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Fecho dos mercados: Banca italiana arrasta bolsas, metais preciosos ganham brilho

As bolsas do Velho Continente terminaram a desvalorizar, colocando um ponto final numa série de quatro sessões positivas. Já o ouro e a prata continuam a negociar em máximos de dois anos.

Bloomberg
04 de Julho de 2016 às 17:26
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,05% para 4.492,98 pontos

Stoxx 600 caiu 0,74% para 329,78 pontos

S&P 500 encerrado

"Yield" da dívida a 10 anos de Portugal desceu 3,1 pontos base para 2,984%

Euro sobe 0,08% para 1,1145 dólares

Petróleo desce 0,42% para 50,14 dólares por barril em Londres

Banca italiana determina queda das bolsas

As bolsas do Velho Continente estiveram a corrigir pela primeira vez em cinco sessões, arrastadas pelas preocupações em torno dos bancos italianos. O índice Stoxx 600 caiu 0,74%, interrompendo a recuperação de 7,6% registada nas últimas quatro sessões. Em destaque estiveram os bancos italianos. O Banca Monte dei Paschi afundou mais de 10% na bolsa de Milão, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter pedido à instituição que reduza em 14 mil milhões de euros o crédito malparado nos próximos três anos.

O português PSI-20 esteve a contrariar a tendência de queda das bolsas europeias. Avançou 0,05%, suportado pelas valorizações das acções do grupo EDP. A eléctrica avançou 0,58% para 2,798 euros, enquanto a sua subsidiária EDP Renováveis somou 0,84% para 6,846 euros. Em alta fechou ainda a Jerónimo Martins. Já a banca acompanhou as quedas do sector na Europa. O BCP desceu 1,07% para 0,0185 euros.

Juros prolongam correcção
Depois de ter caído mais de 34 pontos base na semana passada, a taxa a dez anos de Portugal esteve novamente a corrigir esta segunda-feira, 4 de Julho. A "yield" portuguesa caiu 3,1 pontos base para 2,984%, sustentada pela expectativa de que mais medidas do BCE ajudem a conter o impacto do Brexit. Segundo uma notícia avançada na semana passada, o BCE estuda deixar de fazer corresponder as compras à chave de capital que cada país detém no BCE, passando a equivaler ao valor da dívida de cada estado. Esta é uma das hipóteses para mitigar a falta de obrigações para manter o ritmo de compras. O "spread" face à dívida alemã também recuou. Desceu para 312,42 pontos.


Euribor renovam mínimos

As taxas Euribor atingiram esta segunda-feira novos mínimos históricos em todos os prazos. A Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, desceu hoje para uns inéditos -0,185%. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, foi hoje fixada em -0,291%, um novo mínimo. A descida das taxas interbancárias reflecte a expectativa de mais estímulos monetários por parte do Banco Central Europeu, na sequência da decisão dos britânicos de saírem da União Europeia.

Libra interrompe maior queda desde 2009

A moeda britânica interrompeu a maior queda de duas semanas em mais de sete anos, sustentada pela indicação de maiores estímulos monetários no país. A libra segue praticamente estabilizada em 1,3264 dólares, depois de ter afundado 7,6% nas últimas duas semanas, depois dos britânicos terem votado a favor do Brexit. A travar as descidas está a expectativa de mais medidas por parte do Banco de Inglaterra para suportar a economia e encorajar o investimento no país.

Petróleo em queda

Os preços do petróleo estão a negociar no vermelho, a acompanharem as quedas das bolsas do Velho Continente, num dia em que a negociação está encerrada nos EUA devido a feriado. O Brent segue a deslizar 0,42% para 50,14 dólares por barril, enquanto o WTI, em Nova Iorque, cai 0,33% para 48,84 dólares. A pressionar as cotações está a expectativa de um aumento das reservas de gasolina nos EUA, um aumento que deverá superar a subida da procura.

Metais preciosos ganham brilho

O Brexit continua a liderar a negociação nos mercados financeiros, com o ouro, mas também a prata, a serem os principais beneficiados com o resultado do referendo britânico do passado dia 23 de Junho. O metal precioso dispara quase 100 dólares por onça desde que o Reino Unido foi às urnas, tendo mesmo voltado a superar a fasquia dos 1.300 dólares, enquanto a prata negoceia pela primeira vez acima dos 21 dólares desde 2014. O ouro segue a valorizar 0,69% para 1.350,60 dólares por onça, o valor mais elevado desde Agosto de 2014, enquanto a prata já chegou a disparar mais de 7% para 21,1377 dólares.

Destaques do dia

Mota-Engil paga 6 milhões para não ser acusada de fraude fiscal. O grupo Mota-Engil beneficiou da suspensão provisória de processo depois de pagar os impostos em falta detectados no âmbito da Operação Furacão, noticiou o Observador. A investigação ao envolvimento da construtora foi concluída em Maio passado.

Isabel dos Santos suspende venda de activos da Sonangol. Isabel dos Santos está a reestruturar a carteira de negócios da petrolífera angolana. Até este processo estar concluído todas as eventuais alienações ficam em banho-maria.

Governo assume ao sindicato da CGD corte de 2.500 trabalhadores até 2019. A Caixa prepara acordos com bancos locais dos países que quer abandonar, segundo avança o STEC. Na reunião que teve com o sindicato, Mourinho Félix continuou sem avançar números da capitalização.

Italiano Monte dei Paschi afunda 10% com receios de recapitalização. O banco italiano está a afundar em bolsa e a arrastar todo o sector, depois de o BCE ter pedido que reduzisse o crédito malparado em 14 mil milhões de euros nos próximos três anos.

BCE pode reforçar estímulos em Julho ou Setembro. A maioria dos economistas consultados pela Bloomberg prevê que o presidente do BCE, Mario Draghi, estenderá o programa mensal de compra de activos, de 80 mil milhões de euros, para além de Março de 2017.

Costa rejeita necessidade de plano B para evitar sanções. Nem plano B, nem medidas adicionais. A execução orçamental deste ano "está a correr bem" e não há nenhuma medida que possa ser tomada em 2016 que resolva o desvio orçamental do ano passado. Esta é a resposta do primeiro-ministro a Bruxelas.

O que vai acontecer amanhã

Indicadores na Zona Euro. São divulgadas as vendas a retalho, relativas ao mês de Maio.

Política no Reino Unido. Militantes do Partido Conservador vão às urnas no processo de eleição do sucessor de David Cameron. Esta é a primeira votação. 

Política monetária no Reino Unido. Mark Carney apresenta o Relatório de Estabilidade Financeira.

Indicadores nos EUA. São divulgadas as encomendas à indústria e as encomendas de bens duradouros, ambas relativas a Maio.

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