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Europa sobe com "earnings season" e dados económicos no radar. Petróleo ganha terreno
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Europa sobe com "earnings season" e dados económicos no radar
A Europa terminou a última sessão da semana em alta, com os investidores atentos aos mais recentes dados macroeconómicos e ao decorrer da "earnings season".
O índice de referência europeu, Stoxx 600, valorizou 0,47% para 465,49 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark", o do petróleo & gás foi o que mais puxou pelo índice.
Entre as principais praças europeias, Madrid avançou 0,56%, Frankfurt subiu 0,50% e Paris valorizou 0,45%.
Por sua vez, Londres somou 0,31% enquanto Amesterdão arrecadou 0,25%. Milão ganhou 0,92%. Por cá, a bolsa de Lisboa terminou o dia a subir muito ligeiramente.
Os investidores estiveram atentos aos mais recentes números da inflação em França e em Espanha. O índice de preços no consumidor nos dois países subiu em abril.
O mercado esteve ainda a digerir os dados sobre a economia britânica. O PIB do Reino Unido cresceu 0,1% no primeiro trimestre, em linha com as estimativas dos analistas, mas os números finais de março deram conta de uma contração inesperada de 0,3%.
No campo geopolítico, o sentimento dos investidores foi impulsionado pelo encontro diplomático entre EUA e China, protagonizado pelo conselheiro para a Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, e pelo diplomata de Pequim, Wang Yi.
As ações da Allianz centraram atenções, tendo valorizado 0,19%, depois de a cotada alemã ter reportado resultados aquém das expectativas, apesar de um crescimento dos lucros de 329%.
Por sua vez, os títulos da Richemont terminaram o dia a ganhar 3,51%, depois de terem chegado a escalar 7,5% durante as negociações, tendo alcançado máximos históricos. As ações do grupo suíço de produtos de luxo foram impulsionadas pelos bons lucros e vendas trimestrais, que ficaram acima do esperado pelos analistas.
Destaque ainda para os títulos do Société Générale, que subiram 1,19%. O banco reportou um desempenho da sua unidade obrigacionista que ficou acima dos seus pares no primeiro trimestre desde ano.
Juros agravam-se com perspetiva de novo aperto da política monetária
Os juros das dividas soberanas da Zona Euro agravaram-se, após os comentários pessimistas de governadores de alguns bancos centrais.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, somou cinco pontos base para 2,272%, enquanto os juros da dívida italiana no mesmo vencimento subiram sete pontos base para 4,174%.
Já os juros da dívida pública portuguesa com a mesma maturidade aumentaram 4,6 pontos base para 3,073%, os juros da dívida francesa somaram 5,3 pontos base para 2,850% e as rendibilidades da dívida espanhola avançaram 4,8 pontos base para 3,349%.
Joachim Nagel, do Banco Central Europeu, disse que poderá ser necessário um aperto da política monetária após as férias de Verão, enquanto Michelle Bowman, da Reserva Federal, advertiu para a necessidade de um novo aperto se a inflação se mantiver demasiado elevada nos EUA.
Euro recua com atenções centradas na inflação
O euro recua face ao dólar, num dia em que os investidores digerem os mais recentes números sobre a inflação em Espanha e em França.
A moeda única segue a desvalorizar 0,46% para 1,0862 dólares.
Os preços em Espanha subiram 4,1% em abril, segundo o Instituto Nacional de Estatística espanhol, que confirmou, assim, um aumento em oito décimas da inflação, que tinha sido de 3,3% em março.
Já em França, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma subida homóloga de 5,9% em abril, depois de ter tocado em 5,7% em março, devido ao aumento do preço da energia, apesar do abrandamento do crescimento dos preços dos alimentos.
O indicador de força do dólar sobe, numa altura em que os investidores vão acreditando que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e os líderes do Congresso possam estar a aproximar-se de um acordo referente ao limite da dívida dos EUA.
Isto depois de uma reunião marcada para esta sexta-feira entre Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes, e Biden, ter sido adiada. Segundo a Bloomberg, que cita fontes conhecedoras do assunto, o adiamento deverá atribuir-se a progressos nas negociações.
O índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra 10 divisas - soma 0,47% para 102,534 pontos.
Petróleo sobe com perspetiva de défice da oferta
Os preços do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, sustentados pelas previsões de um défice da oferta no segundo semestre. Isto depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter referido na quinta-feira que espera que a procura para o seu próprio crude entre julho e dezembro seja superior em 90.000 barris por dia às projeções anteriores.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,96% para 71,55 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,85% para 75,62 dólares.
