Notícia
Petróleo afunda com tensões EUA-China. Bolsas sobem e juros de Portugal caem com fundo de recuperação
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Banca sustenta ganhos em Wall Street
O Dow Jones encerrou a somar 2,21 para 24.548,27 pontos.
Já o Standard & Poor’s 500 ganhou 1,48% para 3.036,13 pontos – desde 5 de março que não encerrava acima do patamar dos 3.000 pontos.
Também o tecnológico Nasdaq Composite negociou no verde, terminando com um avanço de 0,77% para 9.412,36 pontos.
Os principais índices de Wall Street estiveram a ser impulsionados pelas medidas adicionais de flexibilização dos "lockdowns", o que suscita um maior otimismo quando à retoma económica do país.
A prossecução do desconfinamento, as expectativas quanto a uma eventual vacina contra a covid-19 e os vastos estímulos à economia nos EUA contribuíram assim para animar os investidores.
Por setores, a banca esteve em destaque nos ganhos desta sessão.
As ações do JPMorgan Chase dispararam pelo segundo dia consecutivo e lideraram as subidas da categoria financeira. O CEO do banco, Jamie Dimon, disse ontem que o JPMorgan deverá voltar a reforçar as suas reservas de crédito neste segundo trimestre, mas adiantou que há sinais de que a economia está a recuperar, o que sustentou o otimismo no setor.
Juros portugueses de novo abaixo dos espanhóis
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos estão em queda há oito sessões consecutivas, um movimento descendente que fica esta quarta-feira reforçado em 5,4 pontos base e que coloca os juros nos 0,627%. Esta é a remuneração mais baixa a ser exigida pelos investidores desde 27 de março, ou seja, as semanas iniciais da pandemia.
A vizinha Espanha não acompanha a tendência e, apesar de também ter assistido a um longo ciclo de quebras nos juros até segunda-feira, nas últimas duas sessões estes mostram agravamentos. Assim, os juros de Espanha ultrapassam de novo os de Portugal, colocando-se esta quarta-feira nos 0,640%.
Na referência europeia, a Alemanha, o movimento também é de agravamento, e os juros germânicos sobem aos -0,416% na sequência de uma subida de 1,5 pontos base.
Europa em leve alta com novos apoios económicos a bater à porta
As principais praças europeias terminaram o dia em alta, com o Stoxx 600 a manter-se em máximos de 11 semanas alcançados ontem, após a nova ajuda da Comissão Europeia.
A Comissão Europeia vai apresentar uma proposta para o fundo de recuperação da União Europeia composto por 750 mil milhões de euros, montante totalmente assegurado através da emissão de dívida conjunta por parte do órgão executivo comunitário. Esta verba divide-se em 500 mil milhões de euros a distribuir pelos Estados-membros através de subvenções a fundo perdido e 250 mil milhões via empréstimos.
Assim, o pan-europeu Stoxx 600 terminou a sessão a ganhar 0,13% para os 349,36 pontos.
Por outro lado, o otimismo dos investidores sobre uma recuperação económica mais célere deu força aos índices do "velho continente", ofuscado as renovadas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
De acordo com os analistas, a tendência de rotação voltou a repetir-se na sessão de hoje nos mercados acionistas globais, com os investidores a entrarem nas ações mais castigadas desde o início da pandemia, saindo das que têm registado o melhor desempenho.
Petróleo afunda mais de 5% com renovar de tensões EUA-China
As cotações do crude seguem a ceder terreno, penalizadas pelas fricções entre Washington e Pequim.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em julho recua 5,59% para 32,43 dólares por barril.
Já o contrato de julho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, segue a perder 5,11% para 34,32 dólares.
Esta é a primeira sessão da semana em que os preços do "ouro negro" estão a cair e a pressionar está o facto de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter dito que está a trabalhar numa forte resposta à lei de segurança nacional da China para Hong Kong.
As tensas relações entre as duas maiores economias mundiais poderão pesar nas empresas a nível mundial e na procura de petróleo – que já foi bastante penalizada pela pandemia de covid-19.
Os senadores norte-americanos já tinham anunciado na semana passada que pretendiam apresentar um projeto de lei no sentido de sancionar os dirigentes chineses devido à nova lei de segurança nacional para Hong Kong que visavam aprovar.
