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Fecho dos mercados: Resultados e emprego impulsionam bolsas. Petróleo e cobre invertem para as subidas
A praça lisboeta encerrou em ligeira baixa, em contraciclo com a generalidade das principais bolsas europeias. Já os juros portugueses sobem ligeiramente, ao mesmo tempo que o petróleo e o cobre invertem para os ganhos e o euro beneficia dos maus dados dos serviços nos EUA.
Os mercados em números
PSI-20 cedeu 0,12% para 5.379,50 pontos
Stoxx 600 soma 0,7% para 2.937,81 pontos
S&P 500 avança 0,67% para 2.937,03 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 0,2 pontos base para 1,06%
Euro ganha 0,20% para 1,1194 dólares
Petróleo valoriza 0,21% para 70,90 dólares por barril em Londres
Resultados na Europa e emprego nos EUA impulsionam bolsas
Nas bolsas europeias o dia foi de ganhos, ainda que ligeiros, com os investidores a digerirem os resultados apresentados por diversas cotadas. O HSBC anunciou resultados acima do esperado e viu as ações ganharem perto de 2%, enquanto os títulos da Adidas dispararam perto de 8% para recorde, depois de ter avançado com resultados acima do esperado.
O Stoxx600 avança 0,39% para 390,37 pontos.
Nos Estados Unidos os ganhos são mais acentuados, uma vez que os dados publicados esta sexta-feira mostram um desempenho acima do esperado na maior economia do mundo. As contratações aumentaram em 263.000 no mês passado, suplantando as estimativas apontadas pelos economistas inquiridos pela Bloomberg e que apontavam para um aumento de 181.000 empregos. Já a taxa de desemprego, que o consenso de mercado esperava que se mantivesse nos 3,8%, desceu para 3,6% - um mínimo de 49 anos.
Os bons números do emprego mostram que o mercado laboral consegue sustentar o crescimento sem desencadear inflação, dando assim cobertura ao plano da Reserva Federal de manter uma postura paciente em relação a quaisquer mexidas nos juros.
O S&P500 sobe 0,7% para 2.937,81 pontos e os restantes índices norte-americanos também estão em alta.
A bolsa de Lisboa não conseguiu seguir este desempenho positivo, com o PSI-20 fechar em terreno negativo pela quarta sessão. O índice português fechou a cair 0,12% para 5.379,50 pontos, com nove cotadas em alta, sete em queda e duas sem variação.
Juros da dívida em alta ligeira
Os juros portugueses estão a subir ligeiramente na sessão desta sexta-feira. A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos avança 0,2 pontos base para 1,106%, depois de na sessão de quinta-feira ter tocado num novo mínimo histórico.
Na Alemanha, a tendência é contrária, com a "yield" das bunds a 10 anos a descer 1 ponto base para 0,018%.
Euro ganha ao dólar com maus dados dos serviços nos EUA
A "nota verde" segue em baixa face à generalidade das divisas parceiras, como a moeda única europeia, depois de ter sido divulgado que a atividade dos serviços nos EUA caiu em abril para o nível mais baixo desde agosto de 2017.
O índice da Bloomberg para o dólar recua 0,2%. Já o euro segue a ganhar 0,20% para 1,1194 dólares.
Petróleo inverte para os ganhos a corrigir das quedas recentes
As cotações do "ouro negro" seguem em ligeira alta nos principais mercados internacionais, a corrigirem das quedas dos últimos dois dias. A tentativa de golpe de Estado na Venezuela, as sanções mais duras sobre o Irão e as perturbações na oferta da Rússia não foram suficientes para sustentar o petróleo nas últimas sessões, mostrando que por enquanto o mundo está confortavelmente abastecido – muito à conta do aumento da produção e das reservas nos Estados Unidos. No entanto, esta sexta-feira está a observar-se uma ligeira correção, com o crude a conseguir negociar no verde.
O West Texas Intermediate (WTI) para entrega em junho segue a ganhar 0,29% para 61,99 dólares por barril. Também o Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – segue em alta, com os preços do contrato para entrega em julho a somarem 0,21% para 70,90 dólares.
Queda do cobre não está para durar
A maior empresa mineira do mundo na prospeção de cobre lançou uma advertência aos pessimistas: a tendência de descida do preço deste metal de base não durará muito mais. Este metal industrial está a caminho da sua maior queda semanal desde novembro devido aos receios de excesso de oferta, mas essas preocupações não estão alicerçados em fundamentais, sublinha o CEO da Codelco, Roberto Ecclefield, que estima um aumento de 2,3% no consumo este ano e uma quebra de 0,5% na produção.
O cobre para entrega a três meses mantém-se em torno de mínimos de dois meses, apesar de hoje estar a conseguir manter-se à tona. Segue a somar 2,4% para 6.240 dólares por tonelada no Mercado Londrino de Metais (LME).