"O mercado petrolífero está a estimar um défice da oferta, isto assumindo que a OPEP+ [membros do cartel e seus aliados] procede aos cortes de produção que anunciou", sublinhou à Reuters um analista da PVM, Stephen Brennock.
Já os analistas do Commerzbank frisam que esta perspetiva de um défice da oferta "confirmam a nossa previsão de um aumento dos preços do crude ao longo do ano".
Ouro valoriza com os investidores atentos ao risco de "default" dos EUA
O ouro inverteu a tendência do arranque da sessão, com os investidores a aproveitarem a queda do metal amarelo nas primeiras horas de negociação.
A procura por ouro está ainda ser impulsionada pela atenção dada ao risco de "default" dos EUA, caso o país não opte pelo aumento do tecto do endividamento, o que leva os investidores a procurarem o metal precioso como um ativo refúgio.
O ouro a pronto segue assim a valorizar 0,1% no mercado londrino, para 2.018,29 dólares a onça.
Nas últimas duas sessões, o ouro terminou em terreno negativo, com o dólar a subir para máximos de uma semana, o que reduziu o apetite de quem negoceia com outras moedas por matérias-primas denominadas na nota verde, como é o caso do metal amarelo.
Wall Street abre entusiasmada com avanços nas negociações do tecto da dívida
Os principais índices norte-americanos começaram a derradeira sessão da semana a valorizar, embora com ganhos ligeiros, numa altura em que os investidores vão acreditando que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e os líderes do Congresso possam estar a aproximar-se de um acordo referente ao limite da dívida dos EUA.
Isto depois de uma reunião marcada para esta sexta-feira entre Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes, e Biden, ter sido adiada. Segundo a Bloomberg, que cita fontes conhecedoras do assunto, o adiamento deverá atribuir-se a progressos nas negociações.
O S&P 500, referência para a região, avança 0,19% para 4.138,32 pontos, e o industrial Dow Jones sobe 0,13% para 33.351,74 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,12% para 12.343,71 pontos.
A Tesla sobe mais de 2% após a marca de automóveis elétricos ter subido os preços do modelo X e S nos Estados Unidos, a terceira mudança em menos de um mês. A empresa revelou também que, depois de indicado pelo regulador chinês, vai atualizar o "software" de todos os carros vendidos na China, devido a problemas com a travagem e aceleração.
Euribor a três meses sobe para novo máximo desde novembro de 2008
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses e no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 3,799%, mais 0,004 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu hoje, para 3,638%, mais 0,009 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,651%, verificado em 4 de maio.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, para 3,348%, mais 0,025 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa reduz perdas semanais. Richemont sobe mais de 5%
Os principais índices europeus estão a negociar em alta esta sexta-feira, reduzindo assim o saldo semanal negativo, com os investidores a avaliarem o caminho da política monetária por parte dos bancos centrais, bem como a época de resultados referente ao primeiro trimestre que está a chegar ao fim.
O índice de referência, Stoxx 600, sobe 0,35% para 465,23 pontos, com o setor da banca e "utilities" (água, luz, gás) a sustentarem os ganhos. Já nas maiores perdas o setor do imobiliário e o automóvel.
Entre os principais movimentos de mercado, a Richemont sobe mais de 5%, após ter anunciado resultados do primeiro trimestre que bateram as expectativas e mostraram uma recuperação na China.
Os investidores estão ainda a reagir, face a um crescendo de tensões geopolíticas, a uma reunião de dois dias, que terminou esta quinta-feira. A conversa entre o conselheiro para a segurança nacional norte-americana, Jake Sullivan, com Wang Yi, um dos principais diplomatas chineses, foi descrita como "substantiva e construtiva" e deverá abrir caminho a uma chamada entre o presidente Xi Jinping e Joe Biden, algo que os chineses têm resistido nas últimas semanas.
Apesar dos ganhos, "muitos investidores estão a aguardar um acordo relativamente ao tecto da dívida norte-americana para serem mais arriscados", disse o analista Francisco Simon da Santander Asset Management à Bloomberg.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,27%, o francês CAC-40 valoriza 0,61%, o italiano FTSEMIB ganha 0,63%, o britânico FTSE 100 sobe 0,27% e o espanhol IBEX 35 avança 0,52%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,26%.