Pequim preparou uma nova lei contra "atividades subservisas" em Hong Kong [para impedir que ali se vivam cenários idênticos aos do final do ano passado, quando se registaram fortes manifestações contra o regime chinês], que não foi vista com bons olhos pelos Estados Unidos.
Com esta nova lei de segurança nacional, a China visa apertar o controlo em Hong Kong, restringindo a atividade da oposição para conter novos episódios de confrontos dos ativistas pela democracia.
Máximos do BCP e da Galp deixam PSI-20 em alta
O índice PSI-20 terminou a sessão desta quarta-feira, dia 27 de maio, a ganhar 0,12% para os 4.304,54 pontos, a rondar os máximos de dois meses e meio.
A sessão começou de forma positiva para as praças europeias, com o otimismo numa recuperação económica mais célere, à boleia do entusiasmo com a reabertura gradual das economias, a suportar os ganhos.
Para além disso, a Comissão Europeia apresentou hoje uma proposta para o fundo de recuperação da União Europeia composto por 750 mil milhões de euros, através da emissão de dívida conjunta por parte da instituição. Este montante vai ser dividido em dois: 500 mil milhões de euros serão distribuídos pelos Estados-membros através de subvenções a fundo perdido e 250 mil milhões via empréstimos.
Portugal poderá beneficiar de 26,3 mil milhões de euros deste apoio, segundo apurou o Negócios junto de fontes de Bruxelas. Deste valor, 15,5 mil milhões de euros dizem respeito a subvenções a fundo perdido e os restantes 10,8 mil milhões de euros através de empréstimos concedidos. Segundo a Reuters, Espanha e Itália deverão receber cerca de 40% do apoio total.
Por cá, a petrolífera Galp conseguiu tocar em máximos de 6 de março, ao valorizar 6,34% para os 11,065 euros por ação. Contudo, os preços do petróleo recuaram e o Brent, que serve de referência para Portugal, perde 5,11% para os 34,32 dólares por barril.
Em máximos está também o BCP, com um ganho de 4,55% para os 10,12 cêntimos por ação, um patamar tocado pela última vez a 30 de abril.
Yuan perto de mínimo recorde com tensão latente entre EUA e China
A moeda chinesa yuan posiciona-se muito próxima do mínimo histórico atingido no ano passado, numa altura em que circulam rumores de que o Governo chinês pode permitir a desvalorização da moeda como forma de punir os Estados Unidos.
O yuan (offshore) caiu 0,7% para os 7,1965 dólaras na quarta-feira, o mínimo desde 3 de setembro de 2019, a data do último mínimo de sempre.
As perdas têm-se acumulado desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem repetido acusações à China, nomeadamente no que toca à responsabilidade da pandemia de covid-19. Uma retórica alinha no tom negativo de algumas medidas recentes, como a aprovação de uma lei que permite a exclusão de cotadas chinesas da bolsa norte-americana. Ações que já mereceram uma resposta mais amarga do Governo chinês, que levantou a possibilidade de uma futura guerra fria entre ambos os países.
Já a moeda única europeia sobe 0,14% para os 1,0996 dólares, numa altura em que o estatuto de ativo refúgio da nota verde se torna menos atrativo para os investidores, que se mostram mais abertos ao risco com a reabertura controlada das economias.
Ouro abandonado no retorno ao otimismo
O metal amareli segue com uma queda de 0,48% para os 1.702,34 dólares por onça, nesta que é a terceira sessão de quebras da semana. Desde o máximo de sempre, atingido no dia 18, o ouro já caiu mais de 4%, um recuo que dita o regresso a níveis de 11 de maio.
A tirar o brilho ao ouro está o otimismo dos investidores, que os redireciona para os mercados acionistas, com renovado apetite para o risco. Numa altura em que os desentendimentos entre a China e os Estados Unidos estão em suspenso, o foco vira-se para as melhorias económicas permitidas pelo movimento global de desconfinamento.
Wall Street em alta com otimismo numa recuperação a ofuscar tensão EUA-China
Os três principais índices de Wall Street abriram a sessão desta quarta-feira em alta, com os investidores a apontarem para uma recuperação económica mais célere após a reabertura das economias.
Por esta altura, o Dow Jones avança 1,23% para os 25.303,35 pontos e o S&P 500 ganha 0,88% para os 3.017,95 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite soma 0,10% para os 9.349,49 pontos.
