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Em dia de BCE, Europa fecha sem rumo definido
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Em dia de BCE, Europa fecha sem rumo definido
As bolsas europeias fecharam a sessão desta quinta-feira sem rumo, num dia que ficou marcado pela decisão de Banco Central Europeu em manter as taxas de juro ao nível atual. Christine Lagarde não deu mais pistas sobre novos cortes de juro até ao final do ano, afirmando que está "dependente de dados".
O índice de referência europeu Stoxx 600 desvalorizou 0,16% para 514,01 pontos, e estendeu as perdas pelo quarto dia consecutivo, empurrado pelas grandes tecnológicas que atravessam uma semana de desafios.
Entre os 20 setores que compõem o índice de referência do bloco, o setor das tecnológicas liderou as perdas e caiu 1,80%, seguido dos das viagens e dos "basic resources", que derraparam 1,60% e 1,06%, respetivamente. A limitar maiores perdas estiveram os setores automóvel e o de petróleo e gás, que avançaram mais de 1%.
Entre os principais movimentos de mercado, os resultados positivos da Volvo no segundo trimestre fizeram com que a empresa subisse 11%, apesar de ter reduzido a perspetiva de venda de carros elétricos para o conjunto do ano. A sustentar o setor automóvel esteve também o aumento da venda de carros no bloco europeu no mês de junho.
As tecnológicas continuam a ser prejudicadas pelas pressões geopolíticas, sobretudo entre os EUA e a China, que parecem estar a contagiar o bloco europeu, acabando por terminar a sessão no nível mais baixo desde maio. A ASML caiu 3,7% e a ASM Intl derrapou 2,9%.
Nas restantes praças europeias, Frankfurt e Amesterdão perderam 0,45% e 0,05%, respetivamente, enquanto Milão cresceu 0,43%. Já Madrid avançou 0,38% e Londres e Paris valorizaram ambas 0,21%.
Juros agravam-se na Zona Euro. Reino Unido escapa a subida
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro subiram esta quinta-feira, num momento em que o mercado digere a decisão do Banco Central Europeu em deixar inalteradas as taxas de juro.
No entanto, a número um do banco central deixou em aberto uma segunda descida para setembro, que será ou não justificada após dados da inflação até à próxima reunião de política monetária.
A "yield" da dívida portuguesa a dez anos agravou-se 1,9 pontos base para 3,021%. A rendibilidade da dívida pública italiana, com a mesma maturidade, somou 2,3 pontos base para 3,735% e a rendibilidade da dívida espanhola acresceu 1,6 pontos para 3,206%.
Já os juros da dívida francesa avançaram 1,6 pontos base para 3,089%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, e de referência para a região, registou um aumento de 1,1 pontos base para 2,428%.
Fora do bloco, o Reino Unido escapou a um agravamento de juros das Gilts britânicas, com prazo a 10 anos, que aliviaram em 1,2 pontos base para 4,062%.
Petróleo em alta após queda inesperada nos "stocks"
O petróleo está em linha com sentimento desta manhã e segue a valorizar, impulsionado pelos dados mais recentes mostrarem que os "stocks" de crude nos EUA estão a cair pela terceira semana consecutiva. O "stock" de WTI diminuiu em 4,87 milhões de barris na última semana para o nível mais baixo desde fevereiro.
Além disso, um aparente abrandamento no mercado de trabalho norte-americano tem dado esperança aos analistas de que poderá haver uma redução dos juros diretores pela Reserva Federal já em setembro.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, avança 0,27% para 83,07 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, ganha 0,17% para 85,21 dólares por barril.
O "ouro negro" já subiu cerca de 17% este ano, impulsionado pelos cortes na produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), que vai realizar a próxima reunião em agosto, mas o mercado não espera qualquer tipo de alterações para o quarto trimestre.
Euro recua depois de decisão do BCE de manter taxas de juro inalteradas
O euro recuou depois de o BCE ter anunciado ontem, 18 de julho, durante a sua reunião de política monetária, que irá manter as taxas de juro inalteradas. A moeda recua assim 0,29% para 1,0907 dólares.
Quanto à divisa norte-american, o índice de dólar da Bloomberg – que mede a força do dólar em relação às suas principais rivais – aponta para uma subida de 0,24% para 104,001 pontos.
Enquanto Donald Trump apelou a um dólar mais fraco, a moeda tem-se mantido relativamente estável. Isto sugere uma de duas coisas: ou o mercado não está tão convencido de uma vitória de Trump, ou os investidores pensam que um dólar fraco é difícil de alcançar.
O dólar enfraqueceu 0,3% na quarta-feira, após a entrevista de Trump à Bloomberg, mas as quedas parecem ter parado e a moeda está agora a recuperar parcialmente.
