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Fecho dos mercados: PIB e resultados puxam pelas bolsas, OPEP tira energia ao petróleo, juros descem

As bolsas europeias valorizaram, beneficiando dos dados económicos positivos na Zona Euro e da subida dos resultados das cotadas. Já o petróleo interrompeu a sequência de ganhos após uma sondagem a apontar para um aumento de produção da OPEP.

01 de Agosto de 2017 às 17:23
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Os mercados em números

PSI-20 somou 0,91% para 5.236,69 pontos

Stoxx 600 ganha 0,64% para 380,26 pontos

S&P 500 valoriza 0,20% para 2.475,27 pontos

Juros da dívida a dez anos caíram 4,3 pontos base para 2,839%

Euro desce 0,36% para 1,1799 dólares

Brent cai 3,15% para 51,06 dólares

Resultados e economias puxam pelas bolsas

Depois de dois meses consecutivos de quedas, o Stoxx 600 arrancou com o pé direito no mês de Agosto. O índice europeu ganhou 0,64%, impulsionado pelas leituras positivas da época de apresentação dos resultados e pela confirmação da taxa de crescimento do PIB da Zona Euro. Subiu 2,1% no segundo trimestre, face ao mesmo período do ano passado, o ritmo mais elevado desde 2011. Entre os maiores destaques da sessão estiveram as petrolíferas. O índice do sector valorizou 0,97%, depois de a BP ter mostrado lucros trimestrais que superaram as estimativas. As acções da empresa ganharam 2,65%.

Em Lisboa, a Galp também contribuiu para uma sessão positiva. O PSI-20 avançou 0,91%. A petrolífera ganhou 2,14% para 13,83 euros, um dia depois de ter mostrado uma subida de 1% do lucro do primeiro semestre para 250 milhões de euros. Nota positiva ainda para a Mota-Engil, que avançou 1,89% para 2,425 euros, após ter ganho um concurso para a gestão de resíduos na Costa do Marfim.

A sessão foi de ganhos ainda para acções como a Nos, a EDP, a REN, o BCP e a Jerónimo Martins, com subidas superiores a 1%. Já os CTT tiveram a maior descida na sessão, com os investidores a reagirem negativamente à queda de 44% do lucro para 17,7 milhões de euros no primeiro semestre. As acções perderam 2,56% para 5,372 euros, mas chegaram a descer mais de 8% no início da sessão.

Taxa a dez anos com quinta sessão de quedas

As taxas das obrigações soberanas da Zona Euro voltaram a descer e a "yield" portuguesa acompanhou essa tendência. Os dados da inflação divulgados esta segunda-feira levaram os analistas a defender que a estratégia de saída dos estímulos por parte do BCE terá de ser feita de forma muito lenta e gradual, o que beneficiou as obrigações.

A taxa portuguesa a dez anos baixou 4,3 pontos base para 2,839%. Ainda assim, a descida foi ligeiramente mais moderada que a da "yield" alemã, que baixou 5,2 pontos base para 0,491%. Já as taxas espanhola e italiana baixaram 6,1 e 7,5 pontos base, respectivamente, para 1,438% e 2,019%.

Euribor desce a três e a seis meses

As Euribor desceram nos prazos a três e a seis meses e ficaram inalteradas a 12 meses. O indexante a três meses baixou 0,1 pontos base para -0,331%, perto do mínimo histórico de -0,332%. A taxa a seis meses também desceu 0,1 pontos base, tendo sido fixada em -0,272%, também perto do recorde negativo de -0,274%. Já a taxa a 12 meses ficou inalterada em -0,151%.

Manobras na Casa Branca pressionam dólar

O índice que mede a força do dólar contra um cabaz composto pelas outras principais divisas mundiais desce pela terceira sessão. Desvaloriza 0,13% para 975,285 dólares. E já chegou a negociar esta terça-feira no valor mais baixo desde o ano passado, com o mercado a penalizar a "nota verde" devido à instabilidade vivida no seio da administração Trump, com a onda de demissões na Casa Branca.

No entanto, no caso do euro os investidores aproveitaram as subidas recentes, que levaram a moeda única a máximos de dois anos e meio, para realizarem mais-valias. A moeda única desce 0,36% para 1,1799 dólares.

Petróleo cai mais de 3% após subida de produção da OPEP

O petróleo interrompeu uma sequência de seis subidas consecutivas. E com descidas significativa esta terça-feira. As descidas intensificaram-se depois de uma sondagem da Bloomberg junto de analistas ter apontado um aumento da produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em Julho ter aumentado em 210 mil barris diários em relação a Junho.

Esse aumento provoca um maior cepticismo no mercado sobre a capacidade da OPEP executar o acordo de cortes de produção, algo visto como essencial para se regressar a um equilíbrio entre a oferta e a procura. O Brent desce 3,15% para 51,06 dólares. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, perde 3,27% para 48,53 dólares.

Dólar fraco e impostos no Brasil tornam açúcar mais doce

O preço do açúcar negoceia perto de máximos de dois meses. Sobe 0,20% para 14,94 cêntimos de dólar por libra-peso. Por um lado, a subida do real brasileiro face ao dólar torna menos atractivo para os produtores utilizarem a cana-de-açúcar para produzir esta matéria-prima alimentar em vez de etanol. Essa tendência foi ainda reforçada com a fiscalidade mais atractiva para esse biocombustível do que para a gasolina e gasóleo no Brasil. 

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