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Europa fecha sessão no vermelho. Índice britânico foi único a valorizar
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.
Europa fecha sessão em terreno negativo. Índice britânico foi único a valorizar
Os principais índices europeus caíram no fecho da primeira sessão do mês de outubro, apesar de os números da inflação na Zona Euro terem ficado abaixo da meta dos 2% fixada pelo Banco Central Europeu (BCE). A pressionar os principais índices europeus esteve o anúncio feito por um responsável de topo da Casa Branca, que apontou para um iminente ataque do Irão a Israel – o que continua a ter repercussões nos mercados norte-americanos.
O Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – recuou 0,38%, para os 520,88 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX desvalorizou 0,58%, o francês CAC-40 recuou 0,81%, o espanhol IBEX 35 perdeu 1,72% e o italiano FTSEMIB desvalorizou 1,04%. A destoar deste cenário esteve o índice britânico FTSE 100, que valorizou 0,48%, impulsionado pelo peso das petrolíferas, que valorizaram devido às tensões no Médio Oriente. O holandês AEX manteve-se inalterado.
"Os astros estão todos alinhados para que o Conselho do BCE, dependente dos dados, acione um novo corte nas taxas, apenas cinco semanas após a anterior reunião de política [monetária]", escreveu Michael Brown, estratega do Pepperstone Group, numa nota à Bloomberg. Os índices europeus normalmente registam ganhos no quarto trimestre, mas enfrentam riscos como a perspetiva de uma guerra alargada no Médio Oriente.
Entre os setores, a principal queda registou-se na banca, que derrapou 2,29%. Por outro lado, com a maior valorização entre os setores esteve o petróleo e gás, que ganhou 1,34% no fecho da sessão desta terça-feira, sobretudo devido à incerteza que reina no Médio Oriente, com um escalar das tensões na região.
Quanto aos principais movimentos de mercado, as ações da Covestro - empresa alemã da indústria química - subiram 3,79%, depois de a Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC) - a principal empresa de produção de petróleo nos Emirados Árabes Unidos (EAU) - ter chegado a um acordo para comprar o produtor de químicos alemão. Por outro lado, as ações da Kering – dona da marca de luxo Gucci - caíram depois de a Goldman Sachs ter alterado o rating da empresa para "vender".
Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro fecharam esta terça-feira com alívios em toda a linha, num dia marcado pela queda generalizada dos principais índices do continente.
A procura de ativos seguros devido à instabilidade no Médio Oriente e a perspetiva de novos cortes de taxas por parte do BCE penalizaram as yields.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, registaram alívios de 8,1 pontos base, para 2,601%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento caiu 9,2 pontos, para 2,828%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresceu em 10 pontos base, para 2,814%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviaram em 8,8 pontos, para 2,033%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, recuaram 6,3 pontos base para 3,938%.
Dólar avança com dados do emprego dos EUA. Euro regista perdas
Esta terça-feira, o dólar segue a valorizar, depois de terem sido conhecidas as novas vagas de emprego nos EUA, que subiram inesperadamente no mês de agosto, após dois meses consecutivos de descidas. O número de vagas de emprego aumentou em 329.000 para 8,04 milhões em agosto, acima das expectativas do mercado de 7,655 milhões. Por cá, o euro perde força com o avanço do dólar.
O Índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da "nota verde" face às principais rivais – valoriza 0,47% para os 101,255 pontos.
Também a favorecer a divisa norte-americana está o anúncio feito por um alto funcionário da Casa Branca, que referiu estar iminente um ataque do Irão a Israel.
Face ao iene, o dólar avança 0,17%, para os 143,880 ienes.
Também a ter efeito sobre o euro está o abrandamento da inflação na Zona Euro, que se fixou nos 1,8%, segundo a estimativa rápida do Eurostat (gabinete de estatística da União Europeia). Esta é a primeira vez em mais de três anos que a inflação fica abaixo da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE). No entanto, a presidente do BCE advertiu ontem que antecipa uma subida transitória da inflação no quarto trimestre. Estas declarações, a par do abrandamento da maior economia europeia - a alemã - mantêm a convicção do mercado de que as taxas diretoras voltarão a baixar em breve, o que enfraquece a moeda única.
O euro regista quedas de 0,65%, para os 1,106 dólares, cedendo também perante a divisa nipónica, cotando nos 159,09 ienes. Frente à moeda britânica, contudo, o euro valoriza 0,11%, para as 0,8334 libras esterlinas. A libra recua 0,77%, para os 1,327 dólares.
