Notícia
Agravamento da covid-19 na Europa acaba com rally nas bolsas. Brent abaixo dos 80 dólares
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Dólar perde força com possível aceleração dos juros
O dólar perde força numa altura em que os Estados Unidos sinalizam uma aceleração da retirada dos estímulos. O governador da Reserva Federal dos EUA Christopher Waller disse, esta sexta-feira, que o banco central poderá agir mais depressa devido à recuperação rápida e os elevados níveis de inflação.
"A economia continua a crescer e a criar empregos a um ritmo rápido, registando um progresso estável em direção à meta da Reserva Federal de pleno emprego", apontou Waller. "Se a economia registar um progresso rápido em direção ao pleno emprego ou os dados da inflação não mostrarem sinais de recuo face às atuais leituras elevadas, o Comité pode optar por acelerar o tapering".
Acrescentou que os próximos meses serão decisivos para determinar como se desenrola este processo. Em reação (bem como ao agravamento do número de casos de covid-19 na Europa), o dólar perdeu força. O euro segue assim a apreciar-se 0,47% para 1,13 dólares.
Ouro ganha com menos apetite pelo risco
O metal amarelo está a negociar no verde, impulsionado pelo facto de os investidores estarem mais avessos ao risco devido às pressões inflacionistas e às novas restrições na Europa decorrentes do coronavírus.
Os investidores estão a pesar os riscos da escalada dos novos casos de covid na Europa, numa altura em que a Áustria já impôs confinamento total e a Alemanha está a pensar seguir o mesmo caminho.
O ouro a pronto (spot) segue a ganhar 0,2% para 1.861,46 dólares por onça no mercado londrino.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro somam também 0,2%, para 1.864 dólares por onça.
Receios com pandemia empurram investidores para as obrigações
Os juros das obrigações estiveram a aliviar por toda a Europa, com os investidores a procurarem refúgio nas obrigações soberanas, perante os receios crescentes de novos confinamentos na Europa.
As alemãs "bunds" desceram 6,6 pontos base para -0,346%, com os investidores a procurarem refúgio da instabilidade nas bolsas na dívida germânica.
Mais a Sul, a taxa a 10 anos da República Portuguesa recuou 4,5 pontos base para 0,295%, enquanto a "yield" a 10 anos espanhola baixou 5,6% para 0,38% e o juro transalpino caiu 5,7 pontos para 0,861%.
A sustentar os juros das obrigações soberanas no euro estão ainda as declarações da presidente do Banco Central Europeu, que reiterou que os estímulos são para manter. Christine Lagarde advertiu esta sexta-feira que não é aconselhável "retirar prematuramente os estímulos monetários na zona euro" porque a elevada inflação atual vai diminuir.
Receios de novos confinamentos interrompem ciclo de ganhos semanais na Europa
As principais praças europeias terminaram a última sessão da semana a corrigir, arrastadas pelos receios de novas medidas de restrição para conter o aumento de novas infeções por covid-19. O índice europeu Stoxx 600 terminou com o primeiro saldo semanal negativo em sete semanas.
O índice de referência Stoxx 600 cedeu 0,26%, arrastados pelas quedas expressivas dos setores mais cíclicos. O setor da banca tombou mais de 2%, enquanto o setor do petróleo caiu 2,5% e o automóvel desvalorizou 1,5%.
A pressionar a negociação está o agravamento da pandemia, num momento em que vários países estão a apertar as medidas de restrição, para conter os aumentos de novos casos. Depois da Alemanha ter regressado ao teletrabalho e ter reforçado as restrições para não vacinados, a Áustria impôs um novo confinamento e a obrigatoriedade da vacina, com os investidores a recearem que outros países se sigam com medidas de confinamento.
As ações europeias encerraram o ciclo de seis semanas consecutivas de ganhos. O índice Stoxx 600 fechou com uma descida mensal de 0,14%, pressionado pelos receios recentes associados à pandemia.
Apesar destas preocupações, vários bancos de investimento têm estado a divulgar já as suas previsões para o próximo ano, mantendo-se otimistas para o desempenho das ações, que continuam a liderar a preferência.
Brent quebra fasquia dos 80 dólares com ressurgimento de receios em torno da covid
Os preços do "ouro negro" seguem em terreno negativo, com o novo aumento de casos de covid-19 na Europa a ameaçar abrandar a retoma económica, o que diminuirá a procura por combustível.
