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Fecho dos mercados: Rússia coloca petróleo a cair e bolsas descem pela quarta sessão  

O dia foi negativo para as bolsas, numa sessão em que o sector tecnológico foi o que mais pressionou. O petróleo regressou às quedas e os juros da dívida portuguesa subiram pela 11.ª sessão.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 perdeu 0,21% para 4.903,59 pontos

Stoxx 600 recuou 0,73% para 355,11 pontos

S&P 500 cede 1,31% para 2.700,53 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 1 ponto base para 1,986%

Euro ganha 0,32% para 1,1452 dólares

Petróleo desce 1,29% para 65,90 dólares por barril em Londres

 

Tecnológicas levam Europa à quarta sessão no vermelho

As bolsas europeias arrancaram a semana a marcar a quarta sessão em terreno negativo, com os índices a serem penalizados sobretudo pelas tecnológicas. O Stoxx600 fechou a descer 0,73% para 355,11 pontos, tendo atingido ao longo da sessão o valor mais baixo desde 31 de Outubro.

 

A penalizar estão sobretudo as cotadas do sector tecnológico, arrastadas pela Apple, depois de o The Wall Street Journal ter avançado que a empresa liderada por Tim Cook diminuiu os seus pedidos de produção de três modelos do iPhone lançados em Setembro. As acções da Apple estão a descer quase 3%, assim como os títulos da Lumentum Holdings Inc, Universal Display Corp, Cirrus Logic Inc and Skyworks Solutions, algumas das suas principais fornecedoras.

 

A contribuir para as quedas está também a Renault, que afunda mais de 8%, depois de o presidente executivo da empresa, Carlos Ghosn ter sido detido por suspeitas de fraude fiscal.

 

A bolsa nacional acompanhou o sentimento negativo, com o PSI-20 a descer 0,21% para 4.903,59 pontos, com sete cotadas em queda, nove em alta e duas inalteradas, na terceira sessão em queda. A Galp Energia e a EDP Renováveis foram as cotadas que mais penalizaram.

 

Juros de Portugal perto dos 2% na 11.ª sessão a subir

Os juros da dívida pública portuguesa têm registado subidas ligeiras, mas de forma contínua, o que deixa a taxa a 10 anos em máximos de 25 de Outubro e próxima dos 2%. A "yield" das obrigações do tesouro a 10 anos está a subir pela 11.ª sessão consecutiva (+1 ponto base para 1,986%), em linha com o comportamento da restante dívida soberana europeia. Com a taxa das bunds a subir 0,1 pontos base, o prémio de risco da dívida nacional segue estável nos 161 pontos base.

 

Em Itália a subida é bem mais pronunciada, com a taxa a 10 anos a avançar 10 pontos base para 3,591%, o que representa o nível mais elevado desde 25 de Outubro.

 

Euro valoriza pela quinta sessão

A moeda europeia está em alta, mantendo a tendência de recuperação que encetou depois de ter tocado em mínimo de 16 meses na semana passada. Na quinta sessão de ganhos, o euro está a valorizar 0,32% para 1,1452 dólares.

 

Apesar de estar a perder terreno face ao euro e franco suíço, o índice do dólar segue estável face ao cabaz das principais divisas mundiais, aproveitando a fraqueza da moeda chinesa, uma vez que esta continua a ser pressionada pelos desenvolvimentos da tensão comercial entre a China e os EUA.

  

Taxas Euribor caem a 12 meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje pela oitava sessão consecutiva a três (-0,316%), seis (-0,257%) e nove meses (-0,196%) e desceram a 12 meses em relação a sexta-feira. No prazo mais longo, a taxa interbancária caiu 0,1 pontos base para -0,148%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,194%, atingido pela primeira vez em 18 de Dezembro de 2017.
    

Rússia coloca petróleo de regresso às quedas

O petróleo recuperou terreno nas últimas três sessões e hoje arrancou em alta, mas está a perder valor no fecho da sessão, reagindo às declarações do ministro da Energia da Rússia. Alexander Novak indiciou que o país não estará disponível para avançar já em Dezembro com cortes na produção da matéria-prima. Os países produtores "têm primeiro de ter melhor conhecimento sobre as actuais condições de mercado e as perspectivas para o Inverno", antes de definirem cortes de produção, afirmou o governante russo.

 

Estas declarações colidem com as perspectivas da Arábia Saudita, que perante a queda abrupta das cotações, decidiu já cortar a produção em Dezembro em 500 mil barris por dia e apelou aos restantes membros da OPEP que aceitem baixar a produção na reunião que terá lugar em Viena no próximo mês.

 

O Brent em Londres, que chegou a ganhar 1,32% durante a manhã, está agora a cair 1,29% para 65,90 dólares. Chegou já a transaccionar nos 65,27 dólares, não muito longe do mínimo de Março que atingiu na semana passada. O WTI, que negoceia em Nova Iorque, cede 0,76% para 56,03 dólares.

 

Gás natural dispara nos EUA

Depois da maior valorização semanal desde Janeiro de 2016, o gás natural cotado nos Estados Unidos volta a disparar esta segunda-feira. A matéria-prima chegou a subir 11% e negocia nos 4.737 dólares por milhão de unidades termais britânicas, uma vez que as perspectivas apontam para um inverno mais frio do que o normal, numa altura em que os stocks de gás natural estão em mínimos de 15 anos.

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