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Fecho dos mercados: Petróleo afunda, bolsas sobem e juros de Portugal já estão abaixo de 0,7%

Numa sessão de alta para os mercados acionistas, as cotações do petróleo registam uma queda acentuada e os juros das obrigações soberanas portuguesas atingiram novo mínimo histórico.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters

Os mercados em números

PSI-20 ganhou 0,2% para os 5.082,97 pontos

Stoxx 600 subiu 0,38% para os 374,08 pontos

S&P 500 valoriza 0,33% para 2.812,41 pontos 

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 4,5 pontos base para 0,67%

Euro deprecia 0,13% para 1,1237 dólares

Petróleo desce 3,81% para 59,61 dólares em Londres

 

Bolsas europeias recuperam valor perdido com anúncio de tarifas ao México

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, subiu 0,38% para os 374,08 pontos esta quarta-feira, 5 de junho, acumulando três subidas consecutivas. O índice europeu está em máximos de uma semana, o que significa que já recuperou o valor perdido a seguir à ameaça da passada quinta-feira dos EUA imporem tarifas em importações do México. 

 

Esta recuperação das bolsas europeias começou na segunda-feira, mas intensificou-se esta terça-feira com as palavras do presidente da Reserva Federal norte-americana. Jerome Powell abriu a porta à descida dos juros para contrariar a travagem económica provocada pela disputa dos EUA com vários parceiros comerciais, o que animou as bolsas. A possível guinada na política monetária norte-americana está, para já, a conter o impacto negativo do escalar da guerra comercial.

 

Além disso, esta quarta-feira é divulgado o Livro Bege da Fed, um documento que pode dar novas pistas sobre o andamento da maior economia do mundo.

 

Na Europa, a Comissão Europeia divulgou hoje as recomendações por país onde se sobressaiu novamente o caso italiano. Bruxelas concluiu que o Governo italiano violou as regras europeias no que toca à dívida pública e que, por isso, há justificação para ser instaurado um procedimento por défices excessivos (PDE), caso os Estados-membros assim o queiram. Este caso teve impacto na bolsa italiana, que fechou em baixa.

 

"O dia de hoje foi de variações pouco expressivas nos mercados europeus, tendo os setores automóvel, petrolífero, bancário e os produtores de matérias-primas mantido uma trajetória descendente", escrevem os analistas do BPI no comentário de fecho. As palavras negativas de Bruxelas sobre Itália prejudicaram a banca italiana, o que também contagiou os pares europeus, incluindo o BCP. O setor europeu da banca perdeu mais de meio por cento. 

 

Em Lisboa, a maior parte (9) das cotadas desvalorizou, mas as subidas do retalho e do grupo EDP compensaram. O PSI-20 acabou por valorizar 0,2% para os 5.082,97 pontos, acumulando duas sessões consecutivas de subidas.  

 

Juros da dívida portuguesa renovam mínimos 

Os juros das obrigações soberanas portuguesas prosseguem a toada de descida registada nas últimas sessões, sobretudo desde que quebraram em baixa a fasquia de 1%. A "yield" dos títulos a 10 anos desceu 4,5 pontos base, atingindo um novo mínimo histórico nos 0,67%. Nas últimas 12 sessões apenas numa delas os juros das obrigações portuguesas não desceram, o que mostra o renovado interesse dos investidores na dívida portuguesa.

 

Mas a descida dos juros não é um exclusivo português, já que a perspetiva de alívio na política monetária por parte dos bancos centrais está a atrair mais investidores para as obrigações, levando os juros para mínimos em vários países. Em Espanha a taxa dos títulos a 10 anos recuou para 0,626%, o que representa o valor mais baixo de sempre. Nas obrigações soberanas da Alemanha a taxa a 10 anos desce 1,8 pontos base para -0,228%.

 

Também em Itália os juros desceram, com a taxa a recuar 4,6 pontos base para 2,46%. Isto no dia em que a Comissão Europeia abriu a porta a um procedimento por défices excessivos contra o país, devido à sua elevada dívida.

 

Dólar recupera de três sessões em queda

Apesar da perspetiva mais forte de uma descida dos juros nos Estados Unidos, o índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a recuperar de três sessões em queda, apesar da valorização muito ligeira de 0,1%.

 

O euro está a desvalorizar face à moeda norte-americana, com uma descida de 0,13% para 1,1237 dólares, depois de já ontem ter atingido máximos de 18 de abril. 

 

Petróleo em Londres abaixo dos 60 dólares

Os preços do petróleo estão em queda acentuada esta quarta-feira, reagindo à divulgação dos stocks de crude nos Estados Unidos, que aumentaram de forma inesperada, o que sugere um excesso de oferta e fraca procura no mercado. De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, as reservas de crude na maior economia do mundo aumentaram em 6,8 milhões de barris na semana passada. Trata-se da maior subida desde 1990 e que contrariou as estimativas dos analistas, que apontavam para uma queda.

 

O Brent desce 3,81% para 59,61 dólares, tendo negociado abaixo dos 60 dólares pela primeira vez desde janeiro deste ano. Em Londres o WTI já esteve a cair mais de 4% e atingiu um mínimo desde 2 de fevereiro nos 50,84 dólares.

 

Ouro sobe para máximos de três meses

A perspetiva de uma descida dos juros nos Estados Unidos está a beneficiar o metal precioso, que negoceia esta quarta-feira no valor mais alto desde 21 de fevereiro. O ouro valoriza 0,38% para 1.330,57 dólares.

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