Notícia
Dólar sobe. Investidores avaliam palavras do presidente da Fed
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.
- 1
- ...
Dólar em alta. Investidores avaliam palavras do presidente da Fed
O dólar está a negociar em alta face às principais divisas rivais, mesmo depois de o presidente da Fed, Jerome Powell, ter afastado um corte de juros em 50 pontos base na próxima reunião de política monetária.
O "guidance" dado por Powell "constitui uma orientação invulgarmente específica, o que sinaliza o seu descontentamento com a incorporação de um cenário mais 'dovish' pelo mercado". É a leitura que faz Francisco Pesole, analista cambial do ING, numa nota consultada pelo Negócios.
A esta hora, a "nota verde" soma 0,27% para 0,9005 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - sobe 0,18% para 100,96 dólares.
Já face à divisa nipónica o dólar sobe 0,36% para 144,15 ienes. "O iene seria a outra moeda de referência numa escalada do risco geopolítico [com a ofensiva de Israel no Líbano], mas os mercados japoneses estão atualmente a negociar sobretudo com base em notícias domésticas", explicou Pesole.
Ouro valoriza após Powell sugerir corte de juros de menor dimensão
Os preços do ouro estão a valorizar, perto de máximos históricos. Os investidores estão a avaliar as declarações do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que reiterou ontem que o corte de 50 pontos base dos juros diretores, no passado dia 18, não deve ser interpretado como um sinal de que as próximas decisões do banco central serão igualmente agressivas.
O metal amarelo soma 0,38% para 2.644,54 dólares por onça.
"Temos um conjunto de discursos por membros da Reserva Federal pela frente, mas a dependência dos dados por parte dos decisores será provavelmente o ponto de partida comum, o que poderá deixar os investidores mais sensíveis aos dados económicos em termos das perspetivas para as taxas de juro", afirmou à Reuters o estratega da IG, Yeap Jun Rong.
"Qualquer leitura mais fraca do que o esperado sobre os próximos dados do mercado de trabalho dos EUA pode sustentar quem aponta para um processo de flexibilização mais agressivo, o que poderia sustentar os preços do ouro", completou.
Petróleo em alta com riscos no Médio Oriente
Os preços do petróleo estão a negociar em ligeira alta, com o aumento das tensões geopolíticas no Médio Oriente a marcar a sessão, depois de Israel ter iniciado bombardeamentos no Líbano. A limitar maiores quedas está a possibilidade de a Líbia voltar a colocar crude no mercado.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), de referência para os Estados Unidos, soma 0,12%, para os 68,25 dólares por barril. Já o Brent, de referência para o continente europeu, avança 0,14% para 71,8 dólares.
Os preços desta matéria-prima registaram uma queda de 17% no último trimestre, penalizados por perspetivas de mais crude da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) no mercado, bem como uma desaceleração da economia chinesa.
O grupo de produtores realiza amanhã uma reunião de monitorização, numa altura em que se prepara para aumentar a produção em dezembro.
Futuros da Europa apontam para ganhos. Bolsas japonesas recuperam
Os principais índices europeus estão a caminho de uma abertura em terreno positivo, depois de ontem as principais praças terem descido ao vermelho, fortemente penalizadas pelo setor automóvel que perdeu mais de 4%. Os investidores deverão hoje estar atentos aos números da inflação de setembro na Zona Euro.
Os futuros do Euro Stoxx 50 sobem 0,14%.
Na Ásia, as praças chinesas, de Hong Kong e da Coreia do Sul estiveram encerradas devido ao feriado, com o Japão, por isso, a concentrar a maior parte das atenções. O índice de referência chinês CSI 300 registou na segunda-feira o melhor dia desde 2008.
Depois de uma queda de 5% na segunda-feira, com a vitória inesperada de Shigeru Ishiba para primeiro-ministro e o anúncio de novas eleições em outubro, o Nikkei acabou por subir 1,93%, com a ajuda de um iene mais fraco. Já o Topix somou 1,67%.
Ainda a influenciar a sessão asiática e europeia deverão estar comentários do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, que reiterou ontem que o corte de 50 pontos base dos juros diretores, no passado dia 18, não deve ser interpretado como um sinal de que as próximas decisões do banco central serão igualmente agressivas.