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Fecho dos mercados: Trump puxa Europa para o "vermelho". Petróleo cai e dólar valoriza

Principais mercados europeus agravaram as quedas, depois do presidente dos Estados Unidos ter dito que afinal não existia nenhum acordo com a China, sobre a política de tarifas, como tinha sido anunciado ontem. Dólar sobe para máximos de três semanas.

#5 - Donald Trump
Michael Reynolds/EPA
Gonçalo Almeida goncaloalmeida@negocios.pt 08 de Novembro de 2019 às 17:26

Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,16% para 5.304,81 pontos

Stoxx 600 perdeu 0,28% para 405,42 pontos

S&P500 cai 0,01% para 3.085,01 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,7 pontos base para 0,315%

Euro recua 0,27% para 1,102 dólares

Petróleo em Londres cai 0,01% para 62,28 dólares o barril

 

Trump leva bolsas europeias para o vermelho
Hoje um novo volte-face na relação entre os Estados Unidos e a China fez com que as bolsas europeias agravassem as quedas, que assumiram desde o início de sessão. Donald Trump, presidente dos EUA, desmentiu o seu conselheiro económico Larry Kudlow e disse que não existia nenhum entendimento com a China sobre a retirada de forma faseada das tarifas aduaneiras impostas entre as duas maiores economias do mundo, segundo a Reuters. 

Trump disse que não pretende eliminar por completo as tarifas que os EUA têm vindo a aplicar sobre produtos "made in China". Esta notícia caiu mal junto dos mercados de ações e os três principais índices de Wall Street perdem entre 0,1% e 0,2%, afastando-se dos máximos históricos atingidos nas últimas sessões. 

A situação no Stoxx 600 foi idêntica, com o índice que reúne as 600 maiores cotadas da região a cair 0,28% para 405,42 pontos. Os setores que mais contribuíram para esta desvalorização foram o retalho e a banca. 

Por cá, o índice PSI-20 conseguiu contrariar a tendência geral, com forte apoio dos CTT que terminaram a sessão desta sexta-feira a registar a maior subida semanal desde que a empresa é cotada em bolsa. Hoje, a empresa liderada por João Bento registou uma subida de 3,55% para 3,152 euros. 

Também a Pharol foi uma das cotadas que deu a mão a esta boa prestação da bolsa nacional. A antiga PT disparou 8,86% para 0,1130 euros na maioria subida diária registada pela cotada em 2019, o que contribuiu para que negociasse na cotação mais alta desde 18 de setembro. 

 

Juros de Portugal sobem, mas ganham aos de Espanha
Os juros da dívida soberana portuguesa inverteram a tendência do resto da Europa e subiram 1,7 pontos base para os 0,315%. No mercado secundário de dívida pública, os juros portugueses a dez anos passaram a negociar abaixo dos juros espanhóis a 7 de outubro, logo após as eleições legislativas portuguesas, e a tendência permanece. Hoje, os de Espanha com a mesma maturidade seguem estáveis nos 0,381%.

Hoje, a agência que gere a dívida pública portuguesa anunciou vai realizar um novo leilão de dívida na próxima semana. O objetivo é emitir obrigações a 10 anos, num montante total entre 750 e 1.000 milhões de euros. 

Os juros da referência para a região, a Alemanha, caem 2,6 pontos base para os -0,265%.

 

Libra perde força com incerteza Brexit. Dólar em máximos
A libra depreciou 0,24% para os 1,278 dólares e encaminha-se para uma nova queda semanal, com os investidores a aguardarem por novidades sobre o divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia, antes das eleições marcadas para o dia 12 de dezembro.

Em sentido contrário, o dólar tocou em máximos de três semanas face ao euro, que recua 0,27% para 1,102 dólares, fazendo-se valer da sua posição de ativo de refúgio, numa altura em que a incerteza entre a realção comercial entre a China e os EUA voltaram.   

Petróleo cai após posição de Trump
O preço do petróleo segue em queda, e agravou a desvalorização depois do presidente dos Estados Unidos ter dito que não existia nenhum acordo com a China quanto à retirada de tarifas impostas por cada um dos países. O Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, cai 0,01% para 62,28 dólares o barril. O norte-americano WTI segue a tendência e perde 0,03% para os 57,13 dólares por barril. 

O preço do Brent caiu 15% desde que atingiu o seu pico do ano, numa altura em que a produção do "ouro negro" não para de aumentar. A OPEP+ vai provavelmente anunciar que a oferta de petróleo vai permanecer estável, não estando qualquer corte na mente do cartel do petróleo, de acordo com uma nota do Goldman Sachs, divulgada pela Bloomberg. 

 

Ouro com maior queda semanal em três anos
O metal precioso cai 0,34% para os 1.463,60 dólares por onça, na sessão desta sexta-feira, e registou a maior queda semanal em quase três anos. Apesar de hoje os ativos de refúgio estarem a ser mais procurados, devido à instalação da incerteza comercial, o ouro corrige dos fortes ganhos que tem sido alvo nos últimos meses. 

 

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