apenas o preço por onça no mercado "spot").
Este otimismo já se espelha nas apostas a longo prazo para o metal precioso, em concreto no mercado de opções e futuros, segundo os dados da CME, o maior centro de negociação de derivados do mundo, recolhidos e interpretados pela Bloomberg.
Pressão da Arábia Saudita leva crude a interromper "jejum" de quatro dias
O petróleo valoriza em Nova Iorque e negoceia em Londres (depois de já ter estado a subir), colocando um fim a um ciclo de quatro dias de perdas, à boleia da pressão exercida pela Arábia Saudita para que os países exportadores cortem nas quotas de produção.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,11% para 74,94 dólares por barril.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – negoceia na linha de água (0,05%) em 80,02 dólares por barril.
A Arábia Saudita, vista como líder "de facto" da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) pediu aos outros membros do organismo para que reduzam as quotas de produção, de forma a travar as mais recentes quedas nos preços do crude, embora haja membros da OPEP+ a resistir a este apelo, de acordo com a informação dos delegados citada pela Bloomberg.
A reunião da OPEP+, que estava inicialmente agendada para dia 26 de novembro, foi remarcada para esta quinta-feira. Inicialmente, foi avançado pela imprensa internacional que este reagendamento estava relacionado com a discórdia relativamente às quotas de produção dos países africanos.
Cerca de metade dos "traders" e analistas consultados pela Bloomberg, no âmbito de uma sondagem, acreditam que a OPEP+ vai reduzir ainda mais a produção.
Futuros europeus sem rumo. Iene pressiona ações japonesas
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 negoceiam de forma praticamente inalterada e a Ásia fechou a sessão de forma mista, numa altura em que os investidores aguardam os dados da inflação nos EUA e na Zona Euro, que serão divulgados esta semana.
Na Ásia, as ações japonesas caíram, tendo o "benchmark" do país, o Nikkei, desvalorizado 0,22%, enquanto o Topix perdeu 0,21%, à medida que o iene avança, seguindo a recuperação das "treasuries".
Na China, o tecnológico Hang Seng deslizou 1%, enquanto o Shanghai Composite ganhou 0,23%.
Na Coreia do Sul, o Kospi arrecadou 1,05%.