Wall Street inicia outubro no vermelho. Apple cede mais de 2%
Wall Street entra no mês de outubro a negociar em terreno negativo. Os investidores continuam a pesar as palavras do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, que referiu, durante o dia de ontem, que o corte jumbo aplicado pela Fed no passado dia 18 de setembro não deve ser interpretado como um sinal de que as próximas decisões do banco central serão igualmente agressivas.
Durante o dia de hoje esperam-se discursos de outros membros da Fed, entre eles, Raphael Bostic, presidente da Fed de Atlanta, da governadora Lisa Cook, e de Thomas Barkin, presidente da Fed de Richmond.
O S&P 500 recua 0,70% para 5.722,42 pontos e o Dow Jones perde 0,71% para 42.030,48 pontos. Já o Nasdaq Composite segue a ceder 0,81% para 18.018,86 pontos.
O S&P 500 regista assim perdas, depois de ter atingido um novo recorde na segunda-feira, na sequência de uma recuperação no terceiro trimestre que culminou na mais longa série de vitórias mensais desde 2021.
Com a inflação a aproximar-se do objetivo de 2% do banco central, a Reserva Federal está concentrada no mercado de trabalho, depois de ter iniciado o seu ciclo de flexibilização da política monetária em setembro. Durante esta tarde serão conhecidos os números de novas vagas de emprego nos EUA – um indicador que poderá trazer alguma informação acerca da saúde do mercado laboral norte-americano.
Os investidores, que estavam divididos quanto à dimensão das próximas reduções das taxas de juro da Fed, estão agora a avaliar uma probabilidade de 60,3% de uma redução de 25 pontos base na reunião de novembro, em comparação com 41,8% há uma semana, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, citada pela Reuters.
Os mercados também acompanharam uma greve portuária na Costa Leste e na Costa do Golfo, que interrompeu o fluxo de cerca de metade do transporte marítimo do país.
Quanto aos principais movimentos de mercado, a Apple segue a desvalorizar mais de 2%. De acordo com analistas do Barclays, a gigante tecnológica pode ter reduzido as suas encomendas de iPhone 16 em cerca de 3 milhões de unidades junto de um importante fornecedor de semicondutores para o trimestre de dezembro, o que sugere uma "fraca procura" do modelo mais recente.
Entre as "big tech", a Apple recua 2,72%, a Microsoft desvaloriza 1,60%, a Amazon cede 1,37% e a Nvidia recua 0,75%. Por outro lado, a Meta ganha 1% enquanto a Alphabet avança 0,63%.
Europa maioritariamente em alta após inflação na Zona Euro ter ficado abaixo dos 2%
Os principais índices europeus estão a negociar maioritariamente em terreno positivo, com os investidores a reagir aos números da inflação na Zona Euro, que pela primeira vez em mais de dois anos ficou abaixo da meta dos 2% fixada pelo BCE.
O mercado acompanha ainda a evolução da invasão do Líbano por Israel.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou esta segunda-feira que o BCE está cada vez mais otimista de que vai conseguir colocar os preços sobre controlo e que isso vai ser refletido na decisão de política monetária de outubro. Os dados revelados hoje indicam que a inflação na Zona Euro abrandou em setembro de 2,2% para 1,8%.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, soma 0,13% para 523,58 pontos. A registar a maior subida está o setor da tecnologia que ganha perto de 1%.
Entre os principais movimentos de mercado, a empresa de químicos Covestro sobe 3,75%, depois de a Abu Dhabi National Oil ter chegado a acordo para adquirir a empresa. Já a Kering perde 1,69%, depois de o Goldman Sachs ter reduzido a recomendação para a empresa de luxo.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,28%, o italiano FTSEMIB avança 0,05%, o britânico FTSE 100 sobe 0,28% e, em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,3%.
Pela negativa, o francês CAC-40 desvaloriza 0,3% e o espanhol IBEX 35 perde 0,22%.
Juros aliviam na Zona Euro. "Yield" da dívida alemã a dez anos em minímos de janeiro
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estão a aliviar esta terça-feira, com os investidores a digerirem a inflação na Zona Euro, referente a setembro, que primeira vez em dois anos ficou abaixo dos 2% - a meta definida pelo Banco Central Europeu (BCE). Ainda a centrar atenções, o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, e a membro do conselho executivo do BCE, Isabel Schnabel, discursam hoje.
A "yield" da dívida portuguesa, espanhola e italiana, com maturidade a dez anos, recua 5,9 pontos base para 2,623%, 2,861% e 3,389%, respetivamente.
Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, alivia 5 pontos base, para 2,07% - o valor mais baixo desde janeiro.
Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade é a que mais desce, em 8,1 pontos base, para 2,833%, num dia em que o recém empossado primeiro-ministro francês Michel Barnier discursa no parlamento e deverá dar mais indicações sobre as finanças públicas do país.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, recuam 3,3 pontos base para 3,986%, depois de a membro do Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra, Megan Greene, ter afirmado que uma recuperação sustentada pelo consumo poderia levar a uma aceleração da inflação. No entanto, para já os preços estão a mover-se na direção certa, acrescentou.
Dólar em alta. Investidores avaliam palavras do presidente da Fed
O dólar está a negociar em alta face às principais divisas rivais, mesmo depois de o presidente da Fed, Jerome Powell, ter afastado um corte de juros em 50 pontos base na próxima reunião de política monetária.
O "guidance" dado por Powell "constitui uma orientação invulgarmente específica, o que sinaliza o seu descontentamento com a incorporação de um cenário mais 'dovish' pelo mercado". É a leitura que faz Francisco Pesole, analista cambial do ING, numa nota consultada pelo Negócios.
A esta hora, a "nota verde" soma 0,27% para 0,9005 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - sobe 0,18% para 100,96 dólares.
Já face à divisa nipónica o dólar sobe 0,36% para 144,15 ienes. "O iene seria a outra moeda de referência numa escalada do risco geopolítico [com a ofensiva de Israel no Líbano], mas os mercados japoneses estão atualmente a negociar sobretudo com base em notícias domésticas", explicou Pesole.
Ouro valoriza após Powell sugerir corte de juros de menor dimensão
Os preços do ouro estão a valorizar, perto de máximos históricos. Os investidores estão a avaliar as declarações do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que reiterou ontem que o corte de 50 pontos base dos juros diretores, no passado dia 18, não deve ser interpretado como um sinal de que as próximas decisões do banco central serão igualmente agressivas.
O metal amarelo soma 0,38% para 2.644,54 dólares por onça.
"Temos um conjunto de discursos por membros da Reserva Federal pela frente, mas a dependência dos dados por parte dos decisores será provavelmente o ponto de partida comum, o que poderá deixar os investidores mais sensíveis aos dados económicos em termos das perspetivas para as taxas de juro", afirmou à Reuters o estratega da IG, Yeap Jun Rong.
"Qualquer leitura mais fraca do que o esperado sobre os próximos dados do mercado de trabalho dos EUA pode sustentar quem aponta para um processo de flexibilização mais agressivo, o que poderia sustentar os preços do ouro", completou.
Petróleo em alta com riscos no Médio Oriente
Os preços do petróleo estão a negociar em ligeira alta, com o aumento das tensões geopolíticas no Médio Oriente a marcar a sessão, depois de Israel ter iniciado bombardeamentos no Líbano. A limitar maiores quedas está a possibilidade de a Líbia voltar a colocar crude no mercado.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os Estados Unidos, soma 0,12%, para os 68,25 dólares por barril. Já o Brent, de referência para o continente europeu, avança 0,14% para 71,8 dólares.
Os preços desta matéria-prima registaram uma queda de 17% no último trimestre, penalizados por perspetivas de mais crude da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) no mercado, bem como uma desaceleração da economia chinesa.
O grupo de produtores realiza amanhã uma reunião de monitorização, numa altura em que se prepara para aumentar a produção em dezembro.
Futuros da Europa apontam para ganhos. Bolsas japonesas recuperam
Os principais índices europeus estão a caminho de uma abertura em terreno positivo, depois de ontem as principais praças terem descido ao vermelho, fortemente penalizadas pelo setor automóvel que perdeu mais de 4%. Os investidores deverão hoje estar atentos aos números da inflação de setembro na Zona Euro.
Os futuros do Euro Stoxx 50 sobem 0,14%.
Na Ásia, as praças chinesas, de Hong Kong e da Coreia do Sul estiveram encerradas devido ao feriado, com o Japão, por isso, a concentrar a maior parte das atenções. O índice de referência chinês CSI 300 registou na segunda-feira o melhor dia desde 2008.
Depois de uma queda de 5% na segunda-feira, com a vitória inesperada de Shigeru Ishiba para primeiro-ministro e o anúncio de novas eleições em outubro, o Nikkei acabou por subir 1,93%, com a ajuda de um iene mais fraco. Já o Topix somou 1,67%.
Ainda a influenciar a sessão asiática e europeia deverão estar comentários do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, que reiterou ontem que o corte de 50 pontos base dos juros diretores, no passado dia 18, não deve ser interpretado como um sinal de que as próximas decisões do banco central serão igualmente agressivas.