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Fecho dos mercados: Bolsas disparam, juros sobem e euros afunda

A expectativa de novos estímulos por parte da autoridade monetária do euro, associada ao novo corte de juros da China fez disparar o Stoxx 600, sendo que o PSI-20 subiu mais de 1%. Isto num dia em que os juros da dívida soberana corrigiram das descidas acentuadas.

Reuters
23 de Outubro de 2015 às 17:20
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 1,01% para 5.423,06 pontos

Stoxx 600 subiu 1,99% para 377,36 pontos

S&P 500 valoriza 0,69% para 2.066,66 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 4,8 pontos base para 2,370%

Euro recua 0,78% para 1,1022 dólares

Petróleo cai 1,85% para 44,55 dólares por barril

 

Bolsas disparam à boleia de novos estímulos

O BCE, com a promessa de mais estímulos à economia da Zona Euro, deu o mote para mais uma sessão de fortes ganhos. O Stoxx 600 somou 1,99%, enquanto o PSI-20 fechou a valorizar 1,01%. Na bolsa nacional nacional, e num dia de subidas generalizadas nos mercados accionistas, EDP e a EDP Renováveis, com valorizações de 0,83% e 2%, respectivamente, animaram a sessão, sendo que a Mota-Engil foi a estrela: as acções da construtora chegaram a  disparar mais de 16%, fechando com um ganho de 6,37% para 2,188 euros.

 

A cotada que mais puxou pelo índice português foi, contudo, a Nos ao apresentar uma valorização de 2,44% para 7,40 euros, acompanhando assim a tendência de subida das cotadas do sector tecnológico nos EUA. Microsoft, Amazon e Google tocaram máximos após resultados, levando o Nasdaq para máximos de dois meses e permitindo anular as quedas do ano do S&P 500.

 

Juros da dívida regressam às subidas

Após uma forte queda perante o abrir de porta a novos estímulos por parte do BCE, os juros da dívida soberana dos países do euro voltaram às subidas. Com a escalada dos activos de risco, as acções, os investidores afastaram-se das obrigações, fazendo baixar o preço destas. As "yield" subiram na generalidade dos países, com as taxas dos periféricos a aumentarem mais do que as da Alemanha (subiu 1,6 pontos para 0,512%).

 

A taxa a 10 anos de Portugal aumentou 4,8 pontos, um pouco mais do que a de Espanha (subiu 4,3 pontos para 1,635%) e Itália. Avançou para 2,37%, sendo que o prémio de risco agravou-se em 3,2 pontos para 185,7 pontos, sendo esta evolução, em parte, reflexo da possibilidade de "incerteza e instabilidade" política durante meses, como alerta o Barclays.

 

Euribor afundam após reunião do BCE

As Euribor afundaram em todos os prazos. A taxa a três meses foi fixada no mínimo de sempre de -0,061%, após uma queda de 0,8 pontos base, sendo que no caso da taxa a seis meses, a mais utilizada como indexante de crédito à habitação em Portugal, a descida foi ainda mais expressiva: caiu 0,9 pontos para um novo mínimos histórico de 0,010%. Fortes descidas explicadas pela perspectiva de novos estímulos à Zona Euro que foram sinalizados por Mario Draghi, presidente do BCE.

 

Euro recua para 1,10 dólares

O euro manteve a tendência de queda. A moeda única voltou a cair, recuando um máximo de 0,91% face ao dólar, com os investidores ainda a reagirem ao facto de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), ter indicado na quinta-feira, 22 de Outubro, que a autoridade monetária está a equacionar avançar com mais medidas de estímulo à economia. A divisa seguia a perder 0,78% para 1,1022 dólares, negociando no valor mais baixo desde meados de Agosto. No acumulado da semana caiu 2,88%.

 

Petróleo acentua quedas

O petróleo voltou a perder valor, registando a segunda queda semanal consecutiva perante a cada vez maior oferta da matéria-prima num contexto em que a procura continua fraca. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, estava a cair 1,85% para 44,55 dólares, cotando em mínimos de três semanas. Aumentou o desconto face ao Brent, negociado em Londres, apesar de também neste mercado o barril estar a perder valor. Seguia a cair 0,67% para 47,76 dólares.