Dados do desemprego nos EUA alimentam subida do ouro
Um dia depois de registar um novo máximo histórico de 2.483,60 dólares por onça - tendo aliviado na parte final do dia -, os preços do ouro corrigiram mas ainda pairam perto do recorde, alavancado pelos novos dados do desemprego do outro lado do Atlântico, que fazem crer os investidores que haverá um corte nas taxas de juro em setembro.
O metal amarelo avança 0,31% para 2.446,40 dólares por onça.
"Os analistas preveem ganhos a longo prazo para o metal precioso, impulsionados pela ideia de que a Reserva Federal (Fed) vai cortar as taxas de juro, já que creem que a inflação está sob controlo", disse Russell Shor da Tradu, citado pela Reuters.
A sustentar os ganhos do ouro está a retoma da compra do ativo-refúgio pela China, "por causa da retórica negativa vinda de ambos os candidatos presidenciais dos EUA" ao relação ao país, explicou Jim Wyckoff, da Kitco Metals.
Força das tecnológicas impulsiona reviravolta a Wall Street
Os principais índices em Wall Street abriram esta quinta-feira em terreno positivo, num momento em que as ações das grandes tecnológicas recuperam da queda registada esta semana.
Os pedidos por subsídio de desemprego nos EUA aumentaram na última semana, a par da subida da taxa de desemprego. Este fator, juntamente com o recuo ligeiro da inflação no país, dá esperanças aos investidores de que a Reserva Federal possa cortar os juros já em setembro.
O S&P 500 avança 0,20% para 5.600,54 pontos, enquanto o índice Nasdaq Composite sobe 0,22% para 18.036,46 pontos. Já o industrial Dow Jones modera os ganhos das últimas sessões e ganha 0,10% para 41.254,16 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a pizzaria Domino's cai 10% depois de a empresa afirmar que os resultados do segundo trimestre não foram suficientemente bons para alavancar as contas anuais.
Já a United Airlines sobe 2,50%, apesar de anunciarem esta terça-feira que o lucro do terceiro trimestre vai ficar aquém das expectativas de Wall Street.
A Warner Bros. Discovery avança quase 5%, impulsionada pela possibilidade de separar o streaming e a atividade de estúdio da televisão "tradicional", uma de várias opções destinadas a aumentar o preço das acções, segundo avançou o Financial Times.
No mundo das tecnológicas, a Nvidia recupera e sobe 2%, enquanto a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) ganha 1,8% com a previsão de um ano otimista pela empresa - o que ajudou a dar impulso ao setor, que desde o início da semana tem sido prejudicado pela notícia de que a Casa Branca poderá impor restrições mais apertadas à empresas do setor no que toca a vendas para a China.
Euribor sobe a três e a seis meses e mantém-se a 12 meses em mínimo de 16 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três e a seis meses e manteve-se a 12 meses num nível mínimo desde 28 de março de 2023.
Com as alterações de hoje, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que avançou para 3,688%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,624%) e da taxa a 12 meses (3,504%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, avançou hoje para 3,624%, mais 0,004 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,8% e 25,2%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, manteve-se hoje em 3,503%, o mesmo valor de quarta-feira e um mínimo desde 28 de março de 2023, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
A Euribor a três meses subiu, ao ser fixada em 3,688%, mais 0,010 pontos, depois de, em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.
Hoje realiza-se a reunião de política monetária do BCE, com os investidores a anteciparem uma manutenção das taxas e uma nova descida em setembro.
O BCE desceu em 06 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
Uma descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.
Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.
A média da Euribor em junho desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em maio e nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em junho baixou 0,088 pontos para 3,725% a três meses (contra 3,813% em maio), 0,072 pontos para 3,715% a seis meses (contra 3,787%) e 0,031 pontos para 3,650% a 12 meses (contra 3,681%).
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Setor automóvel e de petróleo e gás aguentam Europa em alta
Os principais índices europeus estão a negociar em alta esta quinta-feira, com os ganhos do setor automóvel e de petróleo e gás a sobreporem-se ao "sell-off" generalizado das tecnológicas, que acompanha a sessão em Wall Street e na Ásia.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, sobe 0,11% para 515,4 pontos e está a caminho de inverter a negociação após três dias em queda.
Nos maiores ganhos, o setor de petróleo e gás, ganha perto de 1%, à boleia de uma subida dos preços do petróleo, que estão a ser sustentados por uma queda dos "stocks" de crude nos Estados Unidos na semana passada, o que poderá evidenciar maior consumo do lado de lá do Atlântico.
Já o setor automóvel ganha mais de 1%, depois de a Volvo ter revelado as contas do segundo trimestre que ficaram abaixo do esperado pelos analistas. A fabricante de automóveis sueca ganha quase 5%.
Entre as empresas que apresentaram resultados, a Nokia cai 6,5%, depois de ter revelado uma queda de 32% nos lucros no segundo trimestre.
Ainda a centrar atenções está uma reunião de política monetária do Banco Central Europeu que se realiza esta quinta-feira. No entanto, é esperado que o BCE mantenha os juros inalterados. Os investidores vão atentar no discurso da presidente Christine Lagarde, à procura de pistas sobre o que poderá acontecer nos próximos encontros, em particular relativamente à possibilidade de um corte de juros em setembro.
"A reunião de hoje do BCE deverá ser uma de transição e espera-se que Lagarde reitere que os governadores estão dependentes de dados económicos" para tomar decisões, referiu à Bloomberg Ricardo Gil, analista da Trea Asset Management.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 valoriza 0,44%, o italiano FTSEMIB ganha 0,3%, o britânico FTSE 100 sobe 0,65% e o espanhol IBEX 35 soma 0,11%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,53%. O alemão Dax cede 0,07%.
Juros agravam-se ligeiramente na Zona Euro à espera de Lagarde
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a agravar-se ligeiramente esta quinta-feira. A centrar atenções está uma reunião de política monetária do Banco Central Europeu, onde é esperado que as taxas de juro se mantenham inalteradas.
Os "traders" atribuem uma probabilidade de 80% de que a próxima descida de juros, em 25 pontos base, aconteça em setembro.
A "yield" da dívida italiana a dez anos agrava-se 1,1 pontos base para 3,723%. A rendibilidade da dívida pública portuguesa, com a mesma maturidade, soma 1,5 pontos base para 3,016% e a rendibilidade da dívida espanhola acresce também 1,5 pontos para 3,204%.
Já os juros da dívida francesa, com prazo a dez anos, avançam 1,3 pontos base para 3,086%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, e de referência para a região, agrava-se 1,4 pontos base para 2,432%.
Fora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas, com prazo a dez anos aliviam 0,1 pontos base para 4,069%.
Ouro brilha e segue perto de máximos históricos
O ouro segue a valorizar esta quinta-feira, a negociar perto de máximos históricos alcançados na sessão anterior. A sustentar os ganhos do metal está a possibilidade de um corte de juros pela Reserva Federal em setembro.
O ouro ganha 0,56% para 2.472,64 dólares por onça, após ter atingido esta quarta-feira um recorde nos 2.483,6 dólares.
A descida dos juros diretores pela Fed e as eleições nos Estados Unidos são dois fatores que podem dar um impulso ao ouro acima da fasquia dos 2.500 dólares por onça, uma vez que o metal tende a beneficiar de incerteza económica e geopolítica, explicou à Reuters o analista da Sprott Asset Management, Ryan Mclntyre.
Petróleo valoriza à boleia de queda dos "stocks" de crude nos EUA
Os preços do petróleo estão a valorizar esta quinta-feira, à boleia de uma queda superior ao esperado dos inventários de crude nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, pula 0,95% para 83,64 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, ganha 0,71% para 85,68 dólares por barril.
Os números oficiais da Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) mostraram que os "stocks" de crude caíram em 4,9 milhões de barris na semana passada, o que excede em larga escala as perspetivas da Reuters de uma descida de 30 mil barris.
"Os sinais de uma procura saudável nos EUA superam as preocupações do modesto crescimento da China na semana passada", explicou à Reuters Priyanka Sachdeva, analista da Phillip Nova.
"As expectativas de uma flexibilização da política monetária da Fed, que pode impulsionar o crescimento económico, e a atual 'driving season' nos EUA estão a garantir tração suficiente na procura de petróleo da maior economia do mundo", disse Sachdeva.
Futuros da Europa apontam para alta ligeira. Ásia pressionada pelas tecnológicas
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão ligeiramente em alta, penalizado pelo setor tecnológico, depois de fortes quedas das cotadas do setor dos "chips", tanto em Wall Street, como na Ásia.
Os futuros do Euro Stoxx 50 somam 0,12%.
Na Ásia, os principais índices foram penalizados pelas perspetivas de novas restrições por parte dos Estados Unidos à venda de semicondutores para a China. A TSMC, a Tokyo Electron e a Samsung foram algumas das cotadas mais penalizadas por este cenário.
Em sentido contrário, a registar ganhos modestos, esteve Hong Kong e as praças chinesas, com os investidores a prepararem-se para a conclusão do terceiro plenário do Partido Comunista chinês.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, avança 0,54% e o Shanghai Composite soma 0,25%. No Japão, o Nikkei perde 2,36% e o Topix cai 1,6%. Já na Coreia do Sul, o Kospi regista um decréscimo de 1%.