Além disso, os investidores estão também atentos à potencial libertação de reservas de crude por parte de grandes economias no sentido de abrandar os preços.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em dezembro cede 2,76% para 76,83 dólares por barril.
Já o contrato de dezembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, cai 2,72% para 79,03 dólares. Já chegou hoje a recuar para 78,15 dólares, o nível mais baixo desde inícios de outubro.
De manhã, as cotações do petróleo chegaram a estar em terreno positivo, mas depressa inverteram, numa sessão que está a revelar-se de grande volatilidade. A subida inicial deveu-se à "aparente indiferença dos investidores em relação a relatórios de um potencial aproveitamento coordenado de reservas estratégicas de petróleo pelos EUA, China e de outras economias importantes", comentou Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europe SA, na sua análise diária. Entretanto, essa perspetiva acabou por voltar a pesar.
Wall Street arranca sessão a digerir novo confinamento na Áustria
Os índices norte-americanos arrancaram a sessão divididos: enquanto o industrial Dow Jones abriu em terreno negativo e o S&P 500 abriram negativos, o tecnológico Nasdaq regista ganhos ligeiros.
O Dow Jones cede 0,5% para 35.690,07 pontos e o S&P 500 cai 0,04% para 4.702,37 pontos. O Nasdaq está em terreno positivo, a valorizar 0,29% para 16.039,87 pontos.
Os investidores do outro lado do Atlântico estão a digerir as notícias que chegam da Europa, num dia em que a Áustria anuncia um novo confinamento em todo o país e torna a vacina contra a covid-19 obrigatória. Depois de decretar um confinamento para os não-vacinados, o Governo austríaco estende este confinamento a todo o país. "Há muitos entre nós que não demonstraram solidariedade", justificou o chanceler Alexander Schallenberg. "Aumentar a taxa de vacinação é a única forma de quebrar este círculo vicioso".
E, de acordo com a Bloomberg, a Alemanha poderá seguir também o exemplo da Áustria. Neste momento, o ministro alemão Jens Spahn indica que o país "está numa situação em que não deverá ser excluída qualquer opção".
Perante estas notícias vindas do velho continente, os investidores norte-americanos pesam se esta subida de casos na Europa poderá travar o crescimento económico.
BCP desvaloriza 4,55% e pesa em Lisboa
A bolsa de Lisboa continua a negociar em terreno negativo, seguindo nesta altura a desvalorizar 1,28%. As principais praças europeias estão também no vermelho, com a subida dos números de casos de covid-19 na Europa a pesar no sentimento dos investidores. O Stoxx 600 cai nesta altura cerca de 0,2%.
Em Lisboa, 15 das 19 cotadas estão a negociar no vermelho. O peso-pesado BCP está a pressionar o índice, desvalorizando mais de 4,5% para 0,15 euros. Esta queda está em linha com o recuo do setor da banca na Europa, que está a liderar as perdas no Stoxx 600, ao desvalorizar quase 2,5%.
A Altri, que até começou o dia a liderar os ganhos em Lisboa, inverteu e está agora a cair 4,07% para 5,54 euros.
A Galp está a cair mais de 2,25%, enqunato a Greenvolt deprecia 2,69%. A Ibersol está a ceder 3%, no dia em que começaram a negociar em Lisboa as novas ações que foram emitidas no aumento de capital da empresa.
Nesta altura, apenas a Ramada e a Jerónimo Martins estão em alta, com a Ramada a valorizar 2% e a dona do Pingo Doce a avançar menos de 0,2%.
Uma nota ainda para o petróleo, que inverteu e está agora em terreno negativo. O WTI cai 3,01% para 76,63 dólares por barril e o brent do Mar do Norte cede 3,18% para 78,66 dólares.
PSI-20 contraria ganhos ligeiros da Europa
As principais praças europeias estão a negociar em terreno positivo, com exceção de Lisboa, que está a cair 0,24%, penalizado pelo recuo do BCP, que cede mais de 2%.
O Stoxx 600, o índice que agrupa as maiores cotadas do velho continente, está a valorizar 0,37% para 489,48 pontos. A polaca InPost está a liderar os ganhos neste índice, a subir 5,58%, após ter anunciado uma parceria com o eBay. A gigante de e-commerce vai juntar-se à InPost para permitir aos vendedores aceder a 2.500 cacifos da InPost para acelerar as entregas.