 

Nem a China acelera o cobre

Apesar de a China ter cortado a taxa de juro de referência, baixando-a de 4,6% para 4,35% com o objectivo de evitar um maior abrandamento da economia chinesa, o cobre voltou a cair. O metal, conhecido por ser o "termómetro da economia", recuou 1,3% para 2,3515 dólares por libra-peso no Comex, em Nova Iorque, recuando pela quinta sessão nas últimas seis, com os analistas a recearem que esta decisão de cortar os juros seja um reconhecimento de que a segunda maior economia do mundo está a travar de forma acentuada.

 

Destaques do dia

 

Banco central da China corta taxa de juro de referência - O Banco Popular da China decidiu descer os juros e reduzir as reservas mínimas para os bancos, com o objectivo de impulsionar a economia e atingir a meta de crescimento de 7% este ano.

Microsoft, Amazon e Google em máximos após resultados - As três tecnológicas apresentaram resultados superiores ao estimado, o que está a impulsionar as suas acções em bolsa. A Google e a Amazon atingiram máximos históricos, enquanto a Microsoft negoceia no valor mais elevado em mais de 15 anos.

Jack Dorsey vai dar um terço das suas acções no Twitter aos funcionários - O presidente executivo do Twitter, Jack Dorsey, vai dar aos funcionários 1% das acções da rede social. Esta iniciativa faz parte do plano de Jack Dorsey para reorganizar a empresa e aumentar o moral dos funcionários.

Dono da Zara torna-se o mais rico do mundo no "tempo real" da Forbes - Foram os jornais espanhóis que repararam: Amancio Ortega superou Bill Gates e é o mais rico do mundo. A justificação? As acções da Inditex, que estão em máximos históricos. Na última lista oficial, de Março, estava em quarto lugar.

Mota-Engil dispara mais de 16% - A construtora está a destacar-se nos ganhos na praça nacional, num dia marcado por subidas acentuadas na generalidade dos índices. Ganha 10%, tendo disparado logo após o almoço.

Portucel e Semapa vêem avaliação revista em alta pela Haitong - A evolução estrutural da Portucel, bem como o melhor mercado, são factores positivos para a empresa. Já a Semapa beneficia directamente da Portucel, além da redução do número de acções. Factores que levaram a Haitong a rever em alta a avaliação para as empresas. Ao mesmo tempo, o banco subiu a avaliação da Altri para 4,7 euros à espera de lucros recorde.

Barclays espera que "incerteza e instabilidade" política agravem "spread" de Portugal - O banco britânico espera que Portugal seja penalizado por "incerteza e instabilidade" política durante meses, o que deverá penalizar os títulos de dívida e a confiança na economia portuguesa.

Avaliação bancária volta a aumentar e anula queda de Agosto - Com o aumento registado em Setembro, a média da avaliação bancária anulou a queda registada um mês antes. Voltou aos 1.039 euros por metro quadrado.

Itália angaria 3,1 mil milhões com privatização dos correios - Com uma forte procura, o Tesouro italiano vendeu esta sexta-feira 34,7% da empresa estatal de correios. Uma operação na qual a empresa ficou avaliada em 8,82 mil milhões de euros, com cada título a ser vendido a 6,75 euros.

Combustíveis voltam a descer, mas Draghi trava redução - Os preços dos combustíveis vão voltar a descer, mantendo a tendência registada esta semana. Haverá, no arranque da próxima semana, reduções entre um e dois cêntimos. Só não baixam mais por causa de Mario Draghi.

 

O que vai acontecer na segunda-feira

 

Resultados em Lisboa – A Galp Energia vai dar o "pontapé de saída" na época de resultados do terceiro trimestre na bolsa nacional. A generalidade dos analistas antecipa que a petrolífera vai revelar um crescimento das contas à boleia das margens de refinação.

Indicadores nos EUA – São conhecidos os dados das vendas a retalho, mas também as vendas de casas novas. Ambos os indicadores são referentes ao mês de Setembro.

Economia na China – O Partido Comunista Chinês (PCC) vai debater a política económica e social para os próximos cinco anos. O quinto plenário do PCC arranca segunda-feira, dia 26, mas prolonga-se até 29 de Outubro.

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