Notícia
Petróleo em alta. Investidores centram-se em aumento de tensões na Ucrânia
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estão a agravar-se esta quarta-feira, com a procura por ativos de menor risco a reduzir-se, ao mesmo tempo que os investidores se mantêm atentos às tensões geopolíticas após o escalar de tensões na Ucrânia.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, soma 2,3 pontos base para 2,800%.
A rendibilidade da dívida espanhola avança 2,2 pontos base para 3,062%. Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, agrava-se 2,3 pontos base, para 2,357%.
Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade soma 2,2 pontos base para 3,062%, enquanto a da italiana avança 2,7 pontos até 3,576%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, agravam-se 5,1 pontos base para 4,491%.
Libra valoriza após inflação no Reino Unido afastar corte de juros em dezembro pelo BoE
A libra valorizou depois de ter sido conhecida a inflação de outubro no Reino Unido, mas segue agora a aligeirar esse salto. Os preços aumentaram para 2,3% no mês passado, face a 1,7% em setembro. Também a inflação nos serviços, particularmente analisada pelo Banco de Inglaterra, aumentou de 4,9% para 5%, em linha com as perspetivas do banco central.
A moeda britânica cede 0,02% para 1,268 dólares e soma 0,28% para 1,2003 euros. Por sua vez, o índice do dólar – que mede a força da "nota verde" face às principais rivais – soma 0,29% para os 106,516 dólares.
Os economistas e analistas do ING, da Abrdn e do Deutsche Bank, em notas consultadas pelo Negócios, estimam que a leitura da inflação mantenha o BoE no caminho de uma redução gradual das taxas de juro e não perspetivam qualquer corte em dezembro.
"Para onde vamos agora? Os dados de hoje não serão tão encorajadores para o Banco de Inglaterra, que tem falado de uma abordagem gradual na redução da política monetária restritiva. De facto, os dados de hoje irão provavelmente reforçar esta mensagem - permitindo que o MPC [Comité de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês)] adote um caminho mais gradual e cauteloso na redução das taxas de juro", escreve o economista-chefe do Deutsche Bank no Reino Unido Sanjay Raja.
Recuperação do dólar pressiona ouro
O ouro está a desvalorizar e a afastar-se de máximos de uma semana, numa altura em que o dólar está a recuperar da mais recente correção. Ainda assim, o escalar de tensões na Ucrânia está a impedir maiores quedas do metal amarelo.
O ouro perde 0,26% para 2.625,23 dólares por onça, ao mesmo tempo que o índice da "nota verde" recupera de mínimos de uma semana.
A atual movimentação do ouro poder ser atribuída à retirada de mais-valias e a um dólar mais forte, mas os desenvolvimentos dos confrontos entre a Rússia e a Ucrânia são cruciais e devem ser observados de perto, comentou à Reuters Zain Vawda, analista da OANDA.
Petróleo em alta. Investidores centram-se em aumento de tensões na Ucrânia
Os preços do petróleo estão a valorizar ligeiramente e seguem a estabilizar pela segunda sessão consecutiva, com os investidores a avaliarem um escalar de tensões na Ucrânia que poderá levar a disrupções na produção de petróleo pela Rússia. Ao mesmo tempo, sinais de um aumento das importações pela China parecem estar a sobrepor-se a aumento dos "stocks" de crude nos Estados Unidos.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança 0,32% para os 69,61 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,14% para os 73,41 dólares por barril.
Esta terça-feira, o Kremlin afirmou ter alargado as circunstâncias em que considerará a possibilidade de retaliação nuclear. No mesmo dia, o ministério da Defesa ucraniano disse ter lançado seis mísseis balísticos de longo-alcance fabricados nos EUA contra a Rússia.
"Esperamos que os preços do petróleo (Brent) permaneçam acima dos 70 dólares por barril por enquanto, com os participantes do mercado a avaliarem os desenvolvimentos geopolíticos", afirmou á Reuters Yeap Jun Rong, estratega da IG.
Futuros da Europa em alta com foco em contas da Nvidia. Ásia mista
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão em terreno positivo, depois de ontem o índice de referência europeu, Stoxx 600, ter registado a terceira sessão consecutiva de perdas e encerrado em mínimos de três meses.
A centrar atenções esta quarta-feira estão os resultados do terceiro trimestre da Nvidia, com os investidores a tentarem compreender se o "rally" da inteligência artificial que tem sido comandado por esta empresa tem pernas para andar. A negociação de opções sinaliza que este evento será o catalisador mais importante do ano - até mais do que a reunião de dezembro da Reserva Federal, indicam os analistas do Barclays, numa nota vista pela Reuters.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 somam 0,52%.
Pela Ásia, os principais índices estão a negociar maioritariamente em alta, com os investidores cautelosos antes das contas da Nvidia. Na China, o banco central manteve as taxas de juro de referência para os empréstimos inalteradas, tal como esperado, o que levou os índices do país a valorizar.
No Japão, o Nikkei cedeu 0,16% e o Topix desvalorizou 0,43%. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,42%. Na China, o Hang Seng, em Hong Kong, soma 0,22% e o Shanghai Composite avançou 0,66%.