No que toca a setores, apenas as "utilities", turismo e media estão no vermelho, a cair 0,25%, 0,26% e 0,02%, respetivamente.
Do lado dos ganhos, o setor dos recursos está a ganhar 1,68%, seguido pelo setor do petróleo e gás, que valoriza 0,75%.
Nesta altura, o espanhol IBEX valoriza 0,27%, o alemão DAX ganha 0,28%, o francês CAC40 aprecia 0,49% e o FTSE sobe 0,44%. Nota ainda para os ganhos de 0,25% na bolsa de Amesterdão e de 0,23% em Itália.
Petróleo a subir. WTI abaixo dos 80 dólares por barril
O petróleo está a avançar esta manhã, ainda à espera de uma decisão concreta sobre o possível acesso às reservas estratégicas de petróleo por parte dos Estados Unidos.
A China, por exemplo, anunciou esta quinta-feira que está a trabalhar neste tema, ainda que não tenha avançado mais detalhes.
Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI) está a avançar 0,46% em Nova Iorque, com o barril já abaixo dos 80 dólares, mais concretamente nos 79,37 dólares.
Já o brent do Mar do Norte, que serve de referência a Portugal, está a avançar 0,48%, com o barril a cotar nos 81,63 dólares.
Juros a subir na Europa
Os juros da dívida soberana estão a subir em vários países europeus esta sexta-feira. Nesta altura, as "bunds" germânicas, vistas como a referência na Zona Euro, estão a avançar 0,8 pontos base para -0,271%.
O mesmo cenário é visto nos juros da dívida italiana com maturidade a dez anos, que estão a subir 0,6 pontos base para 0,923%.
Na Península Ibérica, os juros de Portugal a dez anos estão a subir 0,5 pontos base para 0,345%; em Espanha, regista-se nesta altura uma subida de 0,2 pontos base para 0,438%.
Intervenções de membros da Fed pesam no ouro. Euro no vermelho
O ouro está a desvalorizar esta sexta-feira, a ceder 0,23% para 1.854,67 dólares por onça.
Esta é a segunda sessão em queda deste metal precioso, numa altura em que as posições contrastantes apresentadas pelos membros da Reserva Federal dos EUA (Fed) estão a concentrar as atenções dos investidores.
As intervenções feitas ao longo desta quinta-feira não terão dado a clarificação necessária aos investidores sobre de que forma o banco central pretende gerir as pressões de subidas de preço.
E, segundo os analistas ouvidos pela Bloomberg, o ouro precisa de um "novo catalisador depois de a onda de decisões sobre política monetária terem apresentado visões divergentes sobre como é que os bancos centrais estão a enfrentar a inflação", explica Edward Moya, analista sénior da Oanda Corp. "O ouro está preso num modo de esperar para ver o que vai a Fed fazer, algo que poderá continuar até ao final deste ano".
Já no que toca a moedas, o euro está a ceder 0,4% perante o dólar, para 1,1325 dólares. A libra esterlina está a cair 0,2% face ao dólar para 1,3467 dólares.
O dólar está em alta, a valorizar 0,27% perante um cabaz composto por divisas rivais.
Futuros da Europa em alta. Investidores pesam dados e subida de casos
Os futuros da Europa apontam para uma abertura em alta nas principais praças do velho continente. Ainda assim, os investidores prometem manter-se atentos aos indicadores económicos e ao tema da inflação. Além disso, a subida de casos de covid-19 em vários países europeus também vai estar na lista de fatores a ponderar.
Na Ásia, a sessão decorreu de forma mista. A bolsa de Xangai liderou os ganhos entre as congéneres asiáticas, avançando 1,13%. Já no Hang Seng, foi registada uma queda de 1,24%, com o tombo acima de 10% das ações da Alibaba em Hong Kong, após a gigante tecnológica ter ficado aquém das expectativas no que diz respeito a receitas e lucro.
No Japão, tanto o Nikkei como o Topix fecharam em terreno positivo, com ganhos de 0,5% e 0,44%, respetivamente. O anúncio de um novo plano de relançamento de 430 mil milhões de euros no Japão para apoiar a recuperação económica animou os investidores.