Juros agravam-se na Zona Euro com possibilidade de mais subidas do BCE
Os juros das dividas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se, com o mercado de "swaps" a apostar em mais subidas das taxas de juro pelo Banco Central Europeu, depois de esta terça-feira o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, ter dito que são necessárias mais subidas das taxas de juro.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, somam um ponto base para 2,231%, enquanto os juros da dívida italiana agravam-se 1,4 pontos base para 4,118%.
Os juros da dívida pública portuguesa com a mesma maturidade sobem um ponto base para 3,038%, os juros da dívida francesa somam 0,5 pontos base para 2,802% e os juros da dívida espanhola agravam-se 0,4 pontos base para 3,305%.
Já as rendibilidades da dívida britânica aliviam 0,7 pontos base para 3,698%.
Desaceleração da economia nos EUA coloca dólar a negociar em baixa
O dólar está a negociar ligeiramente em baixa, descendo de um máximo de uma semana. Várias estatísticas divulgadas nos últimos dias apontam para uma desaceleração da economia norte-americana, o que pode levar os investidores a acreditar que a Fed estará perto de colocar uma pausa na subida dos juros diretores.
O dólar recua 0,07% para 0,9155 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais - recua 0,09% para 101,971 pontos.
"Dado que o calendário em termos de dados é bastante leve hoje, penso que o mercado cambial deve negociar dentro de um determinados limites e os mercados vão estar bastante calmos a caminho do fim de semana", afirmou Carol Kong, estratega do Commonwealth Bank of Australia à Reuters.
Ouro em baixa, mas tensões em torno do limite da dívida impedem maiores quedas
O ouro está a recuar ligeiramente, com os receios relativamente ao estado das economias mundiais, bem como as negociações em torno do limite da dívida norte-americana a impedirem uma maior desvalorização do metal precioso.
O ouro cede 0,17% para 2.011,56 dólares por onça.
Numa altura em que os investidores estão a analisar as incertezas à volta das conversações do "debt ceiling" nos EUA, ao mesmo tempo que aumentam as expectativas de uma pausa no ciclo de aperto da política monetária por parte da Reserva Federal norte-americana, parece existir alguma liquidação de posições, indica Brian Lan, analista da GoldSilver Central à Reuters.
Petróleo perde pelo segundo dia. Preocupações com a procura mantêm-se
O petróleo está a negociar em baixa e segue a desvalorizar pelo segundo dia consecutivo, numa sessão marcada por preocupações quanto à procura desta matéria-prima, bem como o possível recomeço do fornecimento de petróleo pelo Iraque, através do porto de Ceyhan, na Turquia.
Este cenário vai-se sobrepondo a um plano dos Estados Unidos de recomeçar a encher as suas reservas estratégicas de petróleo a partir de junho.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,44% para 70,56 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cede 0,49% para 74,61 dólares.
No último mês, o crude negociado nos mercados internacionais perdeu cerca de 15%, com o aproximar da economia dos Estados Unidos de uma recessão e com a recuperação económica por parte da China a desapontar, ameaçando o aumento da procura no país.
"Os preços podem atingir um valor fixo em breve, com os preços mais baixos a providenciarem um ponto de entrada para muitos 'players' de mercado com posições de longo-prazo", comentou o analista John Driscoll da JTD Energy à Bloomberg.
Futuros da Europa apontam para ganhos. Ásia encerra mista
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura em terreno positivo, com os investidores em rescaldo de uma decisão de subida das taxas de juro pelo Banco de Inglaterra e a avaliarem o impacto da política monetária na economia.
Os futuros sobre o Euro Stoxx sobem 0,3%.
Na China, a sessão foi mista, com as bolsas chinesas ainda a serem penalizadas pela fraca leitura da inflação e dados relativamente a empréstimos que mostram que a recuperação económica está a abrandar.
A acalmar os investidores face a um crescendo de tensões geopolíticas esteve uma reunião de dois dias, que terminou esta quinta-feira. A conversa entre o conselheiro para a segurança nacional norte-americana, Jake Sullivan, com Wang Yi, um dos principais diplomatas chineses, foi descrita como "substantiva e construtiva" e deverá abrir caminho a uma chamada entre o presidente Xi Jinping e Joe Biden, algo que os chineses têm resistido nas últimas semanas.
No Japão, a negociação fez-se em sentido contrário com várias cotadas do país a divulgarem resultados trimestrais positivos.
Na China, Xangai desceu 0,5% e em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,3%. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,5%. No Japão, o Topix subiu 0,6% e o Nikkei valorizou 0,8%.