Contudo, por outro lado, as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China continuam a travar maiores ganhos, depois de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ter dito que estaria a preparar novas sanções contra a China, como resposta ao diploma de Pequim que pretende contornar a autonomia de Hong Kong.
Para já, as cotadas do setor do turismo, como as companhias aéreas, são as que mais sobem. A United Airlines, a American Airlines e a Norwegian Cruise Line Holdings sobre entre 10% a 12%.
O levantamento do confinamento, o otimismo em relação a uma eventual vacina para a covid-19 e o estímulo monetário e fiscal sem precedentes impulsionaram uma grande subida recente, ajudando o S&P 500 a terminar em máximos do início de março na sessão de ontem.
A fabricante de aviões Boeing deve anunciar cortes de empregos nos EUA esta semana, segundo a Reuters, que citam fontes ligadas ao sindicato dos trabalhadores.
Juros da Alemanha sobem após anúncio do fundo de recuperação
Os juros de referência para o bloco, a Alemanha, subiram 3,8 pontos base para os -0,396%, após a quantia revelada pelo fundo de recuperação, a ser distribuído pela Comissão Europeia.
No total, a Comissão Europeia vai apresentar uma proposta para o fundo de recuperação da União Europeia composto por 750 mil milhões de euros, através da emissão de dívida conjunta por parte da instituição.
Apesar da subida na Alemanha, nos países periféricos da Zona Euro registou o oposto: alargaram as quedas. No caso de Itália, a taxa de referência perde 6,1 pontos base para os 1,484%.
Os juros de Portugal a dez anos estão a perder 2,7 pontos base para os 0,648% na sessão desta quarta-feira, dia 27 de maio, que compara com os congéneres espanhóis, que negoceiam nos 0,666%.
Euro reverte para máximos de março após proposta do fundo de recuperação
Apesar do início de sessão a perder valor para o norte-americano dólar, o euro conseguiu recuperar após a proposta de Bruxelas para o fundo de recuperação.
Agora, o euro aprecia 0,35% para os 1,1020 dólares, um máximo de 31 de março deste ano.
A Comissão Europeia vai propor um fundo de recuperação económica para a União Europeia de 750 mil milhões de euros. Desse montante sabe-se que dois terços serão distribuídos a fundo perdido e os restantes 250 mil milhões através de empréstimos.
A libra continua a perder face ao dólar, ao cair 0,06% para os 1,1020 dólares.
Juros de Portugal estão no maior ciclo de quedas em dez meses
Os juros da dívida de Portugal continuam o seu percurso descendente e caem pela oitava sessão consecutiva, o que representa o maior ciclo de quedas desde julho do ano passado.
Com maturidade a dez anos, os juros nacionais perdem 0,8 pontos base para os 0,667% e estão cada vez mais perto dos da vizinha Espanha, que hoje caem 1 ponto base para os 0,676%.
A cair estão também os juros da referência para o bloco, a Alemanha, que hoje recuam 1,1 pontos base para os -0,444%.
Em Itália, os juros transalpinos encabeçam uma série de oito sessões consecutivas em queda, e negoceiam nos 1,539%.
Euro e libra voltam a perder fôlego para o dólar
As duas maiores divisa da Europa voltam a depreciar frente ao dólar na sessão desta quarta-feira, com as sanções desenhadas pela Casa Branca contra a China a darem força à moeda do país.
Por esta altura, o euro deprecia 0,21% para os 1,0960 dólares e a libra esterlina cai 0,24% para os 1,2305 dólares.
Isto porque o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que estava a planear novas sanções contra Pequim, como resposta ao diploma da China que pretende contornar a autonomia de Hong Kong.
Depois das ameaças da administração Trump, o renmbinbi caiu para mínimos de cerca de oito meses.
Europa em alta à espera do fundo de recuperação
As bolsas europeias negoceiam em alta, com os investidores animados com o avanço do desconfinamento no continente e a aguardarem os detalhes do Fundo de Recuperação que vai ser apresentado esta quarta-feira pela Comissão Europeia.
O Stoxx600 valoriza 0,4% e tal como ontem volta a ser impulsionado pelo setor bancário, automóvel e turismo, que recuperam assim parte das perdas acentuadas que sofreram desde o início da pandemia. A travar maiores ganhos está um novo aumento das tensões entre os EUA e a China, depois da imprensa norte-americana ter avançado que Donald Trump pretende avançar com sanções contra as autoridades e empresas na região administrativa especial de Hong Kong.
A Comissão Europeia apresenta hoje a sua proposta de um fundo de recuperação para reerguer a economia da União Europeia dos ‘escombros’ provocados pela pandemia da covid-19, perspetivando-se de seguida intensas negociações entre os 27 Estados-membros.
Os investidores mostram nesta altura confiança que as medidas das autoridades e o desconfinamento em muitos países vai contribuir para uma retoma económica mais célere do que se previa há algumas semanas.
Ouro cai pelo terceiro dia seguido com regresso do apetite pelo risco
O ouro, um ativo considerado de refúgio e que tradicionalmente tem uma maior procura em períodos de maior turbulência nos mercados de ações, segue a desvalorizar pelo terceiro dia, devido ao otimismo dos investidores.
O metal precioso cai 0,26% para os 1.706,15 dólares por onça, afastando-se dos máximos de mais de sete anos atingidos na semana passada, acima dos 1.765 dólares.
Hoje, com o otimismo sobre uma recuperação económica mais rápida do que o previsto a ofuscar a tensão comercial entre EUA e China, os investidores procuram ativos de maior risco, deixando o ouro para segundo plano.
Petróleo cai mais de 1% com Rússia a planear aliviar cortes de produção
Os preços do petróleo regressam hoje às quedas, afastando-se dos máximos de 11 semanas, numa altura em que a Rússia planeia diminuir os cortes de produção anteriormente acordados a partir de julho, segundo a Bloomberg.
Uma fonte próxima do assunto, ligada a Moscovo, disse que os dirigentes moscovitas querem recuar do acordo de cortes de produção alinhado na última reunião da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados) a partir de julho. Contudo, o porta-voz do Kremlin disse que a Rússia ia ainda avaliar o mercado até tomar uma decisão definitiva.
A par desta indecisão russa, outro dos fatores que retrai os preços do petróleo está a ser a renovada tensão entre a China e os Estados Unidos, com Washington a considerar punir Pequim, devido à sua intransigência com Hong Kong.
O preço do Brent, negociado em Londres e que serve de referência para Portugal, perde 1,16% para os 35,75 dólares por barril. O WTI (West Texas Intermediate) assume um rumo semelhante ao cair 1,19% para os 33,94 dólares por barril.
Ao mesmo tempo, as perspetivas para o mercado físico de petróleo continuam a melhorar, depois de países como a Nigéria e a Argélia terem subido os preços praticados, num sinal de que os clientes estão dispostos a pagar mais pelos barris.
Os cortes da oferta e a recuperação da procura em alguns países, após o alívio das restrições de confinamento, fizeram com que o petróleo subisse cerca de 80% neste mês, depois de cair abaixo de zero em abril.
Futuros da Europa e dos EUA sorridentes, após sessão mista na Ásia
Os futuros das ações dos EUA e da Europa seguem com ganhos ligeiros, antecipando uma nova sessão em alta, depois de os máximos atingidos ontem em ambas as regiões.
Assim, os futuros do norte-americano S&P 500 avançam 0,6%, enquanto que os futuros do europeu Stoxx 50, que reúne as 50 maiores empresas da região, ganham 0,4%.
Apesar da boa prestação a ocidente, impulsionada pelas esperanças numa recuperação económica mais rápida, nas praças asiáticas o cenário registado foi ligeiramente diferente, com as tensões crescentes entre o Estados Unidos e a China a fazerem recuar alguns índices.
Na China e em Hong Kong, as praças nacionais registaram quedas e o renminbi offshore caiu para um mínimo em cerca de oito meses, com os protestos em Hong Kong e o agudizar de tensões sino-americanas a presisonar.
O Departamento do Tesouro norte-americano pode impor controlos às transações e congelar ativos de empresas chinesas, após a implementação de uma nova lei de segurança nacional que vai reduzir os direitos e liberdades dos cidadãos de Hong Kong, segundo a Bloomberg.
No Japão o sentimento foi mais otimista, com a praça de Tóquio animada com os novos planos para um segundo pacote de estímulos económicos que será lançado